Mandhz 19/09/2021
Muito bom, mas não excelente
Eis a história do jovem Loki da Marvel. Um rapaz vivendo à sombra do irmão, sempre metendo os pés pelas mãos na tentativa de ser notado de uma forma positiva, porém com resultado quase sempre desastroso.
Loki quer ser rei. Ele não entende por que o pai nunca o olha da mesma maneira que olha para seu irmão, e quando o grande Espelho do Olho de Deus deixa o grande poderoso Odin tão abalado, Loki tem certeza que está envolvido.
Com ajuda de Amora, sua mais fiel amiga e uma aprendiz de feiticeira poderosíssima, Loki tem a brilhante ideia de dar uma espiada também no Espelho. Porém, sem controle dos seus poderes, ele acaba por destruir a relíquia, o que lhe custa a presença da única pessoa que lhe entendia em todo o reino.
Anos mais tarde, Loki e Thor fazem merda mais uma vez, porém como sempre, Loki sai como o culpado da situação e é punido sendo enviado à Midgard - vulgo a Terra - para investigar uma série de assassinatos misteriosos junto com a Sociedade Sharp. Este mistério, no entanto, não apenas moldará o futuro de Loki, bem como se entrelaçará com seu passado.
Até que ponto alguém pode mudar o seu destino?
Bem, este livro traz a versão do Loki retratada nos últimos filmes em que o vilão apareceu no MCU, além de sua série. Um deus perdido, que quer desesperadamente ser bom, mas a quem as ações equivocadas sempre pesam mais. Durante toda leitura, percebemos como Odin pretere nosso protagonista, claramente o culpando e sendo muito mais severo do que o é com Thor. No entanto, como este livro é escrito em primeira pessoa, só temos aqui a perspectiva de Loki sobre as coisas.
Então aqui está este jovem cujo único desejo é impressionar o pai, e tem visões distorcidas sobre como fazer isso. Embora suas ações possam ser catastróficas, estar na mente de Loki nos mostra toda a sua insegurança enquanto pessoa devido o narcisismo de seu pai - Thor é o filho dourado, Loki, a ovelha negra.
Quando Loki vem à Midgard, não conhece sobre as histórias e lendas nórdicas. Tudo o que ele quer é salvar a si mesmo e aos velhos e novos amigos e, claro, a Asgard.
Na Terra, Loki conhece a sociedade Sharp que, pasmem, é a predecessora de uma entidade importantíssima no MCU (vibrei muito nessa parte). A Sociedade Sharp é composta pela senhora S, Gem e Theo, um jovem gay que logo cativa nosso protagonista.
Todos os personagens são bem desenvolvidos e trazem bem suas histórias anteriores ao que se passa no livro. A escrita é muito boa, fluida, no ritmo certo. No entanto, para mim a leitura só engatou do meio para o final. Achei as cenas de luta muito detalhadas e extensas, o que pode ter tornado bem cansativo. Por isso o 3.5.
É um livro que não devorei, mas que vale a pena. Não acrescenta em nada no MCU, mas se você é fã da Marvel, provavelmente vai curtir as referências.