Rafa_she 15/11/2022Darkdawn - As Crônicas da Quasinoite #3Que desfecho, meus amigos. Que desfecho. Que sensação esquisita que eu to sentindo depois de terminar essa obra de arte. Existe um vazio no meu peito que sabe que acabou, que não vai ter mais Mia, não vai ter mais Senhor Simpático, não vai ter mais Eclipse e os dois se xingando. Como eu vou sentir saudades disso. Mas ao mesmo tempo tem uma parte de mim que se sente completa, como uma missão cumprida, e outra que entrou em depressão e não sabe se vai sair tão cedo.
O último volume das Crônicas da Quasinoite prometeu tudo e entregou mais do que prometeu. Eu poderia pendurar esse livro na cabeceira da minha cama como se ele fosse um quadro porque ele é uma obra de arte. Aliás, a trilogia inteira é perfeita. Não sei nem o que dizer sobre esse fim, apenas quero deitar em posição fetal e chorar.
As Crônicas da Quasinoite é uma trilogia que pode ser considerada uma dark fantasy e me lembra MUITO as HQs de Monstress, tanto é que eu associei muito as duas durante a leitura. Se eu não tivesse lido as considerações do Jay no final do livro sobre como a Mia surgiu, eu teria certeza de que ela teria sido inspirada na personagem principal dessa HQ.
Jay Kristoff conseguiu me fazer amar uma menina que não gosta de quase ninguém, que é meio egoísta, uma assassina, gosta do cheiro de sangue e sempre procura violência, além de ser um pouquinho psicopata. Ele me fez amar um gato feito de sombras que não ta nem aí pra nada, exceto pra Mia, e me fez odiar com todas as forças todos os integrantes da Igreja da Noite. Tudo nessa trilogia é extremamente bem construído, desde os personagens (como a Mia cresceu desde o primeiro livro ?) até as notas de rodapé que contam mais um pouco sobre a história da República de Itreya e traz aquele gostinho bom de que estamos sendo inseridos na história. A narrativa desse livro é impecável, as cenas de luta são perfeitamente descritas, o mundo criado pelo Jay é incrível e tudo se encaixa tão bem que me fez questionar se a República realmente não existiu.
O plot desse livro, meu amigos, é sensassional. Eu já imaginava algo parecido quando associei o nome da cidade de Godsgrave com a história da mitologia que envolve a República e o diário da Cleo, mas não imaginei que fosse me causar um baque tão grande quanto me causou. Meu coração palpitou da metade do livro até o fim e eu realmente achei que fosse ter um troço. A batalha final da Mia é de tirar o fôlego e me arrepiou todinha, me fez quase chorar e tá até agora na minha memória. Mia realmente fez jus a tudo o que fez nos outros dois livros para chegar até esse desfecho e o melhor de tudo é que o narrador nos conta esse fim logo no primeiro livro. Tudo é tão perfeitamente interligado que me dá uma sensação incrivelmente boa de ler.
Não vou me alongar mais porque se for pra eu falar bem desse livro eu vou fazer uma resenha infinita, mas saibam que, quem não leu, estão perdendo uma história fantástica. Só mais uma ressalva e se você não quer spoilers, a resenha pra você termina aqui :)
Tric, se a Mia não quer, eu quero.