@wesleisalgado 26/09/2022Quando vi que a escrita do livro era lírica por meio de frases soltas, confesso que fiquei com um pé atrás. Porém, minha preocupação se provou infundada, a forma só dá ainda mais identidade as histórias ali retratadas.
Através de seis partes, salvo engano, conhecemos a história de uma gama de mulheres negras do Reino Unido contemporâneo, talvez umas 12 personagens. As histórias se cruzam e complementam formando um caleidoscópio gigantesco, em cada narrativa a dona da história tomando o papel principal para si e narrando em primeira pessoa.
Paralelo aqui com o ótimo A MULHER REI, Viola Davi dizendo em entrevistas que esse filme é seu Magnum Opus , e a peça teatral de Amma, personagem de que dá início ao livro, sendo também sua obra de maior importância.
Os panos de fundo de cada história são os mais diversos, ancestralidade, pertencimento, religiosidade, sexualidade, racismo, redenção sendo covardia tentar resumir cada um aqui, porque tudo ali é absurdamente mais abrangente e tangível. Acredito que esse livro é/será o próprio Magnum Opus da Bernardine Evaristo.
Delírios de um pobre nerd: durante toda a leitura fiquei imaginando/desejando a adaptação do livro em uma série limitada de 10 episódios pela HBO, com Viola Davis como Amma, óbvio, com a Michaela Coel (Megan/Morgan por favor), Lupita Nyong'o, Keke Palmer e Zendaya facilmente sendo a Yazz. Seria pedir muito ao universo??