A Cidade e As Serras

A Cidade e As Serras Eça de Queiroz




Resenhas - A Cidade e as Serras


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Mimi 29/08/2016

Ordem sem progresso
Comprei o livro para o vestibular. Nunca toquei no livro até o começo do mês, quando comecei o 4º semestre da faculdade.

Não foi uma leitura fácil e isso acabou influenciando no meu gosto pela história, que não tem muitos altos e baixos. A história parece mais um gráfico que não se altera, não cresce e nem decresce.

É verdade que no começo da minha leitura eu estava ansiando por vários acontecimentos quando Jacinto ainda vivia em Paris: escândalos amorosos, cenas cômicas com a tecnologia emergente… Mas a única cena mais marcante foi a do peixe preso no elevador, isso porquê ela nem é tão emocionante assim!

Mas um clássico sendo um clássico, eu nano posso difamar o livro só pela sua trama, onde junto com a escrita é celebrada o positivismo, importante movimento registrado para a eternidade na bandeira de meu país.

site: http://mimimidoslivros.blogspot.com
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Tabata 27/08/2016

Um tanto quanto cansativo. Há muita descrição que na maioria das vezes é desnecessária o que faz com que o ritmo do livro fique lento.
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Pedro Araújo 13/07/2016

O Rato do Campo e o Rato da Cidade
Li A cidade e as serras por um dos obrigatórios para vestibular. De início achei a leitura maçante e demorada apresentação dos fatos, mas depois fui me adaptando e por fim, achei uma leitura digna de ser 'obrigatória'.
Os fatos são narrados por Zé Fernandes, amigo íntimo de Jacinto. Jacinto é um homem que sempre buscou a "civilização", como o próprio diz. É um homem nobre nascido em palácio, descendente de "D. Galeão". De início Jacinto é nos apresentado como tendo um extremo preconceito para com o campo - dizia que o campo bestializa o homem, tornando-o escravo da sobrevivência e da procriação -, e total amante da cidade. Porém, começa a perder o prazer na cidade, e se torna um homem cheio de angústias e tristezas. Ao longo da obra Jacinto transforma seu comportamento e suas perspectivas, tornando-se um homem feliz e que vive o agora, não mais com o desejo infinito de acúmulo da "civilização".
São apresentados vários pensamentos que valem a reflexão, apesar de ser um livro que exige paciência na leitura.
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Naty 14/06/2016

Um livro interessante e que traz várias vertentes filosóficas e as críticas do autor às mesmas inbutidas em uma obra ficional.


Comecei a ler A Cidade e as serras porque é livro obrigatório da FUVEST, mas eu até que gostei bastante. A lentidão narrativa e o capricho vocabular do autor deixam, muitas vezes, a história maçante. Antes de ser livro, essa história era apenas um conto mais resumido o que eu acho que seria mais interessante, pois muitas partes desse livro poderiam ser bastante resumidas.
Mesmo com toda essa lentidão do autor, eu reuni coragem e li. Achei esse livro bem interessante. As sutis críticas que ele apresenta são bem colocadas e a ironia da vida de Jacinto consegue entreter o leitor de certa forma.
Esse livro é contado em primeira pessoa por um amigo de Jacinto chamado Zé Fernandes. Ele costuma chamar o Jacinto de príncipe como uma forma de ironizar o próprio amigo: " Bem se afirmava, na realidade, esse Jacinto como príncipe da Grã-Ventura.", pois Jacinto vivia numa luxuosa casa com todos os aparatos tecnológicos possíveis, bibliotecas com inúmeros livros nunca lidos, mas, pena, achava tudo tediante e o mundo infeliz.
Uma das teorias de Jacinto é que a suma ciência mais a suma potência geram a suma felicidade, pois, para ele, a felicidade perfeita provem de uma realização material que rompa as barreiras do determinismo natural através do possibilismo tecnológico.
Percebe-se que, para Jacinto, a alma do homem só tem valor e só se desenvolve em toda a sua plenitude se ele estiver no que chama de civilização. Para ele, o campo animaliza o homem e o impede de chegar ao seu máximo potencial.
Uma parte do livro diz: " Desde as oito horas a campainha do telefone repicava por ele, com impaciência, quase com cólera, como por um escravo tardio". Aqui vemos a opinião do autor, Eça de Queiroz, sobre as inovações tecnológicas. Para ele, a civilização que as pessoas da sua época tanto exaltavam, assim como fazia Jacinto, era a mesma que o escravizava na rotina e trava a alegria de viver e de experimentar.
O autor também critica a desigualdade social mostrando que a cidade se construía e se desenvolvia na amargura dos mais pobres: " Para este esvaecimento pois da obra humana, mal ela se comtempla de cem metros de altura, arqueja o obreiro humano em tão angustioso esforço?"
O Zé Fernandes passa a perceber também o tédio e o pessimismo que rondavam Jacinto que já não via graça nem novidade nas coisas. Um dos empregados da casa faz uma afirmação muito interessante: " S. EXª sofre de fartura".
Até que, num passeio, Zé Fernandes começa a mostrar a cidade de Jacinto tanto admirava e adorava por outras perspectivas e este acaba realmente acordando um pouco do seu transe de que a cidade e a civilização são a fonte da suma felicidade.
Uma das partes mais interessantes desse discurso de Zé Fernandes é: " O homem pensa ter na cidade a fonte de toda a sua grandeza e só nela tem a fonte de toda a sua miséria...Na cidade findou a sua liberdade moral, cada manhã ela lhe impõe uma necessidade, e cada necessidade o arremessa para uma dependência, pobre e subalterno, sua vida é um constante solicitar, adular, vergar, rastejar, aturar; e rico e superior como um Jacinto a sociedade logo o enreda em tradições, preceitos, etiquetas, cerimônias, praxes, ritos...A sua tranquilidade onde está, meu Jacinto? Sumida para sempre, nessa batalha desesperada pelo pão, ou pela fama, ou pelo poder, ou pelo gozo, ou pela fugida rodela de ouro! Alegria como a haverá na cidade para esses milhões de seres que tumultuam na arquejante ocupação de desejar, e que, nunca fartando o desejo, incessantemente padecem de desilusão, desesperança ou derrota? Os sentimentos mais genuinamente humanos logo na cidade se desumanizam!...As amizades nunca passam de alianças que o interesse...ata apressadamente com um cordel apressado, e que estalam ao menor embate da rivalidade ou do orgulho...Mas o que a cidade mais deterioriza no homem é a inteligência, porque ou lha arregimenta dentro da banalidade ou lha empurra para a extravagância..."
Outro pensamento filosófico de Zé Fernandes para tentar modificar o pensamento de Jacinto foi essa frase: " E com esse labor e este pranto dos pobres, meu príncipe, se edifica a abundância da cidade."
Tem uma parte no livro em que já conto está tão envolto em seu pessimismo que Zé Fernandes o compara à Salomão. Essa é uma parte bem interessante e crítica da história. Jacinto chega a afirmar: " Tudo é indiferente, Zé Fernandes"
Após toda essa parte, Jacintto acaba indo para o campo por causa de imprevistos com a ossada de sua família. Antes de ir, envia vários caixotes com todos os seus equipamentos para o campo além de seus muitos livros, mas a remessa acaba se perdendo e, quando eles chegam à propriedade de Jacinto nas serras de Portugal, eles só tem a roupa do corpo e comem da culinária popular. é, a partir desse reencontro com suas origens lusitanas, que Jacinto passa a recriar dentro de si a vontade de viver e a felicidade. Ele não volta mais à Paris.
Em uma de suas declarações, Jacinto critica o pessimismo que antes tanto o cercava: " Ó! Que engenhosa besta, esse Schopenhauer! E maior besta eu, que o sorvia, e que me desolava com sinceridade!...O pessimismo é uma teoria bem consoladora para os que sofrem, porque desindividualiza o sofrimento, alarga-o até o tornar uma lei universal...Quem se queixaria de ser cocho se toda a humanidade coxeasse?...O pessimismo é excelente para os inertes, porque lhes atenua o desgracioso delito da inércia. Se toda meta é um monte de dor onde a alma se esbarra, para que marchar para a meta, através dos embaraços do mundo?"
Outra fase muito interessante é esta: " Tu tens, em abundância, todos os quatro elementos: o ar, a água, a terra e o dinheiro."
No campo, Jacinto começa a mudar a situação de muitos pobres da região que passam a achar que ele é o próprio D. Sebastião que voltou. Jacinto, então, passa de um estágio inicial de culto à civilização e parisianismo para um bucolismo intendo. Ele chega a andar por suas terras citando trechos de obras do arcadismo.
É lá, no campo, que Jacinto vai começar uma família e, antes do fim, Zé Fernandes retorna à Paris retratando o horror da cidade e voltando a serra para viver na simplicidade que, pelo jeito, era a ideia de Eça de Queiroz sobre a felicidade.
Não que eu concorde totalmente com as ideias nesse livro apresentadas, mas estas são bem interessantes e acho que muitos deveriam dar uma chance a esse livro da literatura de Portugal que conquistou os vestibulares do Brasil. Pena que ele é lento.
As melhores partes são as filosóficas e as tiradas sarcásticas do autor, o restante é cansativo, mas dá para ler.
Tomara que gostem como eu ou mais. 4 estrelas, nada mais, nada menos.
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Bia 05/05/2016

Incrível.
Como posso encontrar tantas críticas sobre esse maravilhoso livro? Livro que indaga a questão da modernidade. Apesar do começo ser bem maçante, o desenvolvimento é bem construído, "vai bem". AHHH... as teorias.... AHHHH
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feitosa 02/04/2016

A Cidade e as Serras
Por meio do personagem central, Jacinto de Tormes, que representa a elite portuguesa, a obra critica-lhe o estilo de vida afrancesado e desprovido de autenticidade, que enaltece o progresso urbano e industrial e se desenraiza do solo e da cultura do país.
Na obra, a apologia da natureza não pode ser confundida com o elogio da mesmice e da mediocridade da vida campestre de Portugal. Ao contrário, trata-se de agigantar o espírito lusitano, em seu caráter ativo e trabalhador. Assim, podemos afirmar que depois da tese (a hipervalorização da civilização) e da antítese (a hipesvalorização da natureza), o protagonista busca a síntese, ou seja, o equilíbrio, que vem da racionalização e da modernização da vida no campo.
Um argumento para tal interpretação está no fato de que, quando se desloca para a serra, Jacinto sente uni irresistível ímpeto empreendedor, que luta inclusive contra as resistências dos empregados ao trabalho.
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Ane 24/03/2016

Só conclui por causa da FUVEST
Eu não acho que o problema seja da história em si, mas a escola literária, que é o realismo, dificilmente não é maçante!! É difícil ler algo com tanta descrição, a cada vinte páginas realmente acontece algo relevante.

Tenho interesse por ler outros livros do Eça, como O Crime do Padre Amaro e O Primo Basílio, mas só de pensar nesse tanto de descrição, acho melhor assistir o filme.
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Thananda 19/02/2016

Quando o dinheiro não compra a felicidade
Eça nos conta em seu último romance publicado após a sua morte, a história de dois amigos, Zé Fernandes e Jacinto, portugueses que viviam uma vida de luxo e prazeres em Paris.

O livro é narrado por Zé Fernandes, melhor amigo de Jacinto, que um dia resolve partir da zona rural de Portugal para passar um tempo com seu amigo de infância em Paris. Lá ele se encontra com Jacinto e percebe que seu amigo já não é o mesmo de outrora. Jacinto era um homem rico, mimado desde pequeno, entusiasmado com a evolução da civilização, estava sempre a par das grandes novidades tecnológicas da época, e era um dos primeiros a incorpora-las na sua mansão em Paris. Sua biblioteca possuía mais de 30 mil volumes abrangendo qualquer tipo de assunto; tinha um cuidado extremo com sua saúde e sua higiene, chegando a comprar para o próprio uso numerosos tipos de diferentes águas minerais, sua penteadeira tinha 39 tipos diferentes de pentes e ele usava a todos; até para abotoar suas roupas, ele recebia ajuda de máquinas especializadas. Vivia rodeado de amigos importantes e era muito prestigiado na alta sociedade.
Porém, Jacinto já não se sentia bem com tudo isso. Quanto mais ele atulhava sua mansão de artigos luxuosíssimos e refeições esplêndidas, quanto mais amigos importantes ele acumulava, quanto mais dinheiro ele ganhava, mais infeliz ele era. Zé Fernandes observava o desânimo de seu amigo sem nada para poder oferecer de consolo ao seu Príncipe da Grã-Ventura, e aos poucos, aquele homem que tudo tinha de conforto ao seu redor, foi se sentindo sozinho, vulnerável e depressivo, tendo inclusive idéias de se matar só para acabar com o tédio que sua vida havia se transformado.

Numa certa ocasião, Jacinto resolve visitar suas terras em Portugal na zona rural, onde Zé Fernandes morava. Essa mudança extrema de ambiente fez muito bem a Jacinto. O homem que tinha horror à simplicidade, se viu maravilhado com as pequenas coisas, com a rudez da vida rural e com a natureza da região serrana. Despojado de todo luxo e conforto, Jacinto firmou sua morada nas Serras e conheceu finalmente a paz de espírito, longe dos males da sociedade.

Um livro cheio de reflexões sobre a vida na sociedade e seus males, sobre o que realmente importa; se é o que temos ou quem nós somos. recomendo :)

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Sol 16/02/2016

Impressões recém-escritas pós-leitura
Acho que fiquei decepcionada com o desenrolar deste livro, não sei se porque foi leitura obrigatória da FUVEST (e tudo que é obrigatório é mais chato) ou se porque foi logo após a leitura de “Memórias póstumas...” (e acho que a expectativa estava grande, porque os dois são classificados como “realistas” e eu havia adorado a ironia cítrica do Machado). O fato é que o estilo do Eça é totalmente diferente, ele demora muito para chegar ao clímax. A história se desenrola devagar, devagar, devagar... e quando chega a hora da reviravolta, você fala: “Ah... já esperava por isso...” Como um professor de literatura me disse: “O Eça dá a intenção do que vai acontecer, dá a intenção do que vai acontecer... e quando chega no final: acontece.”
Apesar de não ter gostado do ritmo de narração, acredito que a reflexão sobre o uso exacerbado de tecnologia e o desprezo pelas coisas da natureza, do campo e pelo convívio social baseado nas experiências simples, sem as máscaras da estratificação, que gera relações vazias, é a principal crítica que Eça faz à vida urbana, podendo ser perfeitamente aplicada aos dias atuais, o que faz da obra um clássico.
vcmbraga 15/07/2018minha estante
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Inês Montenegro 06/02/2016

Na história do rato da cidade e do rato do campo, o primeiro, desgostoso com a vida no campo, convida o segundo a experimentar as regalias da cidade. A vida de luxos e facilidades que lhe é apresentada no ambiente citado encanta o rato do campo, até os seus perigos se tornarem evidentes e o levarem a preferir a sua vidinha menos faustosa mas mais segura no campo.
“A Cidade e as Serras” fez-me recordar esta fábula, ainda que algo alterada, mais sofisticada, e sem moral tão evidente. Tendo Zé Fernandes como narrador homodiegético, é pelas suas palavras que conhecemos Jacinto e as suas convicções sobre a superioridade da Civilização, a cidade, a sua modernidade, avanços, cultura e sociedade – um excesso de tudo e todos que conduz Jacinto a um vazio existencial, ultrapassado com a viagem à Serra, o campo, apesar do começo pouco auspicioso para as personagens, ainda que cómico para o leitor. Tal como inicialmente exacerbara a superioridade da Civilização, Jacinto começa por olhar apenas às vantagens da Serra – contudo, quando esta lhe mostra o que tem de pior, nem lhe foge, nem fica de braços cruzados. Age, levando a Civilização à povoação remota, de tal modo que o leitor chega a suspeitar da criação de um ciclo vicioso.

Opinião completa em:

site: https://booktalesblog.wordpress.com/2015/10/24/a-cidade-e-as-serras-eca-de-queiros/
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@alfarrabistaa 25/01/2016

Vendo
A venda! Entregas para toda Belém!
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Diogo.Ramos 30/12/2015

Vale a pena ler
O livro de fato tem uma leitura relativamente lenta, já que o autor é bastante descritivo, porém sua qualidade descritiva passa a leitura uma sensação de que se está realmente vendo as situações, parece um filme em letras.

A demora na leitura é bastante recompensada pelos momentos em que os personagens principais começam a "filosofar", momentos em que se aprende bastante.
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Aline 28/05/2015

As serras ou Paris
Ze Fernandes queria provar que a vida no Campo era melhor que a vida urbana. Jacinto, nascido em Paris, achava a capital francesa um exemplo de civilização.
Ambos se conheceram na Universidade. Após alguns anos distante, Zé que passou um tempo administrando as propriedades rurais foi a Paris visitar o amigo e o encontrou entristecido.
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