Estação Atocha

Estação Atocha Ben Lerner




Resenhas - Estação Atocha


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Karina 22/03/2020

Estação Atocha conta uma parte da história de Adam, um jovem poeta americano que possui uma bolsa de estudos em Madri. O livro conta momentos vividos por ele nesse período e é focado no que ocorre na mente do mesmo. Um personagem inseguro, mas que ao meu ver, é inteligente; Adam é nitidamente bastante egoico e acha que tudo gira ao seu redor. O protagonista apesar de egoico, se considera uma farsa e a insegurança citada é principalmente em relação às mulheres, além de costumeiramente se auto medicar e utilizar haxixe. O livro toca em assuntos como a Guerra Civil espanhola e sua ligação com a poesia, além de citar manifestações e passar por diversas cidades da Espanha. Com o decorrer do livro a sua principal dúvida é se ele ficará na Espanha ou voltará ao final da bolsa de estudos para os EUA. Ele decide por ficar.
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Thimsilva 15/02/2020

Surpresa positiva
Vi muita gente no app da TAG criticar a escolha dessa obra, e por isso comecei a leitura pronto para abandonar a qualquer momento. Qual não foi minha surpresa ao me deparar com uma obra densa, mas cativante, que nos insere nas inseguranças e defeitos do protagonista. Considero Adam um anti-herói... suas atitudes impulsivas e pensamentos desorganizados têm tudo para faze-lo um personagem odiável. Ainda assim, é possível aprender a ver o seu lado nas entrelinhas da prosa poética de Ben Lerner. Quem de nós já não quis parecer um pouco mais interessante aos olhos das pessoas?
?É incrível a vida que levo aqui, e não importa se não é a minha?
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Paisagens Literárias 21/03/2020

Sobre saúde mental na pós-graduação
Este é um romance sobre o personagem Adam Gordom; um jovem poeta estadunidense que ganha uma bolsa de estudo e vai morar em Madri na Espanha para realizar sua pesquisa [que parece ser de nível de mestrado] sobre o legado literário da Guerra Civil Espanhola. Entretanto, ele se apresenta como alguém que quase não sabe falar espanhol e desconhece a história do país, bem como não tendo sequer certeza que quer ser poeta ou se tem capacidade de realizar esta pesquisa. Como resultado, Adam Gordom se sente uma fraude; este é o principal tema de toda a narrativa. Essa percepção de si mesmo como farsante, esperando a qualquer momento sua máscara cair, o acompanha na realização de todas as fases da realização de sua pesquisa e de sua vida cotidiana. De maneira que, no decorrer do livro, acompanhamos o desenvolvimento do seu emocional e psicológico em relação ao seu trabalho e aqueles que estão em sua volta. Nesse processo, ele nos descreve sua adaptação a mudança de país, tanto com a língua quanto com seus costumes, bem como funciona o seu processo criativo. Além disso, nos fala sobre sua rotina de medicamentos [que trouxe com receita médica de seu país] e de uso de drogas [como de bebidas alcoólicas e haxixe] que depois de certo tempo passaram a ser tomados de forma compulsiva com a piora de sua ansiedade e depressão; o deixando mais desconectado de si e de seu entorno. Sendo assim, os poucos amigos que o personagem fizera durante a sua estada na Espanha, bem como seus colegas, poetas que conhecera e interesses amorosos, são caracterizados mais como criações ficcionais do que percepções objetivas. No entanto, são essas poucas pessoas em seu entorno que lhe incentivam, que permitem que ele consiga de fato terminar sua pesquisa e se aceitar como poeta. Há outros debates que podem ser feitos em torno deste livro, como a questão da relação da literatura e da arte, mas a questão da saúde mental na pós-graduação me chamou mais atenção; é um tema bastante relevante e atual, porém não muito discutido.

site: https://www.instagram.com/p/B9-LFebDn88/
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Paulinha 20/03/2020

Bom
As expectativas estavam mt baixas devido às outras resenhas, mas me surpreendi de forma positiva. É um livro que flui mt fácil. Valeu a pena ir até o final.
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*Si* 15/03/2020

Sobre arte
Esse livro me fez questionar todo o enredo. Eu lia e não alcançava o motivo da história. Até que percebi que o sentido era o menos importante. Nosso ganho aqui era viver uma outra vida em busca de muitos sentidos e significados até perceber que nada disso era mais importante do que a vida ser plenamente vivida. Com suas nuances, dores e surpresas.
Assim, acompanhamos o projeto do poeta Adam Gordom, viciado em haxixe, cafeína e tranquilizantes. Ele foi contemplado com uma importante bolsa de estudos e se muda para Madri. Atormentado por sua desonestidade, considerando a si mesmo como um impostor por não se enxergar como um poeta, ele enfrenta problemas com a língua espanhola e conclui o projeto de uma forma que resume sua insegurança diante da própria arte.
Uma interessante viagem para além das fronteiras da zona confortável de leitura pra mim.
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Dani 11/04/2020

O personagem não é dos mais cativantes, mas mostra a apatia que muita gente com menos de 30 anos mostra perante a vida.. passando por ela consumindo drogas, indo em festas e não se relacionando de verdade com as pessoas.
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Leonardo Fuerback 13/03/2020

O Impostor que Sou/Não Sou
Imagino que qualquer pessoa ao ler este romance acabe por se identificar com a sensação de que você está onde está por sorte, que os outros que insistem em afirmar sua capacidade para o que quer que seja estão, sempre, prestes a descobrir a fraude que você é. O autor dá a entender que, além de outros transtornos mentais possíveis, o personagem principal sofre de síndrome do impostor e a dúvida sobre sua capacidade para “ser poeta” é constantemente posta em xeque da primeira à última linha.

Estação Atocha, de Ben Lerner, é um romance que te deixa se identificar com o poeta Adam, ao mesmo tempo em que te faz duvidar se ele realmente é um poeta. Entre dúvidas que Adam lança sobre tudo que escuta ou fala, escondendo-se numa suposta não fluência da língua espanhola, nós, leitores, nunca temos certeza do que realmente está acontecendo na sua vida e do que é, de fato, fantasiado. E isso nos transporta para dentro da obra não como expectador, mas como personagem, tomado pelos mesmos medos e angústias e tentando decifrar cada linha de diálogo.

Apesar de não ser inédito um livro sobre personagens escritores, talvez valha a pena dar uma chance a obra justamente por trazer o tema sob uma perspectiva que, diferentemente dos seus símiles, é capaz de levar o leitor a uma identificação com as suas próprias angústias e dúvidas pessoais. Numa sociedade que exige uma luta ininterrupta, individual e solitária de se provar ser o/a melhor, é um mérito louvável conseguir traduzir isso em um romance como Estação Atocha. Como Adam por vezes parece ver sua vida como um expectador, olhando-a de cima, o leitor consegue ver nele suas próprias angústias e, assim, talvez, acabar por entender a si próprio um pouco melhor.

“[...] que eu fosse um impostor ninguém podia duvidar – quem não era? Quem não desempenhava de maneira ilegítima um dos poucos papéis pré-fabricados postos à disposição pelo capital, ou como quisermos chamá-lo, mentindo descaradamente cada vez que dizia ‘Eu’, quem não atuava, pelo menos como figurante, no comercial informativo, reprisado obsessivamente, sobre as injustiças da vida?”. (p. 122).
Paula 13/03/2020minha estante
Nossa! Fiquei com vontade de ler!! Pensar sobre Adam já me deixou angustiada a respeito de mim mesma.




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Nívia ¦ @niviadeoliveirapaiva 25/02/2020

Adam é o exemplo perfeito do poeta aos moldes de Fernando Pessoa "O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.".
Trata-se de um jovem com problemas sérios de ordem psicológica, que se automedica, além de usar e abusar do álcool e do haxixe, e que recria/reinterpreta suas vivências no período em que vive na Espanha, não sabendo bem o que viveu e o que simulou ter vivido.
É interessante ver que apesar da dificuldade dele de interpretar o que estava vivendo como uma experiência real, da qual ele fazia parte, ele percebe que Teresa o havia interpretado por completo ao ouvir o seguinte questionamento vindo dela "Quando você vai parar de fingir que está só fingindo ser poeta?".
Adam parece ser um grande babaca quando lemos a contracapa e o primeiro capítulo, mas logo vemos que é um jovem com problemas, perdido e deslumbrado pela oportunidade que está a sua frente.
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Alina.Oliveira 24/08/2020

Bom livro
Gostei da história por me tirar completamente da minha zona de conforto e me transportar pra um lugar que não conhecia nem nas histórias. Também me surpreendeu um pouco como o autor consegue entrar na cabeça do personagem e esmiuçar os pensamentos e sentimentos dele, embora as vezes nem ele mesmo saiba o que está pensando ou sentindo. O livro demorou um pouco a me envolver, mas no geral achei muito bom, tirando alguns deslizes na revisão.... É um bom livro.
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Rodrigo Brasil 27/02/2020

A vida como ela é
Terminei Estação Atocha.

Estava com uma expectativa bem alta antes de iniciar o livro.

Quando comecei e percebi que era uma história contada em primeira pessoa, por um poeta americano que também ganhou uma bolsa de estudos em Madri, e tinha uma vida cercada por literatura, desanimei.

Não sei bem porquê. Talvez o tom autobiográfico me traz algo pedante no texto.

Contudo, aos poucos fui me deixando levar por aquela vida. Adam e suas crises de ansiedade me fizeram refletir diversas vezes sobre a sua aceitação naquele novo mundo.

Ele é/era uma farsa? Nem ele, nem o autor saberiam responder. Adam não sabe qual é sua verdadeira vida. Ele gosta de sua vida em Madri, mas ele a considera um sonho, uma alucinação. Qual sua vida real?

Enfim, no final o livro não é tão ruim como eu esperava. Não é uma obra-prima. Mas traz reflexões importantes sobre a vida e sobre pertencimento num mundo tão caótico como o que vivemos.

A vida dele pode não ser real, mas suas crises, angústias e questionamentos morais fazem parte de todos nós.
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Boneca sem manual 09/08/2020

Um mergulho em uma cabeça sob efeito de tranquilizantes e um passeio confuso pelas ruas de Madri.
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Pati 30/03/2020

Uma volta nos entornos de si mesmo
Estação Atocha nos apresenta um personagem oblíquo e dissimulado, que irá fazer muitos leitores largarem o livro antes das primeiras 100 páginas. Para aqueles que finalizarem essa viagem será destinado o que pode se chamar de prêmio: um passeio em meio à arte, linguagem, poesia, narrado através de monólogos e ensaios profundos, irônicos, reais demais, cujo destino final é simplesmente o encontro consigo mesmo.
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