A Cidade e As Serras

A Cidade e As Serras Eça de Queiroz




Resenhas - A Cidade e as Serras


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Mr. Jonas 03/02/2018

A Cidade e as Serras
Importância do livro
A obra foi publicada um ano depois da morte do autor, em 1901, e seguiu a ideia principal do conto ?Civilização?, também escrito por Eça de Queirós e publicado em 1892. A Cidade e as Serras marca a reconciliação do escritor com a sociedade portuguesa, depois de obras polêmicas como O Crime do Padre Amaro e Primo Basílio. Na narrativa é possível identificar a comparação entre campo e cidade, comum nas histórias do autor, assim como a relação entre a elite e a classe trabalhadora.
É uma importante obra que marca a terceira fase de Queirós, mais pós-realista. O romance apresenta, na verdade, um notável sincretismo estético. Convivendo com o realismo-naturalismo, temos, por exemplo, o expressionismo, na descrição chocante da vida urbana, e o impressionismo, na suavidade e no colorido da paisagem campestre.
Período
A narrativa remonta ao início do século XIX, quando viveram os antepassados do protagonista. Mas o núcleo da ação se desenvolve no final do século, sendo, portanto, contemporânea à publicação da obra. O século foi marcado, em Portugal, pela vitória dos liberais, partidários de uma monarquia moderada, sobre os absolutistas, que desejavam manter no trono o rei D. Miguel.
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André 31/01/2018

1º Livro, 2º Ano do Ensino Médio; 4º Livro, Fuvest 2017
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Suiany 21/01/2018

Primeiro livro naturalista português que leio e o grande Eça já chegou chegando, conquistando meu coração.
Primeiro livro naturalista português que leio e o grande Eça já chegou chegando conquistando meu coração.

Essa história se passa no fim do século XIX, mas seus dilemas são muito contemporâneos.

José Fernandes, o narrador, é um homem nascido e criado nas serras de Portugal, que vive indo a Paris (qualquer semelhança com o autor, não é mera coincidência!!) para visitar seu amigo, Jacinto. Este que, por sua vez, só conhece a cidade e a ela é fiel. Lembrando que Paris, na época, era o centro da vida moderna.

Ambos os personagens principais passam por muitas mudanças ao longo do enredo e tem suas ideologias/opiniões postas à prova e, por vezes, modificadas.

Eu simplesmente amei as críticas à dependência da tecnologia. Repensar os apetrechos que muitas vezes são comprados para "facilitar nosso cotidiano", mas que nem sempre nos auxiliam... Quantas coisas são compradas para que nos tornemos dependentes das comodidades e, não menos pior, quantas coisas são compradas para ficarem largadas, porque, apesar de terem parecido uma ideia maravilhosa vendida pela publicidade, acabam se tornando meros acessórios sem utilidade além de encher nossas casas.

De igual forma, me afeiçoei aos personagens, pois ora eu era muito Zé Fernandes, ora muito Jacinto... Concluo que sou ambos, tanto em diferentes fases da vida, como ao mesmo tempo, às vezes... hehehehe (sem julgamentos, obrigada).

Um tanto filosófica, um tanto questionadora e até um tanto engraçada. Fica a dica de uma ótima obra!

site: https://divinaleitura.wordpress.com/2018/01/21/a-cidade-e-as-serras-de-eca-de-queiros/
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Aa 29/12/2017

Redimindo Eça
Eça é o Ó. Como outros autores da época, foi influenciado por todas aquelas tendências rançosas do final do século XIX: ateísmo, positivismo, cientificismo, anti-clericalismo, socialismo... todos os ismos detestáveis que ainda nos perturbam. Tudo isso fica claro principalmente na obra que a Fuvest exige para 2019, A Relíquia, que é uma das leituras mais sofridas que fiz na minha vida, de um anti-catolicismo datado e cansativo. Mas este livro é diferente.

O livro trata da relação entre as novidades e modas das grandes cidades (no livro representadas por Paris) e os prazeres simples da vida no campo (as serras de Portugal). Isso por si só parece uma quebra com o Realismo, quase sempre urbano, progressista, se contrapondo aos costumes antiquados e à superstição do modo de vida campestre, onde todos ainda são religiosos e desconfiados. A explicação vem da época da publicação: a obra é póstuma, e Eça, no final de sua vida, já estava cansado das modinhas realistas que ajudou a popularizar e começava a se dar conta de que ele mesmo era, no fundo, português.

O resultado é um livro que contém uma prazerosa elevação dos costumes tradicionais, do agrarianismo, da simplicidade, e todos aqueles demais valores que ainda restavam do Arcadismo já desfalecido. Logo, é uma lufada de ar fresco sobre esses ranços urbanistas dos séculos passados, que tanto causaram sofrimento ao arrancar o homem de seu habitat natural e lançá-lo no concreto, escravo de seus instintos desarraigados e adotados pela sociedade de consumo.

Claro que muita gente não chegará a essas conclusões lendo o livro, preferindo as platitudes recomendadas pelos professores de cursinho, o que provavelmente é uma boa ideia para aqueles que querem passar no vestibular. Mas para quem não sofre mais com essas exigências, fica a oportunidade de explorar esse lado de Eça que pouco é mencionado, lado esse que quase exime sua obra, indubitavelmente primorosa, mas manchada por ideologias caducas.
denis.caldas 19/01/2018minha estante
Bravo!




Paula.Gardini 06/11/2017

como não se apaixonar por um homem que tem não 7000, mas 70 000 livros em sua biblioteca particular, já valeria por toda parafernália tecnológica de última geração da época. quem precisa de agua quente?, ou telefone, nem mesmo luz elétrica num casarão na rua dos Campos Elíseos 202. pois é, mas com o tempo esse homem, de uma família de Jacintos consegue viver um outro lado da vida, mais humano talvez, mas não menos glamuroso, os valores mudam, as pessoas se tornam muito mais caras. quem nos conta as transformações de Jacinto é o melhor amigo Zé Fernandes. do glamour de París, para as Serras de Portugal., no começo desconfiei dessa amizade tão amorosa., ou os sentimentos foram recolhidos, ou realmente existe essa intimidade de almas., o que na verdade não é da conta de ninguém, mas o final.... que família linda, todos dividindo um crescimento íntimo que muita gente não consegue em uma vida só.
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Raul.Coutinho 23/10/2017

A partir do 6º capítulo
Nestes primeiros capítulos, o Eça de Queirós empenha a sua escrita com o objetivo de enfadar o leitor à vida do civilizado Jacinto. Progressivamente o enredo ganha cores depois de uma notícia libertadora, que não só resgata seu protagonista, mas o leitor também. O autor deixa claro a moral da obra. Comparado aos outros de seus romances realistas, Eça fecha com chave de ouro sobre o que propôs na escola realista.
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Maitê 19/08/2017

razoável
Por várias vezes me pareceu que esse livro não tinha realmente um rumo, que era só um estudo regionalista do autor, exemplificando como a serra sobrepõe a cidade. Chega a ser um pouco engraçado quando o Jacinto está a caminho de Portugal e quando se acostuma a sua terra e tenta socializar tudo mas ao final fico com a impressão que li um livro obrigatário para o vestibular.
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Arthur 18/08/2017

O artificialismo da Civilização e a simplicidade do Campo
Narrada sob o ponto de vista de Zé Fernandes, um humilde português da comunidade de Guiães, essa magnífica obra do realismo luso nos convida a refletir sobre as contradições da sociedade urbano-industrial do século XIX. Essas contradições são representadas na figura de Jacinto, melhor amigo do narrador, morador do luxuoso palacete nº 202, em Paris. Mesmo imerso em uma vida abastada, amigo das elites e cercado de livros e das mais recentes invenções tecnológicas, Jacinto, amante fervoroso de toda essa "Civilização", sente-se vazio interiormente, como se alguma coisa faltasse. Ao mesmo tempo, Zé Fernandes tenta convencer o amigo de que uma vida verdadeiramente feliz só é possível no campo, que apesar da simplicidade e da carência de conforto, possibilita autoconhecimento e tranquilidade. Juntamente com Jacinto, o leitor é, então, convidado a uma viagem à serra portuguesa, onde descobrirá os prazeres de se viver longe da Cidade (e sua sociedade de aparências).
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Nena 04/07/2017

Jacinto, um rico anfitrião, totalmente urbano, mora numa Paris rica e fútil. Viaja para a serra com Zé Fernandes, seu grande amigo, onde passa a conhecer a vida no campo. O que antes via com maus olhos, passa a lhe encantar pela simplicidade de uma realidade até então desconhecida e carregada de preconceitos. O texto é de uma escrita complexa, chega, por vezes, a ser enfadonho, mas a história é atraente e rica em detalhes, o que faz com que não se abandone a leitura. A comparação cheia de detalhes entre cidade e serra é muito interessante e mostra uma realidade da época muito importante no conceito histórico. O que não deixa de ter uma boa relação com a atualidade.
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Eliane 07/06/2017

O último livro de Eça de Queirós.
Reli e gostei. O contraste entre a Cidade e o Campo, a busca pela felicidade, as aventuras de Jacinto e José Fernandes em Paris e depois em Portugal são muito interessantes. Chamou-me a atenção principalmente a reflexão sobre a futilidade e a desigualdade social na Cidade onde uma maioria pobre trabalha e serve uma minoria que vive o luxo e a futilidade, não podendo, o pobre, aproveitar nada ou quase nada dos frutos e do prazer que seu trabalho produz. Super atual!
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Renata Molina 11/04/2017

Chato
Primeiro livro do Eça que leio, que considero chato. Uma história de linguagem rebuscada e que dava pra escrever em 60 páginas. Acho que ele encheu muita linguiça...
Phelipe Guilherme Maciel 11/04/2017minha estante
Também achei este livro bem arrastado, mas li com 15 anos, sei lá, em época escolar. Não sei dizer se manteria a mesma opinião hoje. Mas o fato foi que me traumatizou e nunca mais li nada dele. Meu irmão entretanto, gosta muito do autor, principalmente pelo Crime do Padre Amaro...
Quem sabe no futuro eu releia. haha




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Gabi 24/11/2016

Isso não é bem uma resenha ?
Eu realmente gosto de literatura, não qualquer tipo de literatura, mas uma literatura Boa e que me faça pirar nos personagens como A cidade e as serras fez. É quase hilario ver a diferença ta o grande que se traz de uma coisa tão simples como o campo e a cidade. As diferenças e os costumes, a maneira de viver e até mesmo as pessoas na minha opinião não importam de nada já que voce deve ficar onde se sente bem. Jacinto me fez apaixonar por todos os lugares e quando há amor no que se faz qualquer milhões de dinheiro é pouco. Assim que vejo a literatura com os livros de hoje é um contraste entre a cidade e as serras, mas os dois são bons porque sabem como agradar as pessoas de sua maneira especial.
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Edu 02/09/2016

José Fernandes e Jacinto
Cidade - Paris onde Jacinto mora "ape" 202, felicidade resume ter riqueza e conhecimento
Serra - onde Ze Fernandes mora, na historia ele esta hospedado na casa do amigo.
No final Jacinto consegue juntar simplicidade vida rural, com o mundo civilizado e assim ser feliz com sua família
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