O palácio de inverno

O palácio de inverno John Boyne




Resenhas - O Palácio de Inverno


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Erica 12/05/2023

Que escrita gostosa, que formato diferente, que romance lindo...
Muito bom de ler, tanto a parte histórica quanto a ficcional numa incrível mistura.

Mapa de personagens:
Geórgui Danielovitch Jachmenev, o protagonista
Zoia Fiodorovna Danitchenco, sua esposa
Arina, Michael, Ralph Adler, filha, neto e genro
Daniel Vladiavitch, Iulia Vladimirovna, seus pais
Lisca, Assia, Talia, suas irmãs
Colec Boriavitch Tanski e Bóris Alexandrovitch, amigos da Rússia
Família imperial russa e Rasputin
Leo, Sophie, amigos de Paris
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Luan 07/06/2019

Sem medo de dizer: temos o melhor livro de John Boyne
Um livro bom, ruim ou mediano é uma classificação que varia de leitor para leitor. O que agrada um, não agrada o outro. É natural. E fica a cargo de cada leitor analisar o que considerou bom ou ruim dentro daquela obra. Normalmente, algumas coisas funcionam, outras não, gerando um meio termo. No caso de O palácio de inverno, de John Boyne, é daqueles raros livros que, para mim, praticamente tudo funcionou e, por isso, se tornou um dos meus favoritos da vida.

A obra conta a história de Geórgui Jachmenev, um rapaz que, aos dezesseis anos, impediu um atentado contra a vida do grão-duque Nicolau Nicolaievitch, irmão do czar Nicolau II, que, agradecido, nomeou Geórgui o guarda-costas oficial de seu filho Alexei, destinado a ser o próximo czar. A vida do rapaz mudou drasticamente. E nas várias páginas do livro o leitor vai conhecer a história dele, da família dele, da família do czar e o que o futuro reservou a este personagem tão simpático e ao grande amor da sua vida.

Narrado em dois tempos, o livro vai ao passado e ao futuro de um jeito diferente. Os capítulos são intercalados entre a narração da história do protagonista ainda jovem e já velho. Nos blocos da juventude, nos deparamos com tudo que cerca a mente de um rapaz dessa idade e de como é enfrentar uma mudança tão drástica na vida. Já nos capítulos em que está idoso, há um retorno regressivo no tempo, isto é, a cada capítulo, voltamos vários anos até que, no fim as duas narrativas – jovem e velha – se cruzam.

O livro não é um suspense ou mistério. Mas há várias coisas postas que carecem de explicações e fazem o leitor criar diversas teorias. Este é um dos combustíveis para quem lê querer devorar as páginas. É interessante e convidativo para o leitor descobrir o que levou o protagonista a chegar naquele ponto em que ele narra já idoso. Saber quem são determinados personagens. Que fatos são aqueles muitas vezes obscuros na narrativa. Este é um dos grandes acertos.

Mas esta é uma obra não apenas narrando a jornada do protagonista. É um livro sobre diversas reflexões. É, principalmente, sobre mudanças e como, muitas vezes, somos nós mesmos que decidimos o nosso futuro. E como, às vezes, deixar o passado, mas nunca de forma ingrata, é preciso para que posamos andar rumo ao futuro. E mais do que isso, é refletir sobre como aproveitar a vida e as oportunidades que temos ao longo da nossa trajetória - ele me deixou muito pensativo em sobre como envelhecer e como aproveitar a juventude.

Misturando ficção com fatos históricos, o livro é certeiro em ensinar sobre a história da Rússia mesclando com personagens interessantes. E este é um dos quesitos que mais se destacam no livro. John Boyne poucas vezes criou personagens tão bons. Veja, não estou dizendo que nos demais livros, eles não são boas criações. Mas, neste ele elevou o nível. Vilão ou não vilão, importante ou menos importante, todos os personagens são carismáticos de alguma forma e conseguem atrair a atenção do leitor.

O desenvolvimento bem-feito, a história bem pensada e a cadência com que o autor narra essa aventura casaram perfeitamente. Não há perda de ritmo, com momentos lentos ou enfadonhos. Hã sempre algo acontecendo que chama a atenção de quem lê. Soma-se a isso a escrita de Boyne, que está pontual. É, ao lado de O pacifista, o livro com a melhor escrita do autor – entre os que eu li, é claro. Há um ou outro problema, muito pouco perto da grandiosidade da obra. Achei que em alguns momentos ele poderia ter explorado mais algumas situações chave, principalmente na parte final.

São infinitas coisas que eu tenho para falar sobre O palácio de inverno. Ele me conquistou de cara e o encanto só foi crescendo, sendo corado com um fim muito bonito, coerente e com respostas que agradaram. Teria muitas coisas para falar ainda, mas ao mesmo, não sei como expor essas palavras. De todo jeito, o que deixo é a certeza de que este não é só o melhor livro de Boyne, como também, de mansinho, foi se transformando um dos melhores da vida. Obrigado por essa história tão singular e poderosa, John Boyce.
Mateus 10/06/2019minha estante
Ótima resenha! Também acho um dos melhores do Boyne, apesar de O Garoto no Convés ser meu favorito.


Luan 10/06/2019minha estante
Eu já não gosto tanto de O garoto no convés. Acho lento em algumas partes. Mas é bom com ctz.




Laura 05/05/2020

Muito bom!!
Uma das maneiras mais incríveis de se aprender mais sobre essa parte da história russa. Vemos como foi o final do governo do czar Nicolau, tendo acesso a informações reais, podemos ver críticas ao czarismo, além de uma certa humanidade. Afinal, não tem como não ter um mínimo de empatia com o rumo que essa história irá ter.
Apesar do final conter um detalhe diferente ao da realidade, achei pertinente já que se trata de uma ficção, mas que soube se manter fiel a história verídica durante 90% de sua narrativa.
Vale a leitura ;)
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francis 01/06/2020

Ah Rússia
Não sei bem por que mas Rússia me fascina. Sobre o livro uma ato do personagem principal me faz não ter afinidade com o mesmo até o final do livro, ato esse terminando em aberto. Sacanagem.
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Claudia 10/06/2020

Este livro ficou cinco anos na prateleira, mas agora na quarentena resolvi dar fim nas pendências... e que delícia, já conhecia o autor, e desta vez neste ótimo romance histórico, me fez voltar à Paris, Londres e a amada São Petesburgo! Recomendo!
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aninha 30/07/2020

Muito bom
O livro tem um contexto histórico muito interessante, de certa forma eu aprendi sobre a revolução russa e a segunda guerra mundial da visão do protagonista. O final também foi incrível para mim e me deixou genuinamente emocionado.
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Jacqueline 19/11/2020

Muito bom. Gostei do autor misturar personagens e acontecimentos reais com fictícios. Me prendeu muito, mas achei a Zoia muito egocêntrica.
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Ana Ferreira 20/02/2012

Um romance histórico adorável
John Boyne é um dos autores mais consagrados, mencionados e elogiados do meio literário de uns anos para cá, desde a publicação de seu premiado romance sobre uma amizade que nasce na 2ª Guerra Mundial, O Menino do Pijama Listrado. De minha parte, até então, nada pude dizer a respeito por não ter conhecido ainda sua obra, além de alguns comentários unânimes ouvidos por aí, mas tendo surgido a oportunidade, escolhi um livro de seu acervo não tão popular para enfim me introduzir em sua narrativa. E, genuinamente falando, que escolha espetacular!

Creio que um dos maiores trunfos ao se concluir a leitura de um livro seja a certeza de que você se lembrará dele por muito tempo em sua vida. Uma certeza que por vezes vem acompanhada de um sorriso, noutras de lágrimas, pensamentos perturbadores, reflexões sobre o mundo no qual vivemos e aquele no qual gostaríamos de viver. Uma certeza - que também foi surpresa - sentida em alta escala com O Palácio de Inverno.

Desde o início, com a sinopse estupendamente bem elaborada, não sabemos, ao certo, o que esperar da obra literária em questão. A mesma sinopse que fez com que alguns interessados pelas obras de John Boyne se desinteressassem por esta menos popular, salva o leitor curioso dos prazeres da descoberta da premissa real da obra, seja em seu começo, como alguns declararam, ou ao final, embargado de emoções.

Em poucas palavras, no pontapé inicial sabe-se apenas que nestas 453 páginas reside a história de Geórgui Jachmenev, em 1915, um jovem russo extremamente pobre, um camponês que, contra sua verdadeira intenção, conseguiu impedir um atentado por parte de seu melhor amigo à vida do grão-duque Nicolau Nicolaievitch, tendo tomado um tiro no lugar deste, um ato involuntário considerado heroico que o tornou digno da confiança da família real russa e, nomeado pelo próprio czar Nicolau II, guarda-costas de Alexei Romanov, sucessor de seu pai no trono. Paralelamente a essa parte da narrativa, que é de cunho psicológico, temos os fatos da vida de Geórgui em 1981, agora um cidadão britânico e funcionário aposentado em uma biblioteca enquanto ele vela pela saúde de sua esposa, paciente terminal de um câncer que se alastrou e tira sua vida aos poucos.

A genialidade da narrativa de Boyne, já empregada em outras obras conhecidas e muito bem sucedida em O Palácio de Inverno fica por conta do encontro dos anos, que ocorre no final. Enquanto o jovem Geórgui de 1915 avança no tempo, o idoso de 1981 retrocede para que alcancem um ao outro em 1918, ápice da Revolução Bolchevique. Além disso, a escrita do autor tem grande eloquência, capaz de falar por si própria pela voz do protagonista, um homem cheio de lembranças e de um passado a ser revelado. O autor mostra-se irreverente todo o tempo, escolhendo as palavras mais adequadas à situação e tornando o que deveria ser um romance histórico enfadonho, um livro admirável, rico em lirismo e delicadeza, feito para ser devorado, sentido e lembrado tanto quanto possível.

Até certo ponto, a obra fictícia é fiel à realidade, à qual é acrescida a história de Geórgui Jachmenev. Aqueles que tiverem conhecimento do contexto histórico ou até mesmo se interessarem a ponto de pesquisar a respeito notarão que, de fato, a família real russa, os Romanov, é retratada como existiu: o czar Nicolau II, a czarina Alexandra, o czáriche Alexei e as grã-duquesas Tatiana, Olga, Maria e Anastácia, que tem papel de suma importância no livro e é protagonista em diversos filmes e histórias por seu suposto desaparecimento, como na própria famosíssima animação da Disney, Anastácia.

Revelar mais detalhes a respeito do contexto em torno do qual ronda a premissa deste incrível livro seria uma lástima para os leitores desta resenha que eventualmente se interessarem. Temos aqui, afinal, não apenas uma boa temática, mas uma narrativa envolvente, que conta com personagens tão extremamente humanos, cheios de qualidades e defeitos. O próprio Geórgui, por exemplo, cativa desde o início, e também erra, não sem certa vergonha de suas atitudes e arrependimentos de seus impulsos da juventude. Contudo aprende a viver, a sobreviver e a dar novos rumos à sua vida, sem nunca deixar de lado, entretanto, sua maior promessa, seu sentimento mais forte e belo.

Ao contrário do que vemos em filmes como A Duquesa, por exemplo, ou em obras que retratem a Revolução Francesa, aqui a corte imperial russa não é denegrida, mostrada apenas com seus erros e falhas à frente do povo. Especialmente quanto ao czar Nicolau, vemos um homem real, austero e também frágil, que continua a viver seus luxos monárquicos, porém toma partido de seu exército no momento mais crítico da Revolução Russa para dar força a seus soldados. A família real não é vista com aqueles constantes olhares desaprovadores em meio à libertinagem, à devassidade e à frivolidade, mas também sob o ponto de vista que realça a união e a força exigidas por um governante, um imperador, rei, czar.

Acima de um romance histórico, repleto de conhecimentos a respeito de um momento não apenas vivido pela Rússia, mas por todo o mundo no período entre-guerras, O Palácio de Inverno mostra a força dos sentimentos que perseveram na pobreza das aldeias, na riqueza dos palácios e na tristeza do exílio. Mostra o quão dura a vida pode ser, o quanto um sobrevivente luta para resistir num período de total turbulência e mais que tudo, o valor incalculável de um grande amor.

"[...]sozinhos, sobre o gelo, de mãos dadas, dançando em nossos ritmos próprios, enquanto o sol rubro se punha e as sombras desciam, seus pais e irmãos nos observando de longe, sem saber de nossa paixão, desconhecendo nosso romance. Dançando juntos, o par em harmonia perfeita, desejando que aquele momento nunca se acabasse."

Mais resenhas em: http://naparededoquarto.blogspot.com
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Duda 29/08/2012

O Palácio de Inverno - John Boyne
Se tornou um dos meus livros favoritos. Confesso que no começo achei um pouco chato, confuso talvez, mas logo me prendeu, não conseguia parar de ler, e li até bem rápido pra um livro de quase 500 páginas. Recomendo acompanhar tantos mistérios, numa história mais complexa do que "O Menino do Pijama Listrado", e com um final que pode-se dizer, me surpreendeu. Vale a pena.
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Vivi 07/05/2024

Geórgui impediu um atentado contra a vida do grão-duque Nicolau Nicolaievitch, irmão do Czar Nicolau II, que ficou grato e o nomeou como guarda-costas oficial de seu filho Alexei, que seria o próximo czar. Entretanto, com a revolução de 1917, ele acabou fugindo com a caçula do Czar, Zoia para salvá-la dos Bolcheviques.
Uma narrativa fascinante, em que presente e passado vão convergindo em capítulos alternados, na Inglaterra e na época dos czares russos.
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Silvia 18/01/2013

Demais
Simplesmente apaixonada pelo livro.
Muiiiito legal a forma que o autor contou a história, misturando personagens fictícios com reais.
Literalmente da para viajar por importantes acontecimentos do século 20.
Adorei também a dinâmica, indo e vindo nos tempos até se encontrarem
Deste fiquei órfã, super triste quando cheguei a última página, não queria que acabasse.
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Tacyana 17/07/2013

história encantadora!!!
que história apaixonante!!!
a narrativa desse autor incrível conseguiu me transportar e me envolver na maravilhosa jornada de seus dois personagens centrais...
para quem quer se encantar, recomendo a leitura deste livro!
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Nick 21/02/2018

Um livro incrível!
A estória é simplesmente envolvente, apesar de desde o começo você já saber qual vai ser o final não tira a vontade de lê-lo ou a curiosidade de saber como eles chegaram até ali.
Esse foi meu 4º livro desse autor e me surpreendo sempre com seus livros, quem nunca leu nenhuma obra dele sugiro esse e ''O Garoto no Convés''.
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