Lolita

Lolita Vladimir Nabokov




Resenhas - Lolita


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b3li.notess 21/11/2023

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Literatura russa? Lolita, o que falar dessa obra? é um livro que explora a mente de um abusador, de um cara maníaco, louco completamente insano, faltam adjetivos para descreve-lo. É um livro nojento porque a gente consegue realmente saber tudo o que o homem está pensando, tudo que se passa pela cabeça dele. Mas ao mesmo tempo, é muito bem escrito, é uma narrativa muito boa, a escrita muito clara.
Sobre a escrita do autor, se percebe que não tenho nenhuma crítica a fazer, o Vladimir Nabokov consegue nos fazer penetrar dentro das entranhas do personagem nos fazendo sentir exatamente o que ele está tentando passar para a gente.
Em resumo, a leitura vale muito a pena.

Obs: na minha visão, de pessoa que terminou a leitura de Lolita, eu acho que o filme romantiza muito o personagem e a menina também. Fazendo com que o homem seja tachado como "bobinho", inocente, como se ele fosse tolo e a menina que fosse culpada pela paixão pela dele por ela o que é completamente fora da realidade, porque no livro, a gente sabe as reais intenções do cara com a menina desde o início e a gente sabe que ele é um doente desde sempre. Não assista o filme, leia o livro (primeiro).
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ivnachaib 20/11/2023

Contemplai esse emaranhado de espinhos.
Lolita é uma obra indubitavelmente polêmica. Mas, tendo finalizado minha leitura, posso afirmar com segurança que é também bastante diferente de sua representação cristalizada no imaginário coletivo.

A narrativa é asquerosa do começo ao fim, e por isso mesmo difere do que se imagina ao mencionar seu nome: não há romance ou romantização. Há apenas um relato das perversões da mente deturpada e doentia de um maníaco.

Humbert, o narrador, é detestável em todos os aspectos: nos seus pensamentos, nos seus atos, nas suas tentativas de mascarar sua depravação e de inocentar a si próprio, nos seus planos, no seu retrato de Lolita. Nabokov não deixa dúvidas quanto a isso e à natureza do que ocorre entre os personagens.

Quanto à Lolita, cabe dizer que ela não existe. Quem existe é Dolores. Como o próprio narrador diz em meio às suas desculpas, ainda no começo da história: "O que eu possuíra loucamente não era ela, mas uma criação minha, outra Lolita, imaginária ? talvez mais real que Lolita". Tudo a que temos acesso sobre ela parte da percepção distorcida, inventada e delirante de seu abusador. E se podemos tirar algo disso, há de ser que ela é uma vítima.

No mais, é um livro que fascina na mesma medida que causa repulsa. Muito bem escrita, a narrativa e os seus desdobramentos facilmente conquistam a atenção do leitor e o envolvem na trama, embora eu deva admitir que, em meados da segunda parte, o ritmo se torna um pouco mais lento e cansativo. Mesmo assim, é um clássico que merece sê-lo.

Definitivamente recomendo a leitura, tendo atenção, é claro, a possíveis gatilhos.
Bruna938 20/11/2023minha estante
Eu penso em ler esse livro algum dia. Entretanto, cadê a coragem?!


ivnachaib 20/11/2023minha estante
Bruna, pela temática, é bom estar mentalmente preparada para ler, porque isso torna o livro difícil de digerir. Mas a narrativa em si é boa e não é explícita no sentido pornográfico, o que faz com que seja uma leitura possível.


ivnachaib 04/12/2023minha estante
Excluí sem querer e precisei repostar, que tristeza.




airamlaceratti 20/11/2023

Essa não é uma história de amor
Lolita se trata de um romance no mais puro signo de gênero literário: apresenta uma história completa, com narrador, temporalidade, enredo e etc. (talvez por isso muita gente confunda)
Mas Lolita, não é um livro romântico. É um ensaio da mente doente de um pedófilo, que tenta de todas as formas florear sua história deformada.
Trata-se de abuso infantil, sequestro, violência, loucura e subversões.
Mas como diria uma amiga minha - literatura não é pra agradar e nem ser fácil.
E nisso, esse livro atinge seu objetivo!
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skuser02844 19/11/2023

Precisamos falar sobre Lolita
Todo mundo já ouviu falar em Lolita e da expressão ninfeta que se associa a esse personagem, e o que representa no imaginário coletivo. Nunca me interessei em ler ou assistir o filme nessa temática: homem 40+ seduz menina de 12a - PEDOFILIA. Numa sociedade patriarcal que inventa desculpas para justificar abusos perpetrados por homens? não vou aplaudir isso, não vou ler.
Mas? que bom que a oportunidade surgiu e eu peguei esse livro. Logo de cara um início dos mais impressionantes. Se o início me fisgou? a continuação não foi menos interessante. A narrativa do autor é primorosa. O narrador em primeira pessoa, um odioso professor de literatura, Sr. H.H, sabe que é pervertido e tenta se defender como se a menina e seu poder ?ninféio? não lhe deixassem escolha e Nabokov abusa de citações bem humoradas, narrativas poéticas de situações tão sórdidas que custei a entender. Nabokov não deixa pedra sobre pedra, não deixa dúvidas, mas em nenhum momento é pornográfico. Ao contrário,
mostra a desolação da menina, seu abandono diante da obsessão pervertida de seu ?pai?. A ausência distraída de sua mãe, a percepção da escola que no entanto não se aprofunda. Está tudo ali. A narrativa segue eletrizante numa viagem pelos EUA, rumo à um final inesperado.
Não faça como eu, não demore tanto a ler Lolita, para poder ouvir Lolita, discutir sobre Lolita, dar voz à Lolita, a menina de 12 anos? que aliás se chamava Dolores!
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Julia3342 18/11/2023

A complexa narrativa de "Lolita" que desafia a moralidade.
"Lolita", escrito por Vladimir Nabokov, é uma obra literária que mergulha profundamente na mente complexa e perturbadora de seu protagonista, Humbert Humbert, enquanto ele narra sua obsessão e envolvimento com uma jovem de doze anos, Dolores Haze, apelidada de Lolita.

Nabokov, habilidosamente, constrói uma narrativa que desafia a moralidade e provoca uma reflexão profunda sobre os limites da arte e da literatura. Com uma prosa requintada, repleta de metáforas e jogos de palavras, o autor nos apresenta uma história que é simultaneamente repulsiva e fascinante.

Humbert Humbert, como narrador, é uma figura controversa, sedutora e profundamente inquietante. Através de sua voz, somos levados a uma exploração obscura e desconfortável dos limites da atração e do desejo. Nabokov nos desafia a confrontar nossas próprias noções de moralidade, enquanto somos levados a compreender a mente distorcida de Humbert, alternando entre repulsa e compaixão.

Além disso, a construção da personagem de Lolita é notável. Apesar de ser retratada como uma vítima, ela também desperta um certo grau de ambiguidade, revelando uma natureza precoce e manipuladora. Essa complexidade das personagens é um dos aspectos mais intrigantes do livro, obrigando-nos a questionar a natureza da culpa e da responsabilidade.

No entanto, é importante ressaltar que "Lolita" é uma obra controversa e não isenta de críticas. A representação de um relacionamento tão perturbador e o uso da voz de um perpetrador como narrador podem desafiar a sensibilidade de muitos leitores. É fundamental abordar o livro com uma mente crítica e compreender que Nabokov não está romantizando ou justificando as ações de Humbert Humbert, mas sim explorando a psicologia humana em sua forma mais sombria.

Em suma, "Lolita" é uma obra literária notável, que desafia convenções e preconceitos, oferecendo uma visão arrebatadora e desconcertante da mente humana. A escrita magistral de Nabokov, aliada à provocação moral e à complexidade das personagens, fazem deste livro uma leitura desafiadora e inesquecível para aqueles que estão dispostos a mergulhar em territórios desconfortáveis da literatura.
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Rauny 17/11/2023

Esperava mais
Sem dúvidas um livro de um português impecável no entanto do meu ponto de vista, verborragico. Muito li dizendo que esse livro era chocante e nojento por se tratar de um assunto bem delicado, e delicado de fato é o assunto mas não achei extremamente chocante como foi colocado em algumas resenhas que li.
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Sabrina.layla 17/11/2023

Lolita,luz da minha vida,fogo da minha carne?
Estou traumatizada ,ainda mais por esse livro ser no ponto de vista dele, está longe de ser um romance , mas não posso negar que a escrita é linda e muito bem pensada.
Senti nojo de verdade.
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Kah 17/11/2023

Ehhh, valeu a pena.
Eu tenho um problema em ler clássicos. A leitura normalmente me cansa, e como gosto de ler para descansar, acabo não gostando desse tipo de leitura. Apesar disso, me esforcei para ler o livro e acho que posso dizer que gostei. É estranho ver o mundo pela perspectiva de um pedófilo, e sinceramente algumas coisas ainda não me saem da cabeça (como a comparação com tirar meleca do nariz), mas essa era a proposta do autor. Não encaro o livro como um romance no sentido de amor, para mim mais parece um romance policial, visto que vemos a realidade pela perspectiva do criminoso. É estranho, mas estranhamente interessante. Não gosto de clássicos, não leria novamente, mas também não me arrependo de ler e realmente valeu a pena.
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bonfimpiva 13/11/2023

Impossível ler esse livro e não ter um ?itch?, mas a capacidade do escritor de falar sobre uma criança nesses meios tem que ser vista como hábil
depois de descobrir que o escritor foi investigado por pedofilia pelo livro e inocentado, fica mais tranquilo de ler
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eduardo20 12/11/2023

Problemático
Eu lembro de achar bem tenso as cenas enquanto lia. Realmente, é um clássico mas é um livro bem problemático.
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Thalini.Vieira 08/11/2023

Repulsivo
Tentei ler este livro anos atrás mas simplesmente não consegui terminar. Agora retomei e concluí a leitura. A escrita é meio arrastada, o autor enche de detalhes desnecessários, mas o contexto é repulsivo, sempre quis entender a mente de um pedófilo e homens que sentem atração por adolescentes, e aqui é narrado de forma explícita. A forma como o personagem descreve a sua preferência, o abuso mascarado em forma de cuidado, é nojento demais, impossível não sentir pena da Dolores e do fim que ela teve, descreve a realidade de muitas meninas que são condicionadas a isso tão cedo.
Larissa 08/11/2023minha estante
admiro a coragem de fazer essa leitura, vi acho que papo de 30 min do filme e não aguentei




julianateixeira 07/11/2023

Complexo e polêmico
O Humbert é o personagem mais l#ixo, ele explorou de todas as formas a Lolita, usando a pouca inteligência dela, a favor dele. O mal comportamento dela me incomodou bastante, mas vamos e convenhamos a mãe dela não era um grande exemplo para ser seguido e pai ninguém sabe... O geral é um livro bem escrito tem várias referencias de outros livros. Dei 5 estrelas pq o livro é realmente interessante. E te deixa com vários questionamentos.
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johan 04/11/2023

Mesmo tendo demorado um tanto para poder terminar este livro, sinto que valeu a pena conhecer a mente insana do personagem Humbert Humbert e a maravilhosa escrita do Vladimir Nabokov. Apesar de ser muito desagradável a forma que H.H comenta sobre Lolita, é interessante como ao mesmo tempo ele tenta manipular o leitor acerca do crime que foi cometido por ele.
julianateixeira 07/11/2023minha estante
Eu tive a mesma sensação!




Lullis Martel 04/11/2023

Fiquei muda
Um dos livros mais bem escritos que já li, para ser sincera. Uma leitura pesada, que definitivamente, não é pra todo mundo, o protagonista é um podre de pessoa, e o autor deixa isso bem claro, então, se vc vê isso como um romance, se trate querida
julianateixeira 07/11/2023minha estante
Concordo!




Caio.Silas 04/11/2023

O rei está nu!
Estranho é também que os leitores se façam de cínicos em relação à leitura. Não digo assim querendo invocar o menor moralismo, muito pelo contrário. Todo mundo sabe que situações assim existem e que são recorrentes, e não vou fazer aqui juízos de valor moral em se tratando de uma obra ficcional. O meu ponto é que não me surpreendo com qualquer grandeza ou território inexplorado nessa leitura. Atração sexual é fisiológica e, embora em quantidade menor, sempre houve quem se sentisse atraído por meninos e meninas pré-púberes. A psicologia deve definir como um distúrbio, criminoso aliás, mas estou certo de que não haja 10% dos floreios aplicados por Nabokov nessa pulsão, floreios esses tão forçados que soam incômodos - não por tentar adornar uma prática obscena e proibida, mas porque soam exagerados em sua irrealidade.

Também não me impacta a "malícia" sexual de uma criança. Acho que as pessoas lutaram para se esquecer de que um pouco antes da puberdade a noção de atração e de prazer já se vai construindo. Quantas vezes durante a minha infância eu ouvi meus amigos entre 8 e 12 anos falarem as maiores obscenidades sexuais. Quantas vezes eu não ouvi minhas coleguinhas dizerem gostar de algum menininho e querer namorar com ele.

São resquícios de nossa fisiologia que se vão formando, mas que as crianças ainda mal compreendem e que lhes devem, acima de tudo pela família, ser esclarecidos e instruídos, de modo a que não se realizem de maneira precoce e indevida.

Entretanto, o que se vê aqui é uma narrativa que se pretende realista e que se perde na apologia ridícula de uma condição deplorável. Não se encontra aqui o drama de um homem que carrega uma veleidade, mas o esforço de um sujeito por romantizá-la com uma retórica pomposa e muito chata; não se encontra aqui personagens marcantes, a ex-mulher de Humbert é uma caricatura deplorável, seu amante também, a mãe de Lolita idem. Se comparo as personagens de um romancista como Tolstói (a quem Nabokov mais admirava) às de Lolita sinto vergonha. Finalmente, a narrativa soa confusa e prolixa para qualquer que leia o texto sem o filtro das ideias pré-concebidas.

É preciso recorrer novamente àquela velha metáfora da nudez do rei, porque aqui ela se aplica muito bem. Em todo caso, quem sou eu para apequenar Nabokov? Ele continuará sendo ícone, e a sua "obra-prima", exaltada, até mesmo por aqueles que jamais a leram.
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