A máquina de fazer espanhóis

A máquina de fazer espanhóis Valter Hugo Mãe




Resenhas - A Máquina de Fazer Espanhóis


427 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


Mariana.Laranjo 16/11/2020

Como personagem da história
Meu primeiro livro de Valter Hugo fez-me viajar pela mente do autor e também pelos pensamentos dos moradores da instituição de forma muito rica e detalhada. Com uma narrativa desconstruída dos parâmetros tradicionais, a linguagem é fluida e intensa, agrada e causa estranheza, acolhe e afasta o leitor, dá contornos vívidos ao ambiente. Como jovem, fiquei fascinada ao me colocar no lugar de idosa, assumindo minha pele de observadora na história e adentrando o cenário.
Uma das passagens que me marcaram: "(...) a consciência ainda é dos químicos mais corrosivos, ou dos melhores detergentes, se quiserem."
comentários(0)comente



amandinhanog 28/02/2020

O melhor livro que já li!
Esse livro mudou tudo em mim, principalmente a forma passei a ver os idosos e como comecei a ver a solidão neles. Às vezes a gente esquece que eles também foram jovens como nós e também amaram, choraram e sofreram.
comentários(0)comente



carlanagy 28/02/2022

Não é para mim
É uma livro poético e cheio de assuntos profundos, mas não consegui me envolver com a linguem e os parágrafos enormes (as vezes confusos), esses pontos fizeram com que a experiência de leitura fosse cansativa. Percebi que me dispersava facilmente, então foi uma leitura difícil para mim.
comentários(0)comente



Bia 07/08/2021

Sensibilidade e reflexão
Todas as palavras neste livro parecem que foram estrategicamente pensadas para estarem ali. tudo se encaixa num ritmo constante, reforçado pelas letras minúsculas e falta de pontuações.
A senilidade, a finitude da vida são assuntos tão tristes e angustiantes e, mesmo entre as peripécias vividas pelo Sr Silva, muitas vezes engraçadas, sentimos constantemente esse sentimento rondando, sempre presente, prestes a nos arrebatar e a nos deixar nesse estado de melancolia.
Livro de uma beleza sem fim e que nos trás reflexões sobre a nossa finitude, o nosso envelhecer e qual o caminho que queremos percorrer até lá.
Recomendo!
Benaia 07/08/2021minha estante
Esse livro é maravilhoso ??




nthalia 16/03/2023

Poderia ler mais 1000 páginas
A história do senhor silva me fez refletir tanto sobre a terceira idade, tinha muitos monólogos que muitos podem pensar que é maçante, mas a profundidade de cada conversa com cada personagem e consigo me fez ver como é viver e acordar sabendo que a morte está chegando, como estou nos meus 20 e poucos anos, não conseguia me colocar em tal situação
obrigada senhor silva pela sabedoria

ps: comprei esse livro para o meu avô ler, ele me lembra muito o personagem principal
comentários(0)comente



Conça 06/12/2020

Minhas impressão, opniões e sentimentos...
Essa obra é de partir o coração em mil pedaços, mais por abordar especialmente a velhice, depois a religião que despreza as provas e prefere viver de especulações. Em seguida, o fascismo com metáforas e momentos hilários.

Uma característica especial da obra, é o tratamento da ?sem metafísica?, que abre um leque imenso de como sonhar um mundo sem correr riscos. É através dos diálogos dentro da casa feliz idade que fui adentrando na prosa trágica e divertida de Valter Hugo Mãe, ao mesmo tempo, fui reconhecendo a forma que o mundo trata nossas dores e o quanto é preciso tomar cuidado.

Na narrativa e na forma da escrita percebemos um grito de liberdade contra a censura para encarar:
Fascismo. Igreja. Fé. Ditadura. Comodidade.

O tema bastante compreensível que toca de forma profunda, ao ponto que, em vários momentos da leitura me causou dor, angústia e muito sofrimento. Sim, ao ponto de extrair lágrimas de encher um poço com um fundo inimaginável. Difícil não se deprimir ao ler a máquina de fazer espanhóis. A pacificidade, a ignorância, o peso e a medida do não envolvimento e a falta de compromisso com nossa pátria e como se limitar a algo íntimo e restrito, e nada mais interessa, como se isso não fosse parte do nosso cotidiano. Guardamos determinados assuntos e ficamos na inércia, eu sou/era uma dessas, não me sinto/sentia parte da engrenagem? Aprender que é possível fazer projetos, mesmo quando pensamos não ser mais possível. No atual contexto em que vivemos com a crise da pandemia, percebi que o destino é irrelevante, que ignorância mata, e que esse livro é uma grande lição de vida.

Recomendo a obra para todos tipos de leitores que goste de qualquer gênero, bem como, para todas as idades.
comentários(0)comente



akasaori 12/04/2021

A escrita do Valter Hugo Mae segue impecável, mas pesou para mim o comportamento do protagonista. Ele toma uma atitude realmente inesperada e nada compreensível (no meu ponto de vista), fazendo com que seja muito difícil simpatizar com ele novamente.
comentários(0)comente



Paula 11/01/2013

Passaram-se meses que li esse livro e só agora consigo fazer um comentário. Apesar de não gostar de demorar tanto para escrever uma resenha, esse tempo me foi necessário.
A máquina de fazer espanhóis é extremamente tocante. Aborda um tema temido por todos nós: a inevitável velhice. O romance começa com uma perda e é essa perda que vai ditar os rumos dos capítulos seguintes, mas não pense que é em torno disso que o romance vai girar. A tristeza e a verdade dos personagens de Valter Hugo Mãe são indescritíveis. Emociono-me de lembrar sua forma impecável de descrever os sentimentos. Acho que não me deparei com autor que exprimisse de forma mais delicada e precisa (mesmo sendo extremamente subjetivo) as emoções. Minha dificuldade de escrever algo sobre o livro era justamente essa: Valter Hugo Mãe me rouba as palavras. Não consigo achar uma forma de ilustrar o quão cruelmente verdadeira é a história narrada.
Não pense, por isso, que o livro é maçante ou carregado de tristezas excessivas: o autor sabe dosar isso de maneira que haja espaço pro humor. Sim, eu gargalhei com um romance que aborda a velhice e o processo de decrepitude. Só um autor como Valter é capaz disso sem perder seu objetivo, que é mostrar como chegamos à nossa única certeza na vida.
Não há mais palavras para esse autor. A máquina de fazer espanhóis figura nos meus livros favoritos e se você, leitor, ainda não leu nada do autor, sugiro que corra atrás. Vale muito cada página virada.
Aqui um vídeo sobre a obra: http://www.youtube.com/watch?v=ZVHSfZpeB7M
DIRCE 03/03/2013minha estante
OI menininha sensível,
OK. Vocês venceram: você, a Layde e a Anica - vou ler esse livro.
bjs grande.


Paula 09/03/2013minha estante
Fico feliz por também ter te influenciado a essa leitura. Você não vai se arrepender; tudo de valter hugo mãe é incrível.
Beijos, querida :)


Renata CCS 17/10/2013minha estante
Que resenha sedutora! Sem dúvida, um convite à leitura deste livro.




Gabi 11/12/2022

Em Máquina de fazer espanhóis nos deparamos com a velhice, o amor e a morte de uma forma empática e terna. É triste, mas necessário.

Ler VHM é sair melhor do que entrou.
é terminar o livro e querer ler tudo mais que esse homem já escreveu.
comentários(0)comente



Cristian Bianchini de Athayde 10/01/2021

a ternura e generosidade que a última solidão é capaz
ler vhm é sempre um encontrar-se. esse encontro, tão sincero em sua beleza e melancolia, nos possibilita experiências de tornar-se vários alguéns ao longo da leitura que enriquecem e desabrocham partezinhas da nossa sensibilidade. nutrir amor pela vida é explorar e compreender (e ambos são, e sempre serão, indissociáveis) todo o intercâmbio de emoções, sensações, alegrias, dores, incoerências e contradições, mas também coerências e aspirações que constroem o nosso eu no mundo.

este livro, que a princípio pouco poderia desvendar a uma pessoa jovem de seus vinte e poucos, é um encontro com outra ponta da vida: a da velhice. uma velhice que é ilustrada de uma maneira potente, seja através do amor incondicional do muito relembrar da laura pelo senhor silva, seja, também, pela amizade entre os velhinhos que além de bela, é, principalmente, generosa.

por último, claro, também é um livro sobre resistência, trauma e memória de uma pequenez autoritária, religiosa e conservadora que foi o portugal salazarista. essa faceta do livro, estrutural, é igualmente fantástica.
comentários(0)comente



sonia 31/10/2013

A morte deveria estar presente em nossas meditações diárias - assim viveríamos melhor.
Um Silva, um zé ninguém

Um magistral estudo sobre a velhice – aquela velhice de quem não soube viver, que nada tem a contar, que nada construiu, e, dentro de si, não enxerga nada.
Uma obra que tem de tudo, de reflexão política a humor. Sobre as coisas que acontecem nas casas de repouso, sutis, tocantes, cruéis, o autor mergulhou no tema.
Não gosto – tb não gosto em Saramago – as invnecionices que em nada modificam o texto, como escrever em minúsculas, etc… Escrito da maneira normal o livro não perderia o brilho.
de uma pessoa pequena só se pode esperar covardia, egoismo, medo, maldade – o silva chega mesmo a matar uma velhinha do asilo, e pretende estar sendo assaltado por pesadelos con corvos, os seus demônios interiores, sem dúvida - a dor da perda não leva o personagem à loucura, mas o mergulha em um desespero aniquilador. E, à medida que o tempo passa, ele se dá conta de suas escolhas na vida, políticas, sobretudo.
É visível a influência de Saramago.
Ah, e porque a máquina de fazer espanhóis? Pois, para um povo de ‘caminhos salgados’no dizer do autor, ‘que filho da mãe de erro foi este de proclamar soberanai nos arremedos de uma peninsula?...estávamos bem a falar o castelhano…’

Num tempo em que todos somos bons homens, a culpa tem de atingir os inocentes. – 12
aprender a sobreviver aos dias foi aceitar morrer devagar. – 21
…uma falta grande de amor próprio, como mendigos do que haviam sido – 47
A educação que nos dão em criança tem amarras para uma vida inteira. – 92
Éramos todos livres de pensar as coisas mais atrozes; isso não nos impedia de sermos vistos pela sociedade como bons homens. – 118
Nunca eu teria percebido a vulnerabilidade a que um homem chega…aquela constatação de que a família também vinha de fora do sangue – 244
comentários(0)comente



mimperatriz 02/02/2021

a máquina de fazer espanhóis
A grosso modo, a máquina de fazer espanhóis é um livro que nos conta um pouco mais sobre a velhice e mostra a essência desse momento da vida.
E é intenso e singelo.
O Autor, Valter Hugo Mãe, através da genialidade da sua escrita, muito poética nesse livro, consegue nos mostrar como a história do sr. Silva (protagonista e narrador) se assemelha a muitas que já assistimos, vivenciamos de algum modo ou imaginamos para nossa vida.

Além disso ele apresenta um pouco de fantasia na realidade dos personagens, o que deixa a obra ainda mais bela.

A leitura do livro também é diferente, pois VHM usa apenas ponto final e vírgula durante praticamente todo o tempo.
E por mais que fique claro os sentimentos dos personagens no decorrer da leitura, ao se esquivar de outras pontuações VHM nos faz, na minha opinião, participar ainda mais da história ao interpretar as conversas e, principalmente, dar o "tom" aos diálogos. Com isso imaginamos as interrogações, exclamações, aspas, parágrafos e até mais claramente as vozes e emoções daquelas pessoas!

Simplesmente genial!

Ah, e o prefácio dessa edição é ótimo (de Caetano Veloso), mas achei que possui um certo spoiler. Por isso, se achar interessante, leia no final, após o término do livro.
comentários(0)comente



Dávila 07/07/2020

Nossa hora vai chegar.
Um romance que nós leva pelos caminhos da solidão, da tristeza mas com momentos comoventes e às vezes cômicos.
A prosa pode fazer você achar que está lendo um discípulo de Saramago mas logo percebemos que o autor tem sua dicção pessoal e extremamente afiada.
Os escritores da ''terrinha" não brincam em serviço.
comentários(0)comente



Bruna.Toledo 25/04/2021

Caótico, indigesto e lindo
Não posso dar menos que nota 5 para essa obra com uma originalidade tão grande. Mas não se engane, é uma leitura que exige bastante.

Nunca li nada parecido com "a máquina de fazer espanhóis" e amei o estilo do VHM - o livro é um mergulho para dentro do personagem e narrador da história; o leitor recebe em primeira mão os pensamentos, sentimentos e motivações do personagem e a escrita, que chega a ser até caótica em alguns momentos traz a toda a complexidade de ser humano e habitar num corpo que se deteriora a cada dia.
Esse romance é um ensaio sobre o envelhecer, mas que conseguiu trazer uma perspectiva valiosa sobre a minha juventude e a minha trajetória de vida.
comentários(0)comente



Yvan 18/09/2021

VHM poeta
O autor escreveu de forma poética e o leitor entra na mente do personagem, no caso, no âmbito da velhice do ser humano.

A nota foi mediana pq, de certa maneira, não tive um fluxo de leitura arrebatador, demorei um pouco para conclusão. Mas vale a pena a experiência.
comentários(0)comente



427 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |