Resenhas -

Emy 26/05/2023

A primeira coisa que quero destacar é a qualidade e beleza dessa edição. O livro é realmente lindo, e o conteúdo não decepciona!

As histórias foram contadas de uma forma envolvente, como se fossem ficcionais até. Mas de repente os fatos surgiam em forma de nomes, datas e locais. E você não estava mais no meio de uma narrativa inventada, mas preso em uma teia de artimanhas e golpes bem pensados.

Muitas vezes me vi embasbacada com tanta esperteza e até ?mau-caratismo?. Mas em outras, até me via torcendo um pouquinho por aquelas mulheres realmente fascinantes.

De forma geral, achei toda a narrativa muito bem escrita, de um jeito que não ficasse pesado de ler - de um jeito não tão documental. Tive uma ótima experiência, e adorei adentrar nesse submundo pouco comentado mas tão curioso e excêntrico.

Vanessa.Coimbra 25/05/2023

Escrito pela mesma autora do livro Lady Killers, neste vamos conhecer a história de mulheres que aplicaram golpes,  somente uma ou duas recorreram ao assassinato, por este motivo ficamos fascinados com a lábia, o poder de persuasão que elas tinham, além de uma narrativa fluida e envolvente.

Greice21 01/04/2023

_Se conhecê-la, você vai gostar dela_
21° Livro do 1° trimestre
*Mulheres Confiantes* , _Tori Telfer_

Nossa primeira trapaceira, é Jeanne, a Condessa de Lá Motte, de _Memorias do colar_ que ficou conhecida como percussora da morte de Maria Antonieta e o desencadeamento da Revolução Francesa.
Como prova, de que não é preciso deter o artifício da beleza, somente com o olhar a golpista Cassie ,dona de muitos pseudônimos, roubou milhões de vários banqueiros. E apesar de todas suas artimanhas, mesmo após sua morte ela foi reverenciada , ora em medicamentos para nervos, que levavam seu nome , e até mesmo seu rosto estampado em cédulas falsas, repassadas por outros vigaristas.
A necessidade de ser parte de um todo, fez de Wang Ti - com um casamento em decadência- nossa 3° musa, abrir uma teia de golpes. Se passando por integrante da grande autarquia da China, vendia imóveis para celebridades , extorquindo-os , para sustentar o novo e célebre namorado. Quando descoberta pelas vítimas, lhe foi negado pelas mesmas se entregar as autoridades legais.
Atividades mediúnicas também são famosas dentre as farsantes. Tudo iniciou -se com uma brincadeira entre irmãs que enlaçavam maçãs a um barbante e o puxavam ,para contemplar o _plunc_ da fruta ao cair no chão. Sem saber a origem do som, a mãe das meninas acreditou que a casa estava tomada por algum espírito. Aproveitando-se dessa situação as meninas passariam a produzir outros sons, como batidas nas paredes, as quais eram respondidas por elas mesmas. Mais tarde, a irmã mais velha viu uma fonte lucrativa nas caçulas, abrindo um espaço de vidência ,atraindo vários inocentes. Nessa linha, várias outras célebres damas utilizaram se dos artifícios " mediúnicos" para fins lucrativos, principalmente em palco ao Pós- Guerra Civil e a Grande Depressão.
Com o misterioso desaparecimento da família Romanov após serem levados ao porão da Casa Ipatiev, moçoilas de vários lugares sentiram o ímpeto de assumir a identidade da até então desaparecida Anastasia Romanov, filha do Czar Nicolau II.
Em busca de reconhecimento, dotada de uma inteligência, quem desconfiaria que aquela jovem negra seria responsável por infiltrar-se com drogas numa liga de esportes , a NFL, assim como adotar vários papéis, com fins lucrativos.
Conhecidas como _tragediennes_ , passando-se por vitimas, vêem as tragédias como oportunidade de lucratividade, aproveitando se da generosidade de outros para estorquir donativos, falsificam notas fiscais, acionam apólices de seguros, fingem repetidas vezes gravidezes que resultaram em aborto ou morte prematura, e se passam por sobreviventes traumatizadas de enormes catástrofes.
Uma mulher, vários nomes, sua participação na Guerra Civil e um livro de mais de 600 páginas alternando entre fatos reais e ilusões, trazendo suas memórias de guerra.
De estado em estado, a exímia Margarete trabalhava na área de finanças em muitas clínicas com diferentes identidades, e para surpresa de todos ao fim do mesmo o caixa estava zerado e a bela mulher, sua filha e mais de 48 cocker spaniels, desapareciam do mapa.
E por fim, temos um caso de escravidão, violência e insanidade. Sante Kanes, comparada a atriz Elizabeth Taylor, era dissimulada, controladora, perigosa e ambiciosa. E um de seus hobbies favoritos, era incendiar sua casa por conta dos seguros.
?
Em pouco mais de 12 casos, Telfer perfila mulheres em busca de status, prestígio, reconhecimento, auto suficiência, liberdade, poder. Muitas dessas mulheres foram vítimas de abusos, pobreza, mentiras , isolamento social, foram bombardeadas por cenas explícitas em seu meio familiar, ou sujeitas a tal. E como combustível, esses elementos tornaram-as frias, calculistas e imperiosas. Por mais obscuro que sejam os fatos que carreguem, elas romperam com o estereótipo de sexo frágil, e embora tenham sido aferidas, também foram e são ovacionadas por sua audácia, inteligência, com uma pitada de graciosidade.

Isis Costa 27/03/2023

Mais um livro adicionado a minha estante de favoritos
No geral as pessoas não esperam que mulheres ‘trabalhem’ como golpistas porque isso soa como uma aberração da natureza, já que o senso comum trata mulheres como se fossem robôs feitos em série – maternais e sempre empáticos -, quando de fato há um bom contingente de mulheres manipuladoras operando livremente por aí.

É dessa laia de gente que não se importa suficientemente com os sentimentos dos outros que saem os golpistas e as golpistas. Desconsiderar a capacidade criminosa do sexo feminino nada mais é, em minha opinião (que isso fique bem claro), mais uma manifestação de machismo.

Mulheres ‘gênios do crime’ e mulheres perversas em geral existem em número percentualmente expressivo em quaisquer classes sociais. A lista de golpes que exigem um esforço pequeno para o lucro esperado é imensa. Golpistas sabem exatamente como vampirizar suas vítimas porque são hábeis em ler seus pontos fracos.

Da mesma forma que ocorre com homens, para uma mulher ser golpista ela precisa de um pré-requisito que a maior parte das pessoas não têm: possuir um grau de perversidade maior que o ‘normal’.

Tori Telfer categorizou as mulheres nos seguintes grupos:
As Glitterati, formado pelas sedentas por glamour e que escolhem vítimas com maior poder aquisitivo;

As Videntes, formado pelas golpistas religiosas, cuja crueldade é uma marca registrada, pois as pessoas são espoliadas justamente no momento em que estão mais vulneráveis emocionalmente ou doentes;

As Fabulistas, formado pelas que mentem em tantas camadas que findam assumindo outra vida – incluindo as tragediennes, que se apropriam de tragédias de terceiros para angariar fundos em vaquinhas e outras doações – e, por último, mas não menos importantes,

As Fugitivas, com destaque para a abusadora e assassina Sante Kimes.

Os retratos de Tori são perfeitos e a leitura de Mulheres Confiantes é intelectualmente estimulante. Aprender a reconhecer estas pessoas pode nos ajudar a reduzir a chance de ser uma vítima delas.

Marina 24/02/2023

Mulheres Confiantes
Tori Telfer não deixa nada a desejar nesse livro. Mulheres Confiantes, independente da perspectiva que você enxergue esse enredo, não vai faltar em cada página a confiança pra tanto golpe e trapaça. Simplesmente maravilhoso e incrivelmente curioso.

Flá 08/02/2023

Se conhecê-las, você vai gostar delas...
dessas rainhas da persuasão. Elas vão usar todo o charme, os sorrisos, os olhares hipnóticos e o poder de convencimento para te pegar. Reunidas em 4 blocos - As Glitterati, As Videntes, As Fabulistas e As Fugitivas - por Tori Telfer (Lady Killers), "Mulheres Confiantes" é publicado pela Harper Collins, em brilhante edição, de capa dura e com direito a fitilho para marcar as páginas. Ao meu ver, uma obra historicamente embasada - não há subterfúgios para ficção. Isto é, as golpistas existiram! A escritora seduz o leitor com uma linguagem instigante e divertida. Entretanto, não há nenhuma romantização. Trata-se de uma coletânea de relatos reais sobre mulheres perigosíssimas e instáveis. Elas arruinaram muitas vidas - até mesmo as suas próprias. Em seus esquemas foram capazes de tudo - arrastando ainda os filhos para os golpes - e tiraram até o último centavo das vítimas levando algumas ao suicídio. Assim, fica evidente para qualquer leitor - com mínima empatia - que, no fim, o "gostar delas" morre. Afinal, elas sequer tiveram piedade com os vulneráveis. As chamadas falsas médiuns (inventoras do espiritualismo), as imitadoras (a falsa grã-duquesa Anastácia), as tragediennes (a que se aproveitou do 11 de setembro posando de falsa vítima), enfim, as que buscam dinheiro, atenção, fama e poder. O que elas tem em comum? Praticamente todas tiveram um fim trágico ou encarcerado. A autora faz questão de deixar isso bem claro. Por isso, se cerca de diversas fontes de referência, entrevistas, e notas - ao final do livro - lineares, sobre cada capítulo. Erros? De revisão apenas. Um ou dois erros ortográficos que não influem na leitura. Pode acreditar, vai ser difícil você despregar os olhos de um livro destes. Confie em mim...

Mama 26/01/2023

Viciante
A leitura de Mulheres Confiantes foi muito gostosa, por vezes dramática. Acompanhar tantas mulheres golpistas nos faz ver um pouco da fortaleza e da fraqueza humana. Leitura recomendada!

Bele 24/01/2023

Livro super interessante, mostra como as golpistas além de serem boas no que faziam, acabava por fazer serem adoras por muitos, basicamente somente usando o poder da persuasão.

Simone de Cássia 20/01/2023

Antes de qualquer coisa, essa edição é linda, cor linda! Jeito de ser Darkside! Quanto ao conteúdo, saber ser dissimulado, maldoso e/ou trapaceiro nunca foi prerrogativa de nenhum sexo específico. Esse livro vem comprovando essa idéia e, ao mesmo tempo, desmistificando a cultura de que por ser mulher a criatura merece ser respeitada. As pessoas merecem ser respeitadas pela sua índole, pelo seu caráter, independente de qualquer outra condição. Claaaaaro, os mimizentos de plantão acharão absurdo a minha "viagem" na contra mão da tão atual defesa incondicional da mulher. Só sinto.

Carol 12/01/2023

Lady Killers mais leve
Bem interessante conhecer a história dessas mulheres não só confiantes, mas esse com certeza é um adjetivo que se aplica.
Livro pra ser saboreado, mas algumas escolhas não achei tãooo legais assim. Vale a leitura.

_bbrcam 12/01/2023

Trambiqueiras de primeira
Com histórias de várias mulheres golpistas, assassinas, estelionatárias e grandes trambiqueiras esse livro foi uma leitura inesperada e muito boa! Eu me diverti no início, me preocupei e depois fiquei com raiva. Uma excelente leitura!

Jô Santos 26/12/2022

Maravilhoso!!
Gente, esse é um livro de não ficção com histórias tão doidas que você ler como se fosse ficção, você fica curioso para saber qual vai ser a nova trapaça, o novo golpe. Uma leitura muito fluida e interessante.
Inclusive você acaba torcendo pra muitas dessas trapaceiras, mas algumas comentem crimes tão bizarros que realmente não tem defesa.

ThayAvalon 13/12/2022

Já li Lady killers da autora e eu amei demais , quando vi esse pra vender ano passado fique esperando até o preço dar uma melhorada e foi certeiro, nao me arrependi, o livro a escrita da Tori Telfer é incrível, muito simplificada , com tiradas engraçadas, algumas um tanto venenosas kkkk mas eu adorei conhecer mais sobre o mundo das vigaristas, em um amplo conceito sobre crimes onde mais notável é o gênero masculino, nesse livro elas se destacam com a sua genialidade muito superior e com aquele charme e sorriso ingênuo predatório. Aqui é possível descobrir que todas tinham um único interesse e objetivo quando realizavam seus golpes. O interesse ? viver luxuosamente. O objetivo? Elas mesmas eram seu único objetivo, o resto eram só os peões ou as escadas que elas deveriam ter que passar.

Tuts 12/12/2022

O golpe tá aí,mas só cai quem quer?
Em ?Mulheres Confiantes? nos deparamos com várias histórias reais sobre mulheres golpistas e que ficaram famosas com isso. A autora divide essas golpistas em 4 tipos - gliteratti(golpistas envolvidas com celebridades),videntes(envolvidas com o espiritualismo),fabulistas(que contam várias histórias mirabolantes) e fugitivas,que o nome já é auto-explicativo.

Cada capítulo aborda uma golpista individualmente,embora em alguns ela trate de várias mulheres(como o capítulo das Espirtualistas e das Tragediennes,por exemplo). Algumas histórias me cativaram bastante,mas a grande maioria eu achei legal mas nada demais. Me decepcionei porque não tem nenhum capítulo específico para a Anna Sorokin,uma das golpistas mais famosas da atualidade,que teve até série na Netflix. Para não ser injusto com a autora,ela menciona a Anna brevemente,mas não desenvolve um capítulo específico pra ela,frustrando minhas espectativas.

Ademais,a escrita da autora não me agradou muito. Tudo me pareceu rápido demais,como se a autora estivesse cuspindo informações,o que tornou a leitura maçante em alguns momentos. Algumas histórias são tratadas de forma muito superficial,também.

Apesar de no meu ponto de vista o livro ter me incomodado em diversos pontos,eu não diria de maneira nenhuma que é ruim. Muito pelo contrário,é um livro bacana,com histórias interessantes,que agradou a muitas pessoas aqui no Skoob. Mas realmente eu não me dei muito bem com a escrita da autora e nem da forma como ela desenvolve algumas histórias.

Mas retomando o título da resenha,será mesmo que sô toma golpe quem quer? Eu diria que essa é uma expressão bem equivocada. Como a autora bem apresenta,as golpistas desse livro tem o poder de convencimento,de fazer com que as pessoas confiem nelas,por isso o título mulheres confiantes. Golpistas do naipe desse livro tem muita oratória e lábia o suficiente para realizarem seus golpes,muitas vezes extraordinários.

No mais foi uma leitura que me agradou e me desagadou em alguns momentos,mas que o saldo final tende mais para o positivo do que para o negativo. Mas dificilmente lerei algo a mais dessa autora.

Bigah 24/11/2022

Rapaz
Achei incrível como o livro é apresentado, como que de ordem cronológica, tem casos de mulheres desde a época de Maria Antonieta até bem mais dos anos 2000. Leitura rápida e empolgante.