Esboço

Esboço Rachel Cusk




Resenhas - Esboço


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Giulia Ficarelli 03/02/2021

Esboço, Rachel Cusk - 6,5/10
Livro do clube de Agosto, edição linda e publicado pela @todavialivros , resultado: criei uma expectativa enorme com a obra de Cusk.

Ainda escrito de maneira leve, a obra não me amarrou. Nele, a narradora relata suas impressões dos diversos momentos e encontros de sua viagem à Grécia, onde daria aulas de escrita criativa.

Ainda que algumas passagens me chamassem a atenção, fiquei esperando o momento em que o livro iria me fisgar e me encantar. Que infelizmente, não chegou.

Ainda assim, fiquei com vontade de ler a sequência. Quem sabe não será ela a responsável por alimentar minha curiosidade?!

site: https://www.instagram.com/giuliapficarelli/
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Sarah 08/02/2021

Atenção leitores desavisados, "Esboço", da escritora canadense Rachel Cusk, é único e, justamente por isso, não é para qualquer um.

Digo isso sem saber em qual categoria me encontro, por sinal.

O enredo é quase inexistente. Trata-se de uma escritora, cujo nome só vamos saber depois da metade do livro, que vai até Atenas para ministrar uma oficina de escrita criativa.

O próprio fato de sabermos tão tarde o nome da protagonista mostra como sua própria história é secundária na trama. Ela é, na verdade, uma ótima ouvinte.

Toda a ação se dá nos diálogos das pessoas que encontra pelo caminho. O vizinho de poltrona no avião que a leva da Inglaterra para a Grécia, o colega que também dá aulas no curso, o amigo de longa data que mora na cidade, a escritora que ela conhece por acaso.

Demorei muito tempo para ler "Esboço". Comecei em novembro e só terminei agora, janeiro, a obra que tem menos de 200 páginas. Acredito que isso se deva a intensidade das histórias. Levei algum tempo para digerir algumas delas.

Tendo dito tudo isso, ainda não sei se gostei ou não do livro, mas sei que isso não quer dizer que ele não seja bom. Ao contrário, tenho certeza que é ótimo. Na dúvida, já comprei sua sequência, "Trânsito".

site: www.instagram.com/invasoesgermanicas
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Cristina117 22/02/2021

Esboço de muitas coisas interessantes
"Esboço" é um esboço maravilhoso que atravessa muitos temas: narrativas, rupturas, histórias de vida, escuta (não à toa tem essa concha linda na capa: ouvir os murmúrios dos outros e os nossos através dos outros) e questiona tudo de uma maneira sutil, irônica, engraçada, elegante e tão genial!
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Larissa Evelyn 14/06/2021

Eu adorei. Achei de uma sensibilidade magnífica. Leve, cheio de ensinamentos.
As vezes realmente da a sensação de começar do nada e levar a lugar nenhum, mas acredito que isso se encaixe mais para aqueles que pensam que o destino é mais importante que o caminho. O preciso sendo rico, curioso, prazeroso, cheio de novidades, por muitas vezes é mais interessante que o destino.
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Faluz 02/09/2021

Esboço - Rachel Cusk
Um jorro de palavras e pensamentos.
Nesse livro vemos o desenrolar de um dia seguido de outro com pessoas contando suas experiências mais imediatas ou que julgam importante falar para um desconhecido vizinho de uma cadeira no avião, pessoas que se encontram no trabalho, nos parques, em almoços e no dia-a-dia.
Encantador ver como os acontecimentos encarados até como banais nos trazem o lirismo da vida.
Lemos, bebemos, refletimos e nos encantamos com as experiências de vida.
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Lucas.Macedo 12/09/2021

Me surpreendi
Eu sempre digo que eu gosto de literatura, porque gosto dos enredos, das histórias. Esse livro não tem uma trama propriamente dita com a narradora e, por isso, pensei que talvez eu não fosse gostar.

Mesmo assim, decidi dar uma chance para leitura e me surpreendi positivamente. O livro despertou tantas reflexões em mim que realmente terminei cativado.

Um estilo um pouco diferente do habitual que me deixou instigado para ler os próximos da trilogia.
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Ozzy 04/08/2022

Uma Meditação Sobre Relações
Rachel Cusk consegue, de uma maneira simples e minimalista, levantar questões relevantes, e algumas vezes até mesmo perturbadoras, a respeito de relacionamentos (sejam amorosos, entre pais e filhos, ou de amizade) e de identidade própria, com diálogos simples ela conseguiu me fazer parar para repensar alguns pontos da minha vida que até então não tinha parado para pensar dessa forma. Esse livro pode ter os seus problemas, como soar pretencioso até demais em alguns momentos, mas com certeza e sua mensagem é passada de maneira certeira e potente.
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Licia Maria 23/11/2021

Sessão de Terapia
Me senti uma psicóloga, depois de uma semana especialmente atribulada, acumulando dramas, conflitos e caos de diferentes pacientes, enquanto tenho que . lidar com os próprios B.O.s.

A carga dramática dos personagens é altíssima, as reflexões são sempre profundas, não há diálogos ou encontros mais cotidianos. Isso, pra mim, teria dado um tom mais realista e humanizado, além de deixar a narrativa mais leve e a leitura mais fluída.

Maaas, realmente recheado de boas citações e pensamentos legais para pensar a vida ?
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Leticia 07/12/2023

Engraçado que esse livro simplesmente me arrebatou completamente pelo mesmo motivo que alguns por aqui detestam. Eu acho incrível poder ver várias lógicas diferentes, belezas e feiuras em narrações do cotidiano.
Esse livro é absolutamente sutil, gostoso e sem ápice. Como um sorvete em dias quentes. Amei!
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Giovanna1599 31/12/2021

experiência de leitura muito estranha, ao mesmo tempo que eu gostei bastante também quis desistir várias vezes da leitura por não achar que estava progredindo, mas quando terminei fiquei com vontade de ler os outros
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Renata 16/01/2022

Esboço
Aquele tipo de livro no qual essencialmente nada acontece, mas que, nos diálogos traz uma série de reflexões extremamente relevantes e interessantes.
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Gabriella 15/03/2022

A meu ver, melhor forma de descrever esse livro é com essa citação do último capítulo:

?Enquanto ele falava, ela começava a se ver como uma forma, um esboço, com todos os detalhes preenchidos em volta enquanto a forma em si permanecia vazia.?

?Esboço?, de Rachel Cusk, é exatamente isso: um esboço. Temos uma narradora de quem sabemos muito pouco e que revela muito pouco de seus sentimentos ao longo da narrativa, que vai à Atenas ministrar um workshop de escrita. Os capítulos focam nas interações dessa narradora com outros personagens.

Capítulo a capítulo, Cusk transforma personagens secundários - e que seriam outrora ordinários - em figuras com backgrounds completos, apresentados ao leitor por meio de conversas com a narradora. Cada história seria capaz de se tornar um romance próprio, caso Cusk assim desejasse, mas ela prefere juntar tudo numa tapeçaria confusa que não movimenta o arco da narradora ou o enredo geral do livro. Sequer sabemos o nome dela até o penúltimo capítulo.

Minha conclusão é que não é um livro para todo mundo. Pessoas que gostam de bastante desenvolvimento de enredo ficarão frustradas com a monotonia da história, mas é um prato cheio para leitores que gostam de histórias focadas no desenvolvimento de personagens - ainda que esses personagens surjam na narrativa do nada, e desapareçam com a mesma espontaneidade que vieram.
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Pretti 18/04/2022

Escuta e cotidiano
Escuta e cotidiano: eis as duas palavras que acredito melhor resumirem a narrativa de ?Esboço?, de Rachel Cusk. É curioso que um livro com uma premissa tão simples seja tão impactante.

Em primeiro lugar, ?Esboço? é um livro em que nada grandioso acontece. Ao longo dos dez capítulos, Faye, uma escritora inglesa viajando para a Grécia a trabalho, narra? conversas que teve com pessoas com quem cruzou durante tal viagem. Há uma ânsia de comunicação por parte de estranhos, conhecidos e alunos de sua oficina de escrita, e Faye, que tem uma escuta atenta (e talvez busque fugir de seus próprios conflitos), narra a vida dos outros, seus dilemas, suas dores.

Isso faz sua própria história só nos chegar aos pedaços, num comentário solto, num telefonema que ela atende. Assim, se por um lado ela vasculha e nos entrega a vida de seus interlocutores, por outro, priva-nos de fazer o mesmo em relação à vida dela.

Há diversos momentos do livro que serviriam como exercícios de escrita, e tanto as cenas das aulas dela quanto a própria abordagem que ela faz das histórias ouvidas suscitam reflexões sobre literatura e escrita. O cotidiano é visto como um campo riquíssimo para a observação, de modo que qualquer acontecimento, por menor que seja, parece ser passível de se tornar uma boa narrativa ou uma profunda reflexão. Aliás, o próprio livro se coloca, ele mesmo, como reflexo e exemplo disso.

Não espere grandes surpresas aqui, nem mesmo grandes frases. Tirando um trecho ou outro, nada é muito citável ou ?instagramável?. E essa é a delicadeza do livro: trazer a vida em seu aspecto mais prosaico para o centro da cena. Não há grandes impactos, só esboços das várias vidas que encostam na de Faye por um momento, e se vão. Talvez por isso mesmo reverberem tanto: é uma vida qualquer que está ali. Igual à nossa, de gente como a gente, em seu núcleo mais real.

"Esboço" é uma leitura agradável, leve, reflexiva. Acho que foi essa naturalidade no trato que me deixou com vontade de seguir para os próximos livros da trilogia, Trânsito e Mérito. E vou.

Nota: ???? ½

#livros #esboço #rachelcusk
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gio 11/05/2022

as vezes somos o espetáculo, em outras os espectadores
esboço é um daqueles livros sem plot.
sendo o primeiro de uma trilogia, acompanhamos a vida de uma escritora que vai ate Atenas para lecionar.
lá, vemos seu cotidiano no país estrangeiro e seus inúmeros encontros com pessoas que parecem serem mais os protagonistas do livro do que a própria narradora, que seria a personagem principal.
ao assistir a vida alheia acontecer, faye, reflete muito sobre a vida e suas relações, sendo elas profundas e complexas ou rasas e superficiais.
achei esse livro uma pegada meio sally rooney, mas esta longe de conseguir uma narrativa tao boa e imersiva quanto. a narrativa muitas vezes se arrasta, e me via ansiosa pra terminar os capítulos, so pra conseguir acabar logo com o livro.
é um livro interessante, mas é preciso paciência.
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Dri 08/06/2022

Não é uma história
Que tal mergulhar em um livro estranho, com questões existencialistas, de forma direta e indireta, instigando-se a explorar os próprios medos, as próprias curvas diante do abismo? A linguagem é leve, apenas dá margem ao pensar.

A trama narrativa é bem simplória, não parece ter o foco voltado para o desenrolar de uma história e, sim, para nos trazer experiências que permitam refletir. É como estar em um trem/metrô/ônibus; alguém para ao seu lado e começa a falar sobre si.

Aqui conheceremos a escritora que, em sua viagem para ministrar um curso em Atenas, encontra pessoas aleatórias no caminho, algumas novas, outras velhas (des)conhecidas. Cada personagem compartilha um pouco de si e traz reflexões sobre suas respectivas histórias.

De modo geral, perspassamos entre relações conflituosas de maternidade e paternidade, de casamento, divórcio, dilemas profissionais, trabalho x família, traição, angústias, frustrações, sonhos. Algo notável que, apesar de comum, não vejo discutido amplamente na literatura e a autora nos traz, é a relação simbiótica imposta à mulher. Tal condição provoca crise de identidade, percebida, muitas vezes, no divórcio, além culpa gerada através dela (e de todo o pacote agregado) por ter os próprios desejos, o próprio querer.

A romantização das relações patriarcais cega quanto a vários aspectos que só quem já passou e, preferencialmente, é "terapeutizado", percebe.

É um livro que não poderia ser escrito por um homem, nem por alguém com desconhecimento de psicanálise; seja através de estudos para o próprio livro, seja de profissão ou contato com alguém do gênero e, até mesmo, experiência própria em terapia.

Ele é curto, de escrita leve, porém de conteúdo denso. Não é algo que se lê rapidamente; a cada jornada ficam uma série de reflexões sobre a vida. Não recomendo para quem os temas citados são muito sensíveis, mesmo não notando gatilhos óbvios propriamente ditos. Nem recomendo para àqueles que querem ler algo para não pensar.

Também não é um livro pra todo mundo, não tem história, nem fluxo.
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