Garota, mulher, outras

Garota, mulher, outras Bernardine Evaristo




Resenhas - Garota, mulher e outras


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Juliana 07/05/2024

Já tive mulheres, de todas as cores, de várias idades
Que delícia a estrutura desse livro, é ao mesmo tempo um romance e um livro de contos.
E como vi num comentário sábio no letterboxd "nós, como sociedade, não precisamos de mídia sobre homens"
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DêlaMartins 30/04/2024

O livro é fantástico, envolvente, atual. Bernardine Evaristo nos conta histórias de diferentes mulheres, com diferentes históricos - casadas, solteiras, trans, lésbicas, divorciadas, artistas, professoras, executivas, fazendeiras. O que elas têm em comum é a cor ou ascendência negra e o lugar, Reino Unido. Cada capítulo leva o nome da protagonista daquele momento e a abordagem sobre coragem, medo, decepções, emoções, felicidade, amores, casamentos é muito boa. Cheguei a achar que a leitura poderia não me prender porque me pareceu um livro de contos (não curto!), mas de alguma forma as histórias se entrelaçam e as protagonistas de um capítulo acabam aparecendo em outros momentos, fazendo com que a leitura flua e , apesar das histórias diferentes, seguem um contexto muito interessante. No início, a escrita também me incomodou porque a autora usa pouquíssimos pontos finais e só escreve em letras minúsculas, mas a narrativa é tão boa, as histórias são tão envolventes que acabei me esquecendo disso e incorporei a forma numa boa.

Embora seja um livro que foca em mulheres negras, o foco é sobretudo em mulheres - sobrecarga, maternidade, desejos, inseguranças, vaidade, tudo é bastante feminino e, mesmo não tendo a vivência da cor da pele, pude me identificar com algumas passagens. A leitura lembra um pouco a nossa Evaristo (Conceição) em seu livro Insubmissas lágrimas de mulheres - a diferença é que o da Bernardine não é composto por contos a interligação muitas vezes inesperada das mulheres, faz a leitura fluir melhor.

Super recomendo e já é um dos meus livros favoritos.
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lacklusterstarchild 25/04/2024

Uma Antíntese À História Única
Nesse dinâmico romance escrito em versos, Bernadine Evaristo inova as fomas como mulheres negras são representadas na tradição literária de maneira plural e belíssima. Sua escrita acessível tirou o meu receio de ser um livro denso (por ter quase 500 páginas) e fiquei surpresa quando percebi o quão rápido me envolvi pela narrativa.

Essa obra reconta a vida diversas mulheres negras - em sua maioria - que cresceram na Englaterra em diversos períodos e localidades, cada uma com sua própria origem, tom de pele, criação, sexualidade, classe, fé, traumas, personalidade, vício, estilo, política diferentes. Impressionante como, em somente 40 páginas, a autora captura a vida inteira de uma das personagens com uma voz tão distinta para representar cada uma. Desde órfãs do séc XIX até a geração Z, entre imigrantes e ascendentes, Evaristo faz espaço para seus personagens falarem por si mesmos e respirarem seu protagonismo.

Além disso, a escritora não se prende ao termo "mulher negra" já que retrata também a história de Morgan (uma pessoa não binarie) e Penelope - que é, em todos os aspectos menos o genético, uma mulher branca. E, assim, estabelece uma abordagem muito interessante sobre os mecanismos socias exercidos sobre indivíuos ditos como "inferiores", e o subsequente processo de individualização tomado por cada uma.
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Gabi 13/04/2024

Mulheres e as mães dessas mulheres e suas avós
Uma história linda e bem construída de mulheres, mães, filhas, netas e bisnetas. Várias histórias de várias mulheres de diferentes origens, objetivos, vivências, cores, sexualidade e identificação de gênero. Mulheres que revolucionaram suas vidas a seu modo, do jeito que puderam, por suas filhas, por suas netas e por elas mesmas. Mulheres que se conectam por seu passado ou por seu presente, mulheres que lutaram pelo seu espaço na sociedade e reconheceram a necessidade de apoiarem-se mutuamente, narrativas de mulheres que apresentam que outras mulheres não eram a ameaça e que elas podiam sim encontrar seu próprio caminho e serem felizes, do jeito que elas escolherem; apesar de todo o preconceito, discriminação. Mulheres que aprenderam a reconhecer que juntas podem ser mais forte, e que elas não precisam sacrificar toda a sua vida por pressão da sociedade ou pelo machismo ou por um relacionamento tóxico.
E o final: um plottwist lindo e emocionantes, que mostra que os laços de amor sobrevivem o tempo, a distância e até o desconhecido.
É uma história de mães, filhas, avós, netas e bisnetas, é uma história de mulheres que vieram de outras mulheres, e caminharam em prol de uma vida melhor para todas elas.
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sara 09/04/2024

Garota, mulher, outras - nota 9/10
No começo eu fiquei um pouco confusa com as histórias porque não sabia que se tratava de um livro com várias histórias diferentes (mas fui meio ingênua sobre isso pois faz total sentido com o título do livro!)

O livro de modo geral é incrível, viaja e explora o pequeno universo de mulheres incríveis, mulheres normais, lésbicas, negras, trans, sensíveis, duronas, artistas, novas, velhas de Londres e seus arredores que eram todas ligadas de alguma forma.

Minha única crítica sobre o livro é que algumas histórias me entediaram um pouco e acabaram me desanimando do livro, mas a maioria das histórias me prendeu bastante sim!

O final me deixou muito feliz, gostei muito da ligação que autora fez entre todas as histórias. Achei o final muito comovente. O livro é uma obra de arte que eu agradeço pela existência. E gostaria muito de ler sobre algumas histórias de maneira mais aprofundada, principalmente a de Harriet e as pessoas próximas a ela.

Outra história que gostei muito foi a de Dominique.

Nota: 9/10
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luizafhorta 07/04/2024

?? tem a ver com estar juntas.?
O livro passeia pela história de 12 mulheres distintas, mas com aspectos em comum, como o local onde moram e a raça. Algumas histórias têm uma ligação mais direta entre si, mas, no final, a autora consegue ligar todas elas de alguma forma. Algumas histórias são mais interessantes que as outras também, mas todas têm uma reviravolta, o que faz com que elas se tornem únicas. Confesso que demorei para pegar o jeito da leitura, acredito que tenha sido devido à escrita diferente (sem pontuações e letras maiúsculas no início dos parágrafos), mas não achei difícil de ler. Recomendo, mas não para todos, até porque provavelmente será uma leitura mais profunda e sensível para as garotas, mulheres e outras.
Ps: nota 4,8.
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João Pedro 07/04/2024

Brilhante.
Quando pensamos em mulheres britânicas, que imagem vem primeiro à mente? A visão branca e eurocêntrica é tão massivamente difundida a ponto de apagar do imaginário popular, não despropositadamente, as consequências interculturais do neocolonialismo britânico. Bernardine Evaristo é uma escritora britânica que possui raízes na Nigéria (seu pai é nigeriano e sua mãe é inglesa) e o contexto interracial, a fusão de culturas e a diáspora africana são temas centrais em sua obra.

"Garota, mulher, outras" é seu oitavo livro publicado, vencedor do Booker Prize em 2019 e o primeiro da autora publicado no Brasil (agora já seguido por mais outros dois). Definitivamente, foi uma das melhores leituras que fiz nos últimos tempos e se tornou um de meus livros favoritos, assim como Bernardine virou uma das minhas escritoras preferidas.

O livro soa como um retrato de seu tempo. Dividido em cinco partes, sendo as quatro primeiras separadas cada por três capítulos, nele acompanhamos a história de vida de 12 personagens, quase todas mulheres (uma personagem é não-binária), britânicas, negras ou pardas, cujas histórias de algum modo se relacionam. Me espanta a capacidade de Bernardine de criar tantos detalhes que dão a sensação de que essas pessoas realmente existem. E, de certa forma, essas garotas, mulheres, outras existem. A literatura de ficção de Bernardine está completamente embebida dos fatos da vida real, e sua prosa única e sensível, marcada por pouquíssimos pontos finais e quase parecendo em versos, reflete o brilhantismo de uma grande mente do século XXI.
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manumoura18 03/04/2024

"e devemos comemorar porque muito mais mulheres estão reconfigurando o feminismo e porque o ativismo popular está se espalhando como fogo e milhões de mulheres estão acordando para a possibilidade de tornarem posse do nosso mundo como seres humanos de pleno direito."

Um livro que conta um pouco da história de várias mulheres, histórias essas que vão se interligando, e assim podemos ter várias visões de um mesmo acontecimento, de uma mesma vivência.
E com isso percebemos que, de acordo com o ponto de vista de cada um, a mesma história pode ter vários significados.

Logo, é um livro que te dar ansiedade pra prosseguir e terminar, pois não fica repetitivo e você quer entender o que levou um personagem a ser como ele é.

O final então, foi uma supresa maravilhosa.

Mas, alertanto que retrata muitos temas e situações tristes, que podem ser gatilhos para algumas pessoas.
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Caroline.Jacoud 01/04/2024

Atual, preciso, genial!!
Sensacional o que a Bernardine faz nessa obra, que toca em tantos lugares e abre as cortinas para tantas discussões a respeito de gênero, raça e classe de uma forma completamente acessível, inovadora, cômica.

Esse livro contempla uma rede de mulheres, em que cada uma tem o seu próprio protagonismo em seu capítulo e, ao mesmo tempo, suas histórias são interligadas em algum momento. Mulheres plurais, únicas, imperfeitas e, acima de tudo, dignas de seu próprio percurso.

É reconfortante se (re)conhecer nessa pluralidade apresentada pela autora. Em contrapartida essa identificação também emerge dos traumas e violências compartilhadas. Sim, esse livro causa um misto de emoções, sentimentos adversos.

Como leitor, mergulhamos nessa teia de mulheres e, sem qualquer esforço, materializamos e sentimos a complexidade do Ser Mulher. Até podemos nos comparar às vivências de cada uma delas e, assim, nos aproximarmos ou nos distanciarmos em alguma medida, mas jamais julgarmos.

Julgarmos principalmente mulheres negras. A raça é um atravessamento especial dessa obra. A partir desse viés serão levantadas problemáticas como: criminalização e invisibilidade dos corpos pretos, relações homoafetivas abusivas, pressão estética e social, questões de gênero e orientação sexual.

Tudo isso por meio de um relato íntimo, envolvente, irônico e bem humorado. Garota, Mulher, Outras é atual, preciso, genial! Leiam, leiam, leiam!
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JosAtomoedajp 28/03/2024

Isso é mais do que um livro, é uma experiência. Essa obra prima te prende desde o início com personagens e trama que são a pura realidade do século XXI de quem não está num mundo parado no século XVI. Bernardine Evaristo é mais do que uma gênia, é dona de uma capacidade brilhante de criação que encanta o leitor. Que obra prima.
Mano Beto 29/03/2024minha estante
Interessante. coloquei na lista




llammer 26/03/2024

Que livro mais perfeito! Um desses que a gente termina de ler e quer dar de presente para todo mundo. Me tocou tão profundamente e suscitou tantas, mas tantas emoções, que sigo em um estado de encantamento até agora.
O livro é um entrelaçado de contos que conectam histórias através do olhar de mulheres nos mais complexos aspectos que a diversidade oferece. A própria forma da escrita, sem pontuação final, fluindo por formatos de parágrafos que transmitem o ritmo perfeito de cada cena, traz uma sensação de familiaridade e de oralidade que enriquece muito a experiência imersiva.
Os contrastes, os estilos, as bagagens - todas pensadas de forma tão dedicada para cada uma das personagens. Também os diálogos, os desabafos, a construção tão humana e tão sincera dos detalhes e das interações entre as pessoas e delas com o mundo, com a história, com os seus e com os outros. É tudo muito bem pensado e muito profundo.
É uma obra-prima do feminismo interseccional e possivelmente o melhor livro que eu já li na vida.
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valmir 20/03/2024

" pensou que fosse amadurecer junto com o corpo,mas passou a sentir nojo dele, aos dezesseis raspou o cabelo para ver qual era a sensação, amava passar a mão no corte novo e fácil de cuidar
se sentiu livre,leve, ela mesma "

Maravilhoso!
Várias personagens, com suas histórias, medos, dificuldades, alegrias.
Uma escrita atual, viva, muito inventiva, sensível.
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Bookster Pedro Pacifico 10/03/2024

Garota, mulher, outras - de Bernardine Evaristo
Mulheres com diferentes histórias e que compartilham a raça. São mulheres negras que enfrentam as mais diferentes dificuldades. De jovens a senhoras. Problemas de relacionamento, sexualidade, medos, saudades e decepções. Mas, por outro lado, também tem emoção e felicidades.

Em um romance extremamente atual, Bernardine Evaristo constrói capítulos que levam o nome de suas protagonistas. E, muitas vezes, de forma inesperada, essas vidas se conectam. O cenário é Londres e temas atuais como Brexit, relacionamentos não monogâmicos e gênero neutro revelam uma cidade que está na liderança dos movimentos. Mas o contraste entre gerações também não passa despercebido.

A autora é muito talentosa em suas palavras e se vale até de um estilo mais experimental: não há pontos finais nos parágrafos. O ritmo acelera e a vontade é conhecer qual nova protagonista Evaristo poderá criar. Aos poucos, você se acostuma e até se pergunta se aquele ponto final teria alguma utilidade maior

A inventividade e potência da autora lhe garantiu o Booker Prize de 2019. Bernardino me fez rir, me emocionar, sentir raiva e até estranhamento pelo que me é novo. A gente aprende com essas mulheres e termina com a vontade de mergulhar mais em suas vidas. Agora é conhecer mais da autora em suas outras obras.

Uma leitura excelente e que nos mostra como a literatura nos coloca diante das diferenças e é com esse contato que a gente aprende tanto. Leiam e não tenham medo do novo.

Nota 10/10

Para mais resenhas, acesse o @book.ster no Instagram.

Post: https://www.instagram.com/p/C4RP58wRO0_/
Site: https://booksterpp.com.br/
Jamile157 11/03/2024minha estante
Estou com ele aqui para ler, agora a vontade só aumentou. Vou ler logooo.




Mauriceia2 18/02/2024

Garota, Mulher, Outras
Eu fiquei surpresa porque esse livro é escrito de uma forma tão linda, tão brilhante, tão maravilhosamente estruturada, é tão inventivo, beira a prosa poética e é um romance de fluxo, como a autora mesmo se referiu a ele, quase não possui pontos finais, é um texto gráfico, para apreciar, para olhar de longe e notar que são versos livres sem métrica.Pois são versos que ligam doze protagonista plurais numa grande teia narrada por discurso indireto livre personagens singulares de diferentes lugares e gerações, com suas imperfeições, perfeições, alegrias, dores, vitórias e ao mesmo tempo de derrotas afinal a vida é isso né mesmo: pelo menos esse é o meu ponto de vista.O livro é inteligente,irônico,político, fala sobre raça, identidade e sexualidade, a escrita é contemporânea.Eu leio muitos livros e são raras as  vezes que pego um livro de autoras negras ou até mesmo atores  onde elas e eles uma pena que existam tão poucos mais poucos mesmo.
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Mmarcoeduardo 18/02/2024

Uma profusão de historias que assim como a construção aqui das frases não tem começo com letra maiúscula e nem fim com o ponto final.
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