Serivaldo 01/08/2021Filosofia e fantasiaMuito bom o livro. Ele nos insere em histórias que se encaixam entre si. A história de uma família que se origina dos infortúnios da Segunda Guerra, enfatizando a discriminação contra as mulheres que se envolviam com os alemães durante a guerra e que foram praticamente banidas de suas cidades. Um passeio filosófico pela Europa e em especial pela Grécia de Sócrates onde são recontados fatos abordados pela filosofia, tragédias e mitos gregos. Um conto fantástico sobre as cartas de um baralho, que foram personificadas numa ilha misteriosa e contados num livrinho que apenas com uma lupa pode ser lido. O conto fantástico das cartas e a chegada à ilha misteriosa nos lembra algo de Alice no país das maravilhas e o Mágico de Oz. O pai e o filho que viajam em busca da mãe. Encontros e desencontros que se entrelaçam numa fantástica narração.
Os curingas, metáfora para os filósofos, não se deixam enganar e ao longo dos anos vão nos mostrando as incertezas da vida, de nossa existência, de nossas dúvidas.
Acredito que a voz dada a uma criança/adolescente se dá ao fato que as dúvidas sobre nossa existência se iniciam desde tenra idade e se estende por toda a vida.
A linguagem fácil nos prende aos fatos, porém, a história é arrastada e me fez levar alguns dias para concluir a leitura.