Guynaciria
14/04/2020Esse livro já é bem conhecido do grande público por conta da sua adaptação cinematográfica, que narra a trama em que uma atriz ao se ver envolvida no processo de produção de um novo filme, acaba por se deparar com o comportamento anormal de sua filha, que começa a apresentar alguns distúrbios de personalidade.
Quando o surto psicótico da filha se desenvolve para um caso de possessão demoníaca, aí sim a história ganha corpo, com diálogos que faram com que o leitor chegue a ter a sensação de frio na espinha, cada vez que a personagem principal tem sua vida ameaçada por conta dessa entidade demoníaca.
Mas tudo isso teve início com uma escavação arqueológica ocorrida no Iraque, onde o padre Merrin ao procurar relíquias antigas acaba por se deparar com a estatueta do demônio pazuzu, que estava sobreposta à medalha de São José, o que por si só, já causa estranhamento no padre.
Para quem já conhece a adaptação, devo avisar que o livro é absurdamente melhor, por conta de seus personagens bem trabalhados, que nos apresentam a uma gama de informações superiores às do filme, além de ter a trama bem amarrada.
Um dos pontos mais irritantes da trama é a descrença do Padre Karras, que por ser muito mais voltado ao lado racional do problema (é um psicólogo), acaba tentando de todas as formas achar uma justificativa não relacionada a religiosidade para o que está acontecendo com a garota.
Muitos personagens ganham destaque no livro, sendo um dos mais interessantes o detetive William Kinderman, que é responsável em grande parte pelo espiral ascendente que a história ganha.
Esse é um livro que vai abordar a fé e a falta dela de uma forma muito dinâmica, expondo o comportamento que alguns teriam diante de tal problema, causando empatia e as vezes revolta no leitor.
Posso garantir a vocês que essa é uma leitura de tirar o fôlego.