Resenhas - O pássaro secreto

Ana 30/06/2021

O Pássaro Secreto
Amei esse livro, um verdadeiro drama o que Aglaia passa e como a autora descreve todo seu sofrimento, seus ciúmes, inveja, ansiedades e como ela faz coisas terríveis que deixam até os que a amam com medo, até o extremo de pôr sua própria vida em risco.

Lopscarol 06/08/2021

Vi que muita gente se identificou e gostou do livro, eu não desgostei, mas não consegui me conectar com a personagem, irei relê-lo no futuro pra ver se minha opinião muda!

Mari Pereira 12/05/2021

O inferno não era um lugar. O inferno era eu.
Que livro maravilhoso. Muito bem escrito, muito belo. E ao mesmo tempo muito dolorido.
O livro conta a história de Aglaia, e o adoecimento mental é narrado de forma profunda, visceral e bastante lírica.
Acredito que todo mundo há de reconhecer um pouco de si na história.
Afinal, qual é a Coisa que te habita?

Andressa.Moura 15/06/2021

Livro bem escrito, mas uma história triste e cada vez que avançava, com mais raiva eu ficava. Cheguei a ficar com ódio da protagonista pelas coisas que fez, mas será que ela teve tanta culpa assim? Pior é saber que a protagonista tem vários distúrbios e ninguém notava. Simplesmente ela era invisível até mesmo pela família. E aqueles psicólogos e psiquiatras?
Nenhum deles perceberam os problemas da protagonista? Ela mentia na cara dura, e nada?
E o final do livro. O que é isso? A protagonista precisou ser violentada e estrupada para se libertar? É isso mesmo? Ou eu que não entendi o sentido de tudo?
Sinceramente, decepcionei com o livro.

sbllmrn 29/05/2021

Pensei muito sobre a minha opinião do que tinha acabado de ler. Apesar de ter achado a escrita de Marilia Arnaud poética e bonita, em alguns momentos senti que a autora não soube para onde estava indo ao escrever o livro.
Fiquei totalmente incomodada pelo cismo com os tratamentos de saúde mental, ainda mais com a personagem tendo acesso a tantos tratamento. Ao mesmo tempo achei interessante a progressão da mente dela e o aviso de que estamos no ponto de vista de uma pessoa provavelmente ansiosa.
No entanto, não entendi a necessidade da violência os animais e o estupro. Achei os três momentos totalmente desnecessários. Dá a entender que todo louco sai por ai agredindo animais para ferir outrem e o renascimento por um estupro? Seria muito mais coeso terminarmos com a redenção da personagem através do suicídio.

Fernanda Duarte 26/05/2021

Aglaia não me faz sentir empatia
A escrita do livro é muito boa e somente por isso eu fui capaz de chegar até o final. É poética, é fluida.. é erudita (passa um pouco do ponto até).
A autora é MUITO boa em prender você na leitura.

No entanto, esse livro me incomodou bastante porque eu simplesmente detestei a protagonista.

Mesmo com a narrativa sendo em primeira pessoa, em momento nenhum, fui capaz de ter qualquer empatia por ela. Todos os seus problemas são muito superficiais e infantis.

Acho que teria sido uma história melhor se o problema central fosse a relação problemática dela com os pais - ia amar entender melhor as consequências o narcisismo do pai dela em oposto à apatia da mãe.

Francamente, 2021 e ainda temos histórias sobre a garota bonita x a garota feia? E em um "triângulo amoroso" ainda? Muito óbvio e previsível. Bom, eu pelo menos não estou interessada em mais uma história sobre a rivalidade entre garotas.

Se fosse pra ler um livro visceral sobre os nossos mais profundos desejos, pensamentos e loucuras, preferia que fosse em um campo narrativo mais criativo.

Também acho que existem outras formas de falar sobre problemas mentais, porque pra mim ficou muito estereotipado e negativo.


Na verdade, eu queria ter conhecido a história através de outros dois pontos de vista: o da vovó Sarita (amei essa personagem) e da Thalie. Com certeza teria sido mais interessante do que visto por esse olhar amargurado e bobo da Aglalia.

Não recomendaria a leitura a um amigo, não me despertou sentimentos bons e também não foi surpreendente o suficiente pra eu ficar refletindo sobre a história após a leitura. Simplesmente não rolou.

Rafa 14/06/2021

É complicado.
Antes de qualquer coisa, parabéns pra escritora com relação à narrativa. Além de lírico - quase poesia -, o texto inteiro é carregado de nostalgia, de infância, de saudade. Acho que o nome da cidade não está em itálico à toa. As descrições exageradas da casa da vó - da comida, do cheiro, do jardim - trazem vida à história e, pelo menos pra mim, me fez praticamente entrar na "cena" junto com a personagem. Pura nostalgia rs

Agora, falando sobre Aglaia: a prova de que terapia tá aí pra todo mundo, não vê quem não quer ?

A coisa toda começou com um puro chilique de adolescente, vamos ser sinceros. Quem deveria ficar mal com a situação - a mãe e o pai - estavam lidando da melhor forma que encontraram. O problema é que a família (já disfuncional "por baixo dos panos") não soube lidar com a situação e... a coisa foda evoluiu pra uma depressão que beira a sociopatia.

Comecei com ódio da personagem. E fui ficando cada vez mais ódio dela. Até que, no fim, só consegui sentir pena. A raiva que ela carrega é só dela. As pessoas em volta não tem obrigação alguma de corresponder às expectativas da personagem. Mas o "abandono" que ela sentia era real. E a falta de comunicação da família transformou tudo em uma bola de neve. A narrativa é triste.

É o tipo de narrativa que só tem "peso" na conclusão. Gostei bastante da narrativa, mas a personagem principal me dá preguiça, rs

João Pedro 07/12/2021

Aglaia do céu...
Leitura profunda, com uma personagem completamente humana e complexa. A Coisa dentro da gente é cruel e precisamos aprender a lidar com ela...

Isis.Angeli 21/05/2021

Bem escrito, mas sem objetivo
Terceira vez que faço uma resenha desse livro e o aplicativo apaga, mas vamos lá hahaha

Aglaia, a protagonista, é uma criança que sofre com transtornos psiquiátricos variados (o livro não nos dá um diagnóstico) que vê seu mundo desmoronar após a chegada de uma meia-irmã em sua vida.

Os prós: O livro é bem escrito, de fácil leitura, bastante lírico, possui trechos muito bonitos de reflexão. Trata de um tema que gosto bastante, que é esse processo de romper com a primeira infância, e que Freud chamou de "matar o pai" (não no sentido literal, rs). Esse tema também foi muito trabalhado no livro Demian, de Herman Hesse, o meu livro favorito e que também foi a inspiração da autora para o melhor amigo - e primeira paixão - de Aglaia.

Os contras: Além do eruditismo cansativo, o livro, por ser narrado em primeira pessoa, faz com que a visão que temos de Aglaia seja a visão que ela tem de si mesma: repulsiva, egoísta, socialmente inapta, violenta. O tiro pela culatra foi que não senti empatia pela personagem em nenhum momento. O livro contém apenas mais do mesmo, aquilo que vem sendo usado exaustivamente ao longo dos tempos para definir os pacientes psiquiátricos: são perigosos, mentem, alucinam, não querem ser ajudados, não se esforçam para serem ajudados, utilizando transtornos emocionais para justificar a maldade infundada (nesse caso inclusive contra animais). Esse problema que vi no livro poderia ter sido facilmente remediado pelo fato de que ele é contado por uma Aglaia já adulta, que (acredita-se) poderia ter aprendido algo ao longo da vida com tudo o que passou. Infelizmente não é o que ocorre, a Aglaia adulta e a criança são a mesma coisa. A personagem parou no tempo. não desenvolveu, não aprendeu.

Eu, que desde a infância tenho transtornos semelhantes a alguns que Aglaia também possui, me senti desconfortável e nem um pouco representada. Sinto que a nossa luta verdadeira, a de tentar reestabelecer o nosso bem estar mental e emocional não foi valorizada.

E por fim (literalmente) a pior parte: o final. Acredito que a intenção seria mostrar que o pássaro se regozija de verdade apenas uma única vez no livro, quando a violência foi contra a própria Aglaia. Mas mesmo assim cheguei ao fim com a sensação de que faltou um objetivo, um sentido para tudo o que foi contado. A razão para ser contado, ou um ponto de conexão entre as Aglaias do passado e do presente, uma lição, um aprendizado ou moral, mas infelizmente não encontrei nada mesmo. Apenas crueldade e violência contado em palavras bonitas mas sem um objetivo real.

Ana Flávia 03/06/2021

Uma tragédia poética
Adiei a leitura por receio de gatilhos emocionais. Felizmente, confirmei com leitores que não havia um em específico e decidi ler.
Uma escrita muito bonita, poética, pra uma história tão triste. Gostaria de saber o nome da doença que aflige a Aglaia. Mesmo com as maldades que ela fez, não consigo deixar de ter empatia por ela e sua condição.
Meu critério de avaliação é simples: basta gostar do livro que dou cinco estrelas. Descontei meio ponto neste caso devido ao final abrupto da história. Justamente a técnica de falar do futuro nos capítulos ímpares meio que nos obriga a reler esses capítulos após acabar a leitura. Mas já foi uma história muito sofrida, não quero reviver a leitura, não. Quem sabe num futuro distante.

Fernanda Sleiman 12/06/2021

Livro forte
Livro forte, impactante, nos angustia ao mesmo tempo nos alivia... Perdi o fôlego muitas vezes junta com Aglalia.

Milena300 21/03/2021

Ainda continua estranho mas, lendo umas outras resenhas, eu vi que era essa a intenção mesmo de mostrar como é "estranho" a fase e tudo pelo que Aglaia passou. Mesmo que ela tenha feito coisas cruéis demais.

Antes eu nunca tinha notado nenhum romance que possa ter sido tão poético quanto 'O pássaro secreto'. Fiquei tocada como a Marília Aurnaud tem o dom de: mesmo que a história te desperte um sentimento esquisito seja tão bonito se ler.
Acredito que eu possa compreender sua grandiosidade numa nem futura releitura.
Eu recomendaria a leitura com calma, ir reconhecer como cada personagem é bem construído, com o desenrolar da história, passar por tudo que a protagonista passou...

'O pássaro secreto' não merece menos que 4?. É mesmo muito bom, principalmente para ser discutido em um clube de leitura.

Valeu o prêmio kindle de leitura pra autora ?

@lerpracrer 21/05/2021

Um mergulho em uma mente obsessiva
É isto. Adentrar uma mente completamente obcecada e uma riqueza de linguagem absurda. No objetivo de prestigiar a autora brasileira comecei o livro sem muitas expectativas, mas o achei bem profundo. É uma leitura que conversa com o que a gente tem de mais humano, nossas falhas, medos e nosso lado obscuro. Vi uma leitora comentando que se parece um pouco com a escrita de Elena Ferrante, e concordo!

Uma oportunidade pra quem quer descobrir um pouco mais das obras primas nacionais. Recomendo.

Robert125 25/05/2021

Fui morto aos poucos, para ser exato, em 26 atos
Eu senti cada página queimando dentro de mim. Ao decorrer das linhas eu emergi em sensações que pensava que não existiam, lembranças que não acessava há anos... Feridas cicatrizadas foram abertas. Senti o sabor do sangue.

Eu fui Aglaia. Sou Aglaia. Constantemente cometo insanidades sem entender o movimento da "Coisa". Quem sou para julgar a protagonista? Ainda mais quando penso em viver outra vida, habitar outro corpo, lidar com outros problemas.

Não me importa os erros cometidos por uma adolescente consumida pelo ódio e a inveja, a reflexão mais importante da obra é a inconstância do ser humano. A vida não é linear!

É incrível ler um livro nacional tão rico, com uma proposta tão bem executada e um ritmo narrativo de tirar o fôlego. Obrigado, Marília. Obrigado, TAG.

@gezaine_ 05/06/2021

Perturbador e maravilhoso! Fiquei cheia de compaixão por Aglaia, que precisava de carinho e cuidado!
A parte que ela envenena Soberano é perturbadora.