Jeremias: Alma

Jeremias: Alma Jefferson Costa
Rafael Calça




Resenhas - Jeremias: Alma


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DAN LIMA 22/01/2022

Desconstrução...
Ler as Hqs do Jeremias é a certeza de encontrar grandes histórias, mensagens de cunho sociológico, histórico e de relações humanas entre outras.
O desenrolar da leitura foi de fortes emoções, com diálogos bem escritos e envolventes, tocando sobre diversos assuntos como: ancestralidade do povo africano, o racismo, o merecimento, a educação.
Particulamente, as lições que o Jeremias passa nos provocam reflexões, fazendo a gente sair da casinha, é um mix de revolta com identidade própria. Revelando que temos muito que evoluir, que precisamos desconstruir referências retrógadas sobre a intelectualidade negra, o preconceito, a restrição de oportunidades iguais, a sua essência tão desvalorizada, desconsiderada e apagada. Não se deve caminhar para trás, e sim, visar a cada dia a sua igualdade como ser humano e que a questão de pele não é fator de medição ou parâmetro nenhum para qualificar seja quem for no mundo.
Recomendo para todas as pessoas que repudiam o racismo, que desejam se informar e conhecer melhor os seus mínimos detalhes que estão enraizados na nossa sociedade. Devemos estar alertas e combater quaisquer práticas ou manifestações racistas.
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Leo Piana 09/04/2021

Quadrinho de uma sensibilidade tem tamanho.
Os autores, na minha opinião, conseguiram repetir o alto nível da história anterior. Pele foi uma história de descobertas, e Alma é de encontrar seu caminho. Muito linda e sensível, ela aborda temas que remetem a cultura negra e ícones negros da nossa história. A narrativa e os elementos da história são algo a mais que faz com que tenha que se prestar bastante atenção. Recomendadíssimo.
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Emerz 26/01/2021

Fiquei muito surpreso com essa obra desde seu anúncio, assim que li que o Calça e o Costa iram se juntar novamente para uma continuação do Pele, me encheu o coração de alegria, o Pele além de ser uma ótima história, chegou no momento certo, e como virtude disso virmos ela ser premiada com o jabuti de melhor quadrinho merecidamente.

Assim aumentando uma expectativa por essa nova história, e eu digo assim como o Sidão disse ?fizeram de novo!?, aqui em Alma e falando nesse subtítulo, que na obra é explorado de diversas formas e em muitas camadas, já deixo o meu primeiro elogio ao Calça, que roteiro lindo, tudo flui muito bem e de forma genial.

Seguindo, no alma a trama começa já dando alguns pequenos detalhes já nas primeiras páginas de forma sutil, quando após o Jerê acordar de um pesadelo (que também já apresenta algo que será melhor explorado no decorrer da obra) os seus pais estão discutindo uma história que o Jerê escreveu e como aqui cada coisa tem sempre mais de um significado, você sabe que essa informação referente a ?história? será explorada de várias formas ao decorrer da obra. Aqui mais uma vez parabenizando o roteiro do Calça.

Com isso temos a informação de que eles estão se mudando para o famoso e já conhecido por todos nós o bairro do limoeiro, e essa mudança também será bem explorada na obra e mais uma vez cheia de significados, começando que mais para frente temos a informação de que essa casa, que eles iram se mudar, fez parte da infância da mãe do Jerê.

Avançando mais um pouco na obra temos mais um dos plots que também fará a trama seguir. Com a visita a casa do Franjinha em um dos diálogos dele com o Jerê, temos a informação de que ele irá viajar para a Itália e ele disso de que ele tem parentes Italianos, e essa informação que dá início a trama principal, vamos colocar assim.

Com isso faz com que o Jerê se questione sobre seus antepassados e quem são eles e o que eles já fizeram de importante, esse ponto é um dos pontos que mais bate em você, diversas vezes tenho certeza que pessoas negra por conta do embranquecimento já se questionaram, se pessoas negra já fizeram algo importante e é isso que o Jerê se questiona, na história os pais deles rapidamente o respondem sobre os grandes feitos dos povos negros e sua importância, já na realidade temos esse grande problema, temos essa falta de informação, temos a ideia (plantada é claro) de que o povo branco, o povo europeu, os colonizadores, que trouxeram cultura para os continentes, para outras populações, assim apagando toda a nossa ancestralidade. Como o Calça cita em um texto ao final do livro ?No Brasil, não há como saber de onde nossos antepassados vieram. A escravidão tirou a identidade de inúmeras famílias africanas e seus descendentes. Os sobrenomes vieram de seus proprietários. Nossas raízes foram praticamente perdidas.?

Então o Jerê tem que conhecer a sua história, antes mesmo de escrever as suas. Com isso temos mais uma cena linda de Jerê com a sua vó (digo ?mais uma? porque ao decorrer da obra acontecerá mais algumas) nessa o Jerê acompanha a sua vó até o cemitério onde ela o conta sobre sua mãe e sua avó. Aqui tenho que ressaltar não só o ótimo testo do Calça mas a arte do Costa, que traço incrível, como ele consegue dá movimento e profundidade as cenas, é mais um daqueles casos que o texto e o traço se casam muito bem. Ainda elogiando as ilustrações do Costa. Cara com são lindas essas ilustrações, você passa um bom tempo apenas contemplando elas.

Daqui para frente temos outras ótimas cenas e seus desfechos, mas não irei comentar elas por motivos de spoilers.
Para finalizar só mais uma vez parabenizar os autores e o Sidão (Sidney Gusman) por mais essa grande obra.
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Marieliton M. B. 27/08/2023

Sejamos donos de nossas histórias
Jeremias é um garoto com muito talento para criar e contar histórias. Porém, os seus ancestrais carregam o fardo de terem suas histórias muitas vezes distorcidas e, até mesmo, apagadas. Mas uma coisa forte segue no sangue daqueles que continuam a jornada: a alma. E com ela é possível resgatar as histórias que um dia ficaram para trás.

A tarefa dos autores Rafael Calça e Jefferson Costa não era nada fácil nesse 2º trabalho com o personagem Jeremias - ou seja, chegar perto da obra-prima que foi Jeremias: Pele. Apesar de ser um novo trabalho, com uma história diferente da primeira obra, era quase impossível ler esse gibi sem estar com as expectativas altas.

Pra mim esse gibi não é tão genial e tocante como o anterior. Mas nem por isso ele perde em qualidade, seja na narrativa ou no visual. Enfim, é mais um ótimo trabalho da dupla.

O que mais curti na leitura foi perceber o crescimento do personagem entre um gibi e outro. Sem falar nas ótimas homenagens ao longo do quadrinho.

E pra não dizer que não me emocionei novamente lendo Jeremias, as últimas páginas me deixaram com os olhos marejados. 🥲
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Barbara.Luiza 24/06/2021

Se você gosta de cinema ou literatura (qualquer forma de arte na verdade) sabe: as sequências são o terror dos fãs, o famoso oito ou oitenta. Ou a melhor escolha feita ou a obra que queríamos não ter visto. No caso da história de Jeremias esse peso era um pouco maior, seu antecessor, “Pele”, foi a primeira Graphic MSP e o primeiro quadrinho da Panini a ganhar o Prêmio Jabuti na categoria.

Se no primeiro volume meus olhos ficaram marejados, foi com toda sua alma que Jeremias me levou às lágrimas no segundo. A recuperação histórica impossibilitada para a nossa população negra por práticas epistemicidas desembarcadas aqui pelas caravelas portuguesas é tratada com delicadeza e responsabilidade.

Descobrir-se negro ou negra, assim como mulher ou LGBT+ pode ser o disparador de muitas questões individuais. É preciso colocar na receita um bom punhado de orgulho e disposição pra reivindicar o seu espaço. Em “Jeremias - Alma” elementos como esses não faltam.

A jornada de Jeremias que começa com a compreensão do lugar que o povo preto ocupa no consciente coletivo de uma sociedade racista se expande e a história passa a ser sobre ancestralidade e coletividade.

O quadrinho toma o caminho da educação e do didatismo que eu só poderia gostar em uma história que pode, e deve, ser lida para crianças. E não se enganem, crianças brancas tem muito o que aprender com Jeremias. Ô, se tem, a criança branca de 25 anos que vos escreve ainda está aprendendo com ele.

Os autores consagram, se ainda existia alguma dúvida antes dessa publicação, a ocupação legitima da história desse personagem que até então estava secundarizado nas histórias da MSP.
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AnnaFernani (@maeefilhaqueleem) 16/01/2021

Após Jeremias ter q lhe dar com o preconceito no premiado Pele, Rafael Calça e Jefferson Costa retornam com o personagem p/ nos contar um pouco da história e da ancestralidade de um povo q foi essencial na história do Brasil.

Mas uma vez eu me emociono com essa história sensível e cheia de lições de um personagem q trouxe tanta representatividade p/ a turminha e q com certeza ainda tem muitas novas e boas histórias p/ nós contar.
Cheio de homenagens e referências a personalidades q fizeram parte da história, essa HQ, assim como Pele, é leitura obrigatória a todos!!
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Luiz Santiago 18/03/2023

Emocionante
Essa dupla não cansa de nos impressionar. Mais uma história linda, cheia de referências culturais e com uma intenção que gerará excelentes debates sobre a criação de histórias inclusivas e antirrascistas pelos artistas do futuro.

[Plano Crítico]
planocritico.com
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Henry 22/05/2023

A beleza da ancestralidade
BREVE SINOPSE: Jeremias percebe que não conhece suas próprias raízes, e parte em busca do autoconhecimento, numa emocionante história sobre um menino que deseja contar histórias.

ARTE: Jefferson Costa possui um traço muito característico que, de acordo com Maurício de Sousa, "faz bem para a alma". E de fato, faz. As cores combinam perfeitamente com os climas de cada cena. Ponto altíssimo para as sombras e diversas referências incríveis que Jefferson adiciona à obra. Incrível.

CRÍTICAS GERAIS: É chover no molhado elogiar qualquer obra do selo MSP. "Alma" é educativo. Necessário. Nos faz refletir sobre a importância de conhecermos nossa ancestralidade, saber de onde viemos.
Rafael Calça fala com muita emoção e propriedade sobre assuntos como racismo e representatividade, apenas requer ao leitor prestar atenção, divertir-se e aprender.
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Luiza2527 31/03/2021

Arrepiante!
A Graphic MSP vem trazendo muita coisa boa e histórias relevantes para os leitores. Isso é fato.

Mas "Alma" foi uma leitura realmente de arrepiar. Uma HQ totalmente pensada em questão de ilustração e roteiro que traz diversos ensinamentos, questionamentos, referências e representatividade.

Uma das melhores que li até agora.
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joaoggur 22/02/2021

Incrível e emocionante!
Ao ver que teria uma continuação de Jeremias - Pele, confesso que não coloquei fé que ficaria bom... e não ficou bom, ficou EXCELENTE!

Enquanto no primeiro livro ele se descobre como pessoa, aqui já é focado em sua ancestralidade: de onde ele veio?????

O Roteiro é incrível; me fez suar pelos olhos algumas vezes. Calça cria conflitos ímpares e interessantes, e da um fechamento muito emocionante e digno a história.

A arte de Jefferson Costa é MARAVILHOSA, muito bem pintada, passando todos os sentimentos do nosso (grande!) Jeremias.

Após ler a primeira parte, sugiro fortemente ler essa. Um fechamento muito lindo e, como disse, digno ao personagem.
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Tarso 25/09/2021

Necessário
Quadrinhos como os do Jere são fundamentais para que nossa sociedade aprenda culturas diferentes, jeitos diferentes. Arte maravilhosa e grande história, mais uma jóia da MSP.
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Gabriel 08/01/2021

Chorei na alma
O que foi isso minha gente?! Uma história que me marcou a alma... isso tem que estar nas escolas... eles fizeram de novo e melhor...
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Carol @solemgemeos15 28/08/2022

Jeremias e sua família estão se mudando para o bairro do Limoeiro e enquanto Franjinha apresenta Jeremias ao bairro, Jerê se depara com duas questões: 1 há pessoas que quando são pegas na mentira, tornam-se amargas e descontam nos outros; e, o mais importante, 2 a importância das conexões com seus antepassados.
A forma como fala de ancestralidade e a desconexão que pessoas negras (e outros minorias étnicas) sentem por perderem a ligação com o passado, por razão da escravidão, genocídio e políticas de embraquecimento, é muito interessante. É perceptível o tema a partir dos personagens de Franjinha (que tem noção dos seus antepassados italianos e tem acesso até a possibilidade de uma dupla cidadania) e Jeremias (que não conhece sua árvore genealógica além da de seus avós).
Junto com isso, Jeremias vai aprender o poder transformador da habilidade de contar histórias, especialmente as histórias que podem celebrar seus antepassados e imaginar possíveis futuros.
É uma bela graphic novel, tal como Jeremias: Pele, pois em poucas páginas consegue tratar um assunto para lá de espinhoso de forma responsável, comovente e inspirador.
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Toni 16/01/2021

Jeremias: Alma [2020]
Jefferson Costa (SP, 1979) & Rafael Calça (SP, 1984-)
Panini, 2020, 128 p.

Rafael Calça e Jefferson Costa receberam o Jabuti em 2019 na Categoria Quadrinhos por sua primeira incursão no universo Graphic MSP, o incrível “Jeremias: Pele” (já resenhados por aqui). Não me surpreenderá se eles forem indicados novamente na próxima edição do prêmio e levarem para casa uma nova estatueta dourada. Como anunciado por Maurício de Sousa e pelo editor Sidney Gusman, “Jeremias: Alma”, é um caso de “eles fizeram de novo!”. Calça e Costa acertam em tudo: na escolha do tema principal, no cruzamento de cada “história paralela”, na leveza da arte, no tratamento de cores e sombras, no recurso à memória e na força depositada em palavras e histórias. Quando escrevi aqui sobre o “Pele”, apostei o quanto seria difícil às publicações subsequentes do selo se equivalerem em criação e importância àquela obra de Jefferson e Rafael. Bom saber que eles mesmo me provaram errado.

Cabem tantas histórias em “Jeremias: Alma” que cada uma poderia ser transformada em um roteiro de Graphic MSP. Mas nenhuma delas é tratada superficialmente, todas contribuem com profundidade para a belíssima epifania que tem início com a cena da “noite de griô” e se encerra junto ao desfecho da história. [Nota: griô é o contador de histórias, transmissor de mitos de tradições orais de origens africanas]. Em busca de sua ancestralidade, Jeremias passa a enxergar os apagamentos de uma história feita por brancos para brancos com o intuito de sempre manter a branquitude em lugar de destaque. E como essa mesma violência insiste em acachapar toda e qualquer experiência de afrobrasileiros em uma única narrativa preconceituosa de fome, pobreza e dor. A cultura e os saberes da intelectualidade negra ganham o merecido destaque nesta HQ, devolvendo “novas histórias para serem dadas de presente a todos que foram roubados”, como diz Tia Nancy, personagem inspirada na atriz Elisa Lucinda e que representa Anansi, a divindade-aranha tecelã de todas as histórias. Imperdível.
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Nat 04/02/2021

^^ Pilha de Leitura ^^
Achei que não seria possível ser melhor que o volume 1, e é! Jeremias está de mudança para um bairro novo e enfrenta as dificuldades que essa mudança traz, bem como algumas novas descobertas, principalmente sobre sua ancestralidade. O livro é cheio de referências – que são explicadas no final, então é bom ler cada linha do livro. Amei muito!

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat
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