Morte e vida severina

Morte e vida severina João Cabral de Melo Neto




Resenhas - Morte e Vida Severina


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Ligia168 15/11/2023

Demorei mais pra ler esse livro. É surreal a escrita fazendo desumanizar as pessoas e humanizando o animal Baleia.
Leitura dura.
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naho 13/11/2023

Severa vida Severina
Esse é um dos que pega no fundinho da alma e a dilacera em pedaços, que te faz refletir sobre a propia realidade (claro, se você for pobre) e tentar, junto com o Severino, encontrar boas motivações para viver em uma sociedade que sempre irá nos desprezar.
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yuu 12/11/2023

Pra não falar que odiei o final eu gostei e foi o que mais fez sentido, de resto eu não entendi nada e talvez seja por isso que não gostei mas sla?só no final tem algo de interessante e que me prendeu. Não sei se recomendo
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Bu 05/11/2023

Clássico
Todos deveriam experimentar a leitura de Melo Neto, nessa edição ele mescla algumas coisas da Espanha com o nordeste do Brasil, mas sua estrutura é aqui.

Rico em descrição e também mostrando o folclore da região, bem como os costumes e locais reais e em muitas passagens o que ocorreu e ocorre até então.

Pra alguns passagens tristes por ter vivido,
outros felizes por ter reconhecido os costumes e lugares,
e uns tantos com incômodo de enxergar a nua e crua realidade.
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ElisaBrubs 01/11/2023

Delícia de livro do João Cabral.
É de doer o coração mas também é de se deliciar com as rimas e métricas dessa história refletindo a vida sofrida de muita gente que saia do Nordeste para fugir da seca, da fome e da miséria. Mas no fim, sempre renasce a esperança na beleza de um nascimento. Amo!
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Simone Pagliari 30/10/2023

Morte e vida severina
Morte e vida severina - Os poemas focados na vida do povo pernambucano. Contém muitas referências culturais e geográficas, retrata o sofrimento do povo nordestino de forma crua e direta. É o retrato do retirante sertanejo, lutando pela sobrevivência em versos encantadores.
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Jean375 29/10/2023

Um clássico da literatura nordestina
A saga do retirante nordestino que foge da seca e miséria.
Podemos sentir nos versos o drama que muitas famílias sentiam ao deixarem seu torrão natal para sobreviver e "não envelhecer aos trinta"
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Jessy R. 28/10/2023

Leitura Nostálgica
Que leitura!! Se não fiquei tão emocionada quando li em 2022, dessa vez senti o drama até na cadência poética.

A obra narra o sofrimento enfrentado por Severino, o qual passa por diversas cenas, pessoas e situações apresentando em forma de um poema dramático que relata essa dura trajetória de um migrante sertanejo (retirante) em busca de uma vida mais fácil e favorável na capital pernambucana.

O autor dá visibilidade para vozes que se encontram a margem da sociedade (até nos dias de hoje): ciganos, retirantes, trabalhadores etc.
O poema encanta de forma profunda!
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Ryanhappy 21/10/2023

.
Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas,
e iguais também porque o sangue
que usamos tem pouca tinta.
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte Severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia.

apenas um dos maiores poemas de toda a literatura ocidental (sem discussões
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luckysworld 21/10/2023

"Morremos de morte igual, mesma morte severina"
Acho uma leitura interessante pra quem quiser se aprofundar mais na literatura/poesia brasileira, tem características bem únicas e retrata alguns temas bem recorrentes da nossa realidade
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Murilo 12/10/2023

Que livro ótimo, esse faz sentido ser um clássico da literatura
A história chama atenção para vários aspectos da migração forçada, tem uma boa ambientação, um lingua super fácil e representativa. Adorei!
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BJekyll0 12/10/2023

é difícil defender, só com palavras, a vida,
[...] ainda mais quando ela é esta que vê, severina.
Morte e vida severina foi a ligação do modernismo lógico com o regionalismo concreto e tradicional no Brasil.
Socialmente, foi a denúncia da pobreza do povo, que buscam morrer em qualquer canto porque sempre serão Severinos.
Como próprio poema diz: " Somos muitos Severinos /iguais em tudo..."
Não é uma resenha que vale a pena fazer se for para ser curta. Basta dizer :
Leia!
O poema é duro e genial.
A edição da editora Alfaguara é belíssima e traz um pequeno texto do Chico Buarque, que musicalizou o poema para o teatro.
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clara 09/10/2023

Morte e vida severina
Eu sinto como se tivesse morrido e renascido lendo esse livro assim como o severino. um livro espetacular, nos traz a sensação de afilação junto com o severino, eu me senti sem esperança por ele a cada parte do livro, a medida que ele encontrava com algum severino que morreu ou conversava com outra pessoa eu me perguntava se ele realmente iria conseguir no final. a associação com o nascimento de Cristo a esse nascer de esperança torna essa história mais linda e mais emocionante. quando a criança, uma representação simbólica de Jesus, nasce, um pingo de vida cresce em severino, em que mesmo com toda aquela miséria e com toda aquela pobreza ainda sim há uma esperança, a esperança de uma nova vida. um livro com poemas cativantes e eu recomendo muito.


?E se somos Severinos

iguais em tudo na vida,

morremos de morte igual,

mesma morte severina:

que é a morte de que se morre

de velhice antes dos trinta,

de emboscada antes dos vinte,

de fome um pouco por dia.?




?Pois, aqui, em Limoeiro,

com seu trem, sua ponte de ferro,

com seus algodoais,

com suas carrapateiras,

persiste a mesma sede,

ainda sem fundo, de palha ou areia,

bebendo tantos riachos

extraviados pelas capoeiras.?





?Vira usinas comer

as terras que iam encontrando;

com grandes canaviais

todas as várzeas ocupando.

O canavial é a boca

com que primeiro vão devorando

matas e capoeiras,

pastos e cercados;

com que devoram a terra

onde um homem plantou seu roçado;

depois os poucos metros

onde ele plantou sua casa;

depois o pouco espaço

de que precisa um homem sentado;

depois os sete palmos

onde ele vai ser enterrado.?




?Vou pensando no mar

que daqui ainda estou vendo;

em toda aquela gente

numa terra tão viva morrendo.?



?É uma luta contra a terra

e sua boca sem saliva,

seus intestinos de pedra,

sua vocação de caliça,

que se dá de dia em dia,

que se dá de homem a homem,

que se dá de seca em seca,

que se dá de morte em morte.?



?Nenhum dos mortos daqui

vem vestido de caixão.

Portanto, eles não se enterram,

são derramados no chão.

Mortos ao ar-livre, que eram,

hoje à terra-livre estão.

São tão da terra que a terra

nem sente sua intrusão.?




?só morte tem encontrado

     quem pensava encontrar vida,

     e o pouco que não foi morte

     foi de vida severina?



?E chegando, aprendo que,

     nessa viagem que eu fazia,

     sem saber desde o Sertão,

     meu próprio enterro eu seguia.

     Só que devo ter chegado

     adiantado de uns dias;

     o enterro espera na porta:

     o morto ainda está com vida.?




?E não há melhor resposta

     que o espetáculo da vida:

     vê-la desfiar seu fio,

     que também se chama vida,

     ver a fábrica que ela mesma,

     teimosamente, se fabrica,

     vê-la brotar como há pouco

     em nova vida explodida;

     mesmo quando é assim pequena

     a explosão, como a ocorrida;

     mesmo quando é uma explosão

     como a de há pouco, franzina;

     mesmo quando é a explosão

     de uma vida severina.?
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Bia 06/10/2023

Esse livro já estava na minha lista há muito tempo e eu simplesmente amei! Embora seja um livro curtinho, seu conteúdo é gigante, mostrando toda a força e conhecimento da língua que o autor possui.
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giovanna00brito 02/10/2023

Da série de livros que entraram na minha lista por influência da literatura ensinada nas escolas, acredito que ainda este ano irei completar a TBR de vestibular no caso kakakkakaka.
Apesar de não ser uma leitura tão superficial, não que a escrita deixe a história dessa forma, reflete muito sobre a sociedade brasileira da época, tanto quanto foi necessário uma "adaptação" da história de Jesus para que a migração não fosse um tema tão polêmico, que gerasse preconceito na época.
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