Priscila Grah 23/05/2021
Leitura interessante
A história é intercalada entre a década de 70 e os dias atuais, em um drama familiar bem construído. A trama se desenvolve com temas relevantes como: o amor genuíno, a bondade, os segredos que escondemos dos que nos cercam, e a conscientização sobre a doação de órgãos, (o que achei louvável por parte da autora).
Beth é a mãe de um garoto de apenas seis anos que está gravemente doente e precisa com urgência de um transplante de rim. Ela e o marido, Michael, são incompatíveis e, portanto, não podem doar seus rins para o filho. A dinâmica familiar do casal é totalmente voltada para a saúde frágil do menino que se agrava progressivamente, e no fato de a mãe de Beth ter morrido recentemente, e de ela não conhecer seu pai biológico, uma dúvida angustiante permeia a história: seria possível que eles fossem compatíveis com Jake e assim, seu filho tivesse a chance de viver?
No passado, temos uma das personagens principais da história, Dayse, uma mulher que guarda um segredo à sete chaves junto da amiga Mary. Dayse tem um coração bondoso, maternal e altruísta, e cria Michael amorosamente, que até então sofria negligência por parte da mãe alcóolatra. Porém, atualmente, Dayse é uma senhora idosa, e diante da iminência de morte de Jake, que ela considera um neto, verdades enterradas do passado precisam vir à tona, e elas atingirão cada um dos envolvidos de alguma forma.
O enredo conta com vários personagens bem construídos, onde cada um se conecta com o outro na trama. O ápice da história se dá quando o passado e o presente se fundem, e a autora nos apresenta a mensagem principal do livro, que é, por mais dura que seja uma verdade, jamais devemos escondê-la ou negociá-la, pois os segredos que escondemos não afetam apenas a nossa própria vida, e sim também à daqueles que nos cercam.
O final conta com revelações surpreendentes, acontecimentos emocionantes, e com o verdadeiro amor em ação. Certamente esta é uma leitura envolvente e agradável, que te prenderá do início ao fim!
Priscila Grah
@priscilagrah