Frank 29/06/2020Esse livro me deixou confuso. Deveria ter desconfiado no começo, onde tinha uma figura com a árvore genealógica da família. E mesmo com essa figura, ainda demorei as duas primeiras partes do livro pra entender quem era quem. Fui jogado numa profusão de personagens, cada um com seu psicológico, causados todos pelo pai. O pau, um cirurgião foda que foi demitido por racismo... e aí, crime impune na obra, que acabou com toda uma geração. Passei a historia toda esperando que esse assunto fosse retomado, mas não foi. O livro é confuso cronologicamente também. Começa da metade, na morte, vai pro passado, e mais pro passado, e mais um pouco, e avança, e retrocede, até o enterro. Seria interessante, se ouvessem separações claras. Esse cara foda, abandonou a família. A mãe é uma guerreira... mas abandona os filhos. E não que eles estivessem passando fome, mas por outros motivos menos importantes. Abandona os gêmeos com um irmão criminoso... adivinha no q isso dá (não precisa nem pensar muito). Apesar de tantas críticas boas, eu não senti que os personagens foram aprofundados, não os senti humanos. Parece que ela sorteou os problemas: pra essa aqui uma bulimia, pra esses um incesto (um vai ficar depressivo a outra virar "puta"). Pro outro dificuldades de relacionamento. Muitos personagens, demais, que são jogados e rodeiam os principais, mas sem utilidade, sem aprofundamento. Esse foi um dos livroa mais difíceis de descer esse ano.
Caramba, um médico que morre de ataque cardíaco, mesmo sentindo os sitomas e sabendo o que fazer. Foi suicídio?
Esse herói pra mim foi um covarde desde o começo. A esposa abandonada ainda diz por fim "eu te amo" no velório. Os filhos não sabiam a quem culpar.
Mas no fim a redenção de todo mundo, com a morte do culpado. Não, não desceu.