sonia 31/10/2013A morte deveria estar presente em nossas meditações diárias - assim viveríamos melhor.Um Silva, um zé ninguém
Um magistral estudo sobre a velhice – aquela velhice de quem não soube viver, que nada tem a contar, que nada construiu, e, dentro de si, não enxerga nada.
Uma obra que tem de tudo, de reflexão política a humor. Sobre as coisas que acontecem nas casas de repouso, sutis, tocantes, cruéis, o autor mergulhou no tema.
Não gosto – tb não gosto em Saramago – as invnecionices que em nada modificam o texto, como escrever em minúsculas, etc… Escrito da maneira normal o livro não perderia o brilho.
de uma pessoa pequena só se pode esperar covardia, egoismo, medo, maldade – o silva chega mesmo a matar uma velhinha do asilo, e pretende estar sendo assaltado por pesadelos con corvos, os seus demônios interiores, sem dúvida - a dor da perda não leva o personagem à loucura, mas o mergulha em um desespero aniquilador. E, à medida que o tempo passa, ele se dá conta de suas escolhas na vida, políticas, sobretudo.
É visível a influência de Saramago.
Ah, e porque a máquina de fazer espanhóis? Pois, para um povo de ‘caminhos salgados’no dizer do autor, ‘que filho da mãe de erro foi este de proclamar soberanai nos arremedos de uma peninsula?...estávamos bem a falar o castelhano…’
Num tempo em que todos somos bons homens, a culpa tem de atingir os inocentes. – 12
aprender a sobreviver aos dias foi aceitar morrer devagar. – 21
…uma falta grande de amor próprio, como mendigos do que haviam sido – 47
A educação que nos dão em criança tem amarras para uma vida inteira. – 92
Éramos todos livres de pensar as coisas mais atrozes; isso não nos impedia de sermos vistos pela sociedade como bons homens. – 118
Nunca eu teria percebido a vulnerabilidade a que um homem chega…aquela constatação de que a família também vinha de fora do sangue – 244