Vitorianas macabras

Vitorianas macabras Charlotte Brontë...




Resenhas - Vitorianas Macabras


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Daniel 03/09/2020

Pra quem ama história esse livro é um prato cheio
Aprendi mais com esse livro do que com o ensino médio sobre a Era Vitoriana, os costumes e as crenças, e muito do que temos hoje culturalmente veio dela.
Os contos são mais sombrios, alguns melhores do que outros, mas não tiraria nenhum da obra. vale a pena o investimento, e a edição não deixa a desejar em design e conteúdo, padrão Darkside
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Duda ^^ 29/08/2020

Um livro lindo e muito bem montado
Comecei a amar os contos a partir do 7° (o único conto que definitivamente não gostei foi o da Charlotte Brontë), porém eu sempre vou achar incrível um livro de contos de terror escrito exclusivamente por mulheres brilhantes. Além de todas as historias a edição é linda e tem alguns extras que achei maravilhosos, como por exemplo, uma serie de indicações de filmes e algumas peculiaridades da era vitoriana.
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Verônica 28/08/2020

A edição da Darkside Books beira ao impecável. A diagramação é excelente, qualidade de impressão, arte final, é tudo muito lindo. Encontrei, no decorrer dos textos, poucos erros de digitação e grafia, talvez precisando, para uma segunda edição, um trabalho de revisão um pouco mais detalhado, mas nada que atrapalhe a leitura.

Confesso que esperava sentir um pouco mais de medo em relação aos contos. São ótimos, mas não me deixaram naquela aura de medo e terror que eu estava esperando. Destaque para os textos introdutórios e finais, sobre as autoras e sobre a Londres Vitoriana, que é um dos períodos que mais sou fã na história mundial.
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Um capítulo ou dois 16/08/2020

Vitorianas Macabras
Gostei bastante do livro , alguns contos, os que são mais extensos na verdade me incomodaram um pouco porque eram enrolados . Mas não quer dizer que são ruins .
O conto de abertura: A Porta Sinistra , ganhou meu coração foi o que me deu medo e depois no grupo de LC gerou uma comoção com o final , foi o que rendeu o bate papo mais gostoso, pra mim .
Recomendo o livro principalmente se você gostei de Lady Killers.
Livro lindo , além dos contos fala também sobre a Rainha Vitória. Selo Macabra chegou com tudo .
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Ray 10/08/2020

"Até mesmo os homens mais corajosos ocultam profundezas de covardia que os espreitam, insuspeitas, até devorarem sua coragem." Trecho do conto A Porta Sinistra, de Charlotte Riddell
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Fernanda 28/07/2020

Ótimos contos
Alguns desses contos poderiam facilmente se tornar livros. É fantástico como a morte exercia um fascínio tão grande na Inglaterra viroriana. E tbm não eh por menos, as pessoas pouco experimentavam da vida. No final das contas, a morte era o grande evento.
Quero muito que tenham outros volumes! Que esse selo da Macabra seja um sucesso!
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Thais Fraccari 26/07/2020

Amei!
Esse livro é incrível. Além de trazer dezenas de contos de autoras vitorianas que, infelizmente, ficaram esquecidas e que nunca foram traduzidas antes, ele ainda tem um conteúdo extra muito bacana com dezenas de informações e curiosidades sobre a Era Vitoriana que complementam e amplificam demais a imersão na experiência de leitura. Uma edição impecável da Darkside (meu primeiro livro da editora, aliás), que, talvez, só peque um pouco na diagramação do texto, que achei mais apertada que o ideal.

As pequenas biografias de cada autora que dão início aos seus contos só reforçam a nossa admiração e interesse por elas, e o quanto elas deveriam ser mais reconhecidas. Todas são extremamente inspiradoras! Fiquei com vontade de descobrir muito mais sobre elas. Inclusive, praticamente todas as histórias compiladas aqui são boas (ainda que uma ou outra seja um tanto esquecível, como Napoleão e o Espectro, da Charlotte Brontë), e acabei não gostando mesmo de somente uma delas (no caso, A Janela da Bibilioteca, de Margaret Oliphant, por sentir que, além de ser um conto muito mais longo do que deveria, é uma história que possui tom e temática que destoam das outras narrativas apresentadas no livro, dentre outros detalhes que me incomodaram).

Meus contos favoritos, ou ao menos os que mais ficaram guardados em minha memória conforme fui lendo o livro (já que, como disse, todos os contos são bem legais num geral), foram A Porta Sinistra, da Charlotte Riddell; Mortos Em Mármore, da Edith Nesbit; A Prece, de Violet Hunt; e Amour Dure, de Vernon Lee. Todos deliciosamente arrepiantes e macabros, como promete o título. Alguns, como A Porta Sinistra, trazem até um tom cômico (senti até mesmo uma vibe meio Dickens no início), enquanto outros, como A Prece, trazem um final afiado e impactante. Amour Dure (em que seu único "porém", ou pelos menos ponto de atenção, é ter um excesso de nomes e informações que podem confundir um leitor menos atento) e Mortos Em Mármore se desenvolvem de maneira excelente até um encerramento sensacional.

Faço menções honrosas aqui também para O Coche Fantasma, de Amelia B. Edwards; O Conto da Velha Ama, de Elizabeth Gaskell; A Sombra da Morte, de Mary Braddon; e Onde O Fogo Não Se Apaga, de May Sinclair (esse último traz um estilo narrativo particularmente original e interessante).

Livrão! Minha fascinação pela Era Vitoriana foi bem saciada aqui. O conjunto da obra e da importância desse livro existir faz Vitorianas Macabras merecer uma nota 5 estrelas
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Déia Madden 18/03/2020

Espetacular
Amei. Coletânea de contos de terror escritos por mulheres da era vitoriana. Muito legal poder conhecer autoras diferentes, com o adicional da apresentação de cada uma delas antes do conto, no prefácio que nos traz informações e costumes da época vitoriana e no final com mtas referências à época, ajuda-nos a compreender melhor o contexto todo.
Achei o livro fantástico por tanto nos contextualizar e nos apresentar mulheres que também escreviam terror.
O livro está mto bonito, bem organizado e com imagens.
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Victor.Carvalho 17/07/2020

Horror Feminista
Este livro conta com 13 boas historias de horror de escritoras q viveram na Era Vitoriana. Aqui podemos remover de nossas impressões sobre a literatura de horror da época, onde pensamos que somente homens escreviam histórias de terror/horror. Nesta publicação conhecemos 13 escritoras Inglesas que trabalharam de alguma forma para tornar a vida das mulheres melhor. Além dos contos de cada uma temos uma introdução feita pela magistral Márcia Heloísa sobre a Rainha Vitoria, maior personalidade da época em questão, até porque é esta que dá nome ao período, e textos extras que mostram alguns dos costumes e acontecimentos do período.
Quanto a edição só se pode dar elogios, pois é um capricho só, coisa que só a Darkside Books faz, tornando a publicação ainda mais especial e digna de coleção.
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Gabs 13/07/2020

Além de vitorianas, são vitoriosas
Quando se fala em Europa na Era Vitoriana encontramos um interessante paradoxo social. Ao mesmo tempo que temos uma Europa que vibrava com os avanços tecnológicos, das artes e um novo século que chegava, tínhamos também uma Europa obscura, regrada ao luto e o fascínio por manter viva a honra e memória dos entes queridos já falecidos. Uma sociedade que era o reflexo da principal figura do Estado, personificada na própria era Vitoriana, a Rainha Vitória exerceu seu luto pela morte do marido Albert de uma maneira tão profunda e intensa até os últimos dias de sua vida. Para contextualizar o leitor, Márcia Heloísa apresenta a biografia da Rainha Vitória e a importância de seu reinado para a Literatura do horror. Vitorianas Macabras é uma antologia que reúne 13 das mais célebres escritoras dessa época, cada uma sendo autora de um conto. Tal período histórico foi marcado por seu conservadorismo e repressão e, mesmo sendo subjugadas, as mulheres buscaram seus direitos de igualdade, sobretudo nas artes. Muitas deixaram seus pseudônimos de lado e assumiram suas identidades, mostrando que também eram capazes de criar, imaginar, publicar. Os textos aqui apresentados tratam de temas que permeiam a morte e o sentimento de melancolia e saudade, sem ignorar o elemento sobrenatural.
// Alguns textos são curtos, outros são longos e outros divididos em partes. Alguns são textos mais tranquilos e outros mais pesados, com temas como depressão, mas todos tem algo em comum: uma intensidade que prende o leitor e a apreensão de saber o fim do mistério. Os textos descrevem perfeitamente a rotina da família vitoriana, o papel patriarcal e o papel da esposa dentro das mansões enormes. Antes dos contos se iniciarem, somos apresentados às todas elas com uma mini biografia. Nomes, fotos, datas, quem foram, o que deixa a leitura mais dinâmica e nos revela a importância de cada um delas para a sociedade. Confesso que senti medo de iniciar a leitura. Em vão! O livro todo é uma experiência imersiva em outro tempo e nos faz sentir como se estivéssemos sentados em volta da fogueira com amigos para contar histórias de terror.

site: https://www.instagram.com/p/CCjKvtWDrYj/
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VivianeS2 10/07/2020

Poderia ser melhor...
A edição em si é muito bonita. Você vê o capricho da editora para nós leitores.
São 13 contos de autoras da Era Vitoriana. Todos eles vem com um breve resumo sobre elas.
O que torna em si fraco o livro são alguns contos. Alguns são longos demais, não desperta curiosidade, torna-se a leitura arrastada, chata e cansativa. Demora-se muito para um desfecho bobo, sem o mínimo da graça, ou melhor, nada macabro.
Não espere nada muito obscuro aqui, ou macabro de verdade, ou se impressionar com um conto que te passe um mínimo de arrepio.
Tem contos bons, sim tem, porém nada muito impressionante.
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Jenn 07/07/2020

Inspirador
Hoje,em pleno século 21. Ainda encontramos desafios em sermos mulheres fortes. Ainda é difícil em muitos pontos termos direitos iguais aos dos homens.
Já imaginou como seria ser uma mulher forte e fora dos padrões convencionais no século 19?
Em Vitorianas Macabras conhecemos a obra de grandes autoras que se empenharam a escrever contos de horror e nos mostrar uma visão diferente das mulheres da época. Conhecemos mulheres fortes que se dedicaram a literatura e nos trouxeram histórias fantásticas.
Antes de cada conto, essa edição linda da Darkside se dedica a nos contar um pouco da vida e obra de cada escritora. E os contos aqui são repletos de curiosidades do século,de como as pessoas enxergavam a morte e o oculto.
Me deliciei com todos os contos. Mas foram os "Extras" que fizeram esse livro me fisgar.
As curiosidades da rainha Victória, sua vida e sua personalidade. Assim como muitas coisas sombrias e ocultas da sociedade daquela época . Esse é um livro delicioso de ser apreciado.

Vale muito a leitura.
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Neymei 22/06/2020

Ainda que poucos contos tenham me cativado ou tido um final surpreendente, é impossível não aplaudir e agradecer mentalmente a todas as escritoras presentes no livro por nos mostrarem que, apesar do que a sociedade por muito tempo nos fez acreditar, não nascemos para ser subservientes, mas sim subersivas.

O prefácio, escrito pela doutora em literatura Marcia Heloisa, idealizadora dessa obra (produzida pela Darkside
Books e Macabra Tv), bem como o "Guia Vitoriano de Londres", apresentado no final do livro, nos situam na época vitoriana e despertam o interesse em aprofundarmos nossos conhecimentos sobre a Rainha Vitória e os costumes daquele período.
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Nati Amend @livrosdanati 22/06/2020

Elas são Vitoriosas!
Vitorianas Macabras reúne contos de escritoras ilustres de uma das épocas mais sinistras e marcantes da sociedade inglesa: a era Vitoriana. As mulheres apresentadas nesta obra produziram histórias de terror que, muitas vezes, ficaram esquecidas na literatura, e que agora ganham o seu devido destaque. Algumas dessas autoras, inclusive, receberam a tradução para o português pela primeira vez.

Esta é segunda obra de terror que leio este ano e acho importante ressaltar aqui que medo é algo muito pessoal. Eu, por exemplo, sou uma pessoa que não se choca com histórias sobrenaturais, por exemplo, porque isso simplesmente não me afeta. Por isso, sentir medo ou não com esses contos é algo muito relativo e que varia de leitor para leitor.

Dito isso, posso comentar a grata surpresa que tive ao perceber que essas histórias ao invés de me deixarem receosa ou assustada, na verdade acenderam uma chama de curiosidade dentro de mim, que fez com que eu as devorasse sem piedade. Algumas das narrativas desse livro são tão instigantes e bem construídas que você não vai conseguir desgrudar os olhos das páginas até terminá-las. E o mais incrível é que livro nos apresenta todo um contexto do pano de fundo dessas histórias, que refletem muito da cultura da época e da relação daquela sociedade com a morte.

Logicamente que, por mesclar diversas autoras, a nossa percepção com cada um dos contos varia conforme o nosso gosto literário. Algumas das histórias conseguiram me fisgar completamente e outras nem tanto. Mas a verdadeira experiência com a obra está na honra de poder conhecer e valorizar o trabalho dessas mulheres.

Com uma edição gráfica impecável e materiais complementares sobre o período retratado, Vitorianas Macabras é muito mais do que apenas um livro de contos. É uma obra transgressora que abre espaço para as mulheres no gênero de terror e um símbolo da luta pelo reconhecimento feminino na literatura.

site: https://www.instagram.com/p/CADY_HkDgSz/
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Coisas de Mineira 17/06/2020

Vitorianas Macabras _ A Darkside Books fez um pacto de respeito com a Macabra TV e o resultado disso não poderia ter sido de melhor qualidade: uma coletânea composta por três livros bem macabros. A Carol Nery já falou do primeiro aqui, o “Antologia Macabra”, onde os 12 contos são uma ode ao terror. Hoje então eu venho falar sobre a parte clássica e feminina do pacto, a antologia Vitorianas Macabras, composta por 13 contos de 13 autoras vitorianas diferentes. A antologia é traduzida e organizada por Marcia Heloisa, um nome já conhecido do terror na editora, sendo também responsável por obras como Drácula e as antologias do Edgar Allan Poe.

Se você gosta de terror e horror, é bem provável que o período vitoriano seja algo marcante em sua mente. Esse período nada mais é do que a época em que a Rainha Victoria esteve no trono da Inglaterra, o que compreende o longo reinado de 1837 a 1901, ano de sua morte. Falar sobre as obras deste período sem falar sobre a vida da própria rainha Victoria se torna impossível, uma vez que ela incentivou toda uma nação, favorecendo bastante o clima sóbrio, gótico e de culto à morte que se instalou no país. E Vitorianas Macabras já começa aí, falando antes de mais nada sobre a vida dessa peça-chave de toda a antologia.

Victoria foi uma criança da realeza com muito poucas chances de alcançar o trono, porém, devido à uma sucessão de fatos, isso mudou e ela precisou assumir o trono muito jovem, aos 18 anos. Isso fez com quem tivesse uma criação muito rigorosa e restritiva por parte de sua mãe. Ao conhecer um primo distante, se apaixonou perdidamente, casou-se e com ele teve alguns filhos. Acredito que devido as restrições de vida, ela se manteve muito carente e dependente do marido, chegando ao ponto de ter ciúmes dos próprios filhos.

No entanto, após alguns anos de casamento, seu marido veio a falecer. Isso a deixou completamente devastada. Então ela decidiu que seguiria tudo como se ele ainda estivesse vivo, empregados continuariam a levar comida até seu quarto, mandou fazer estátuas pela casa… Nessa época estavam começando a se desenvolver casos de paranormalidade e existem indícios de que a Rainha mantinha em sua casa um empregado que conseguia “receber”o espírito de seu marido. Logo, toda essa situação de culto e apego após à morte gerou um grande impacto na cultura do país, implicando em seus costumes e cultura.

Mas o livro não é “o mais do mesmo” e aborda alguns dos famosos escritores góticos da época. Na verdade, ele vai além. Pois não podemos esquecer que paralelo a toda a questão da morte e paranormalidade, temos uma época muito retrógrada para os direitos femininos. Vitorianas Macabras, como o nome já diz, vem homenagear 13 autoras transgressoras do seu tempo que também abraçaram o terror, mas que não obtiveram obrigatoriamente o reconhecimento necessário (algumas até utilizavam pseudônimos masculinos). É importante saber que dentre o célebre grupo, 10 nunca haviam sido traduzidas para o português!

E a edição da Darkside está tão fantástica e respeitosa que em cada início de conto existem duas folhas de apresentação de cada autora, contendo sua foto de página inteira, nome completo, pseudônimo (se for o caso), período de vida, signo (SENSACIONAL!!! Hahaha) e um resumo da história. A mais famosa de todas elas é com certeza Charlotte Bronte, autora de Jane Eyre, por isso acho essencial listar todas aqui, até como forma de respeito e exaltação:

Charlotte Brontë
Elizabeth Gaskell
Charlotte Riddell
Edith Nesbit
Violet Hunt
Vernon Lee
May Sinclair
Margaret Oliphant
Mary Elizabeth Braddon
H. D. Everett
Rhoda Broughton
Louisa Baldwin
Amelia B. Edwards

Os contos são sensacionais. Abrangem vários dos temas sombrios que perpetuavam na época, como aparições inexplicáveis, mortos-vivos, assombrações, perturbações psicológicas… Tudo isso com ambientação londrina gótica clássica que estamos habituadas a ver assinadas por nomes masculinos. Obviamente tenho meus preferidos voltados para o horror, aqueles que me causaram aquela sensação prazerosa de frio na espinha que todo leitor do gênero procura. São eles:

Charlotte Riddel – “A Porta Sinistra“
Intrépido rapaz, demitido recentemente de uma imobiliária, se oferece para investigar o mistério de uma porta que não fecha em uma mansão mal-assombrada.

Louisa Baldwin – “O Mistério do Elevador“
Ascensorista em hotel de luxo descobre que nem todos os hóspedes que entram no elevador são o que parecem.

Elizabeth Gaskell – “O Conto da Velha Ama“
Velha ama recorda acontecimentos sinistros de sua juventude em uma mansão assombrada por eventos do passado.

No entanto, acho de extrema importância citar o conto curtinho, de 02 folhas, “Napoleão e o Espectro”. Escrito por Charlotte Brontë, tem como personagem principal uma figura histórica muito importante, o antigo Imperador da França Napoleão Bonaparte. Ainda que no ano de publicação (1833) este já estivesse morto, inclusive já estava até mesmo quando a autora nasceu, achei bem ousado da parte da mesma trabalhar com uma figura de poder masculino e colocá-la em tal situação como ele se encontra no conto (fica aí a curiosidade de vocês!).

Mas você pensa que acabou? Já foram motivos suficientes pra ficar curioso e encantado com essa edição? Não seria DarksideBooks se você não ficasse ainda mais extasiado ao virar uma nova página. O livro traz ao final uma enciclopédia (não teria melhor nome pra ser utilizado) que rasga todo o véu do brilho e classe da origem de tantas bizarrices do período vitoriano, começando pela vida e luto da própria rainha. Consequentemente, mostra também o que estava acontecendo longe dos palácios, as doenças, sujeiras, crianças abandonadas, esportes clandestinos…

Na Londres vitoriana, por traz dos famosos cenários de histórias como Sherlock, Dorian Gray, Drácula, O Médico e o Monstro, entre outros, ou da conhecida cultura de venda de penny dreadfuls (contos de horror por um penny – “centavos”) existiam terrores reais. Crueldades como as do assassino Jack, o Estripador, as podridões encontradas no Rio Tâmisa, os hospícios, freak shows, workhouses…

Mas confesso a vocês que o que mais me impactou foram as Baby Farms, principalmente por este se tratar de um livro voltado para a exaltação do poder feminino em uma época retrógrada. Nestes locais, mães sem condições ou fugindo de julgamentos deixavam seus bebês para serem criados, pagando por este serviço, até que as crianças pudessem ser negociadas para outras famílias. Com isso surgiram as “assassinas de bebês”, que criavam uma fachada de Baby Farm para atrair mulheres desesperadas, tomar seu dinheiro e depois matar a criança e jogar no Rio Tâmisa.

O livro faz ainda uma travessia pelo cinema e TV, citando diversos filmes e séries que abordam o período de diferentes formas. Eles vão desde o horror e terror trash ao romance de época e histórico. Para finalizar temos ainda uma análise dessa relação do período vitoriano com a passagem da morte, algo que se reflete muito nas inúmeras histórias de aparições e fantasmas. E os ritos de passagem são abordados com fotos memoráveis. Que edição!

Enfim, era pra esse texto ser bem menor do que foi, mas eu não consegui. Vocês vão entender assim que estiverem com este exemplar em mãos. É tanta informação que você não sabe dizer com o que ficou mais impressionado. Muito menos resumir a empolgação! Preciso elogiar mais uma vez esse pacto entre a DarksideBooks e a Macabra TV, pois quando dois talentos se unem é óbvio que o resultado será surpreendente.

Com uma edição lindíssima em capa dura e com o corte de páginas em preto, além de todas as artes internas voltadas para o período que retrata, Vitorianas Macabras é um mergulho gótico feminino em um período que, com certeza, ensinou (e experimentou) tudo que vemos no horror de hoje. Por isso todos os seus personagens, e principalmente TODAS, devem reconhecidas como merecem.

Por: Karina Rodrigues
Site: www.coisasdemineira.com/vitorianas-macabras-resenha/
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