Notas sobre o luto

Notas sobre o luto Chimamanda Ngozi Adichie




Resenhas - Notas sobre o luto


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Delarosa 05/08/2021


Chimamanda traz com esse relato, a imortalização da memória de seu pai, James. Um livro extremamente pessoal e verdadeiro, semelhante a um fragmento de um diário. Admito que não senti tudo o que a obra tem a oferecer, pois como a própria autora diz, carregamos certezas sobre o luto, mas só as reconstruímos e aprendemos, quando realmente o vivenciamos.

A autora traz uma coleção de memórias e reflexões sobre o falecimento de seu pai, no período da pandemia do Coronavírus. Ela expõe como a declaração do pesar alheio, mesmo que bem intencionado, pode vir a incomodar aqueles que sofrem com a perda com mais intensidade. Além disso, Chimamanda mostra também, o modo que o distanciamento social pode multiplicar o processo de aceitação da perda.

Uma narrativa cheia de possíveis gatilhos emocionais, comovendo o leitor com a sua simplicidade e pureza. Minha maior reflexão com esta história, foi o fato do quão doloroso é poder citar alguém tão amado, apenas em um único tempo verbal, o passado.
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vitoria.esteves 05/08/2021

Notas sobre luto da Chimamanda é aquele livro que te dá um soco no estômago. Após perder seu pai para a Covid no ano de 2020, Chimamanda nos relata todo o processo do luto e os sentimentos de perder alguém que amamos. É um livro curto, mas muito dolorido.
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Rafa 06/08/2021

Sensacional
Chimamanda nunca decepciona, é uma leitura muito pesada pra quem está no processo de luto, muito pesada mesmo, mas talvez seja importante pra conseguirmos racionalizar um pouco a nossa dor, pelo menos foi assim comigo, não sei se pelo fato de ter passado por isso recentemente, mas eu conseguia sentir a dor dela em cada palavra escrita no livro, conseguia me ver em cada situação que ela cita e em cada pensamento que ela tem sobre as pessoas tentando lidar conosco quando estamos em um momento de luto. Estava receoso de ler esse tema agora, mas valeu a pena e super indico pra todos que passam ou passaram pela perda de uma pessoa amada.
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Jasmine 06/08/2021

Notas sobre o luto
Notas sobre o luto revela a experiência da autora com a dor da perda de seu pai, mas também a representação do luto na cultura igbo e outros elementos dessa cosmologia, principalmente com a dor e nos rituais fúnebres. O título do livro é autoexplicativo sobre o que trata, mas a narrativa surpreende com pistas de verossimilhança acerca dos romances de Chimamanda, principalmente em Meio Sol Amarelo, que é o meu preferido.

Sobre as pistas às quais me referi, poderia citar, de modo específico, os detalhes dos livros incinerados na Guerra de Biafra e algumas réstias no cenário do campus da Universidade de Nsukka, que dão alguma clarividência sobre a genealogia da dor, da memória e do sentimento de admiração nutrido pelo pai.

A limpidez da escrita de Chimamanda em Notas sobre o luto permite um exercício empático e reflexivo sobre o luto individual e coletivo e as camadas da perda de um ente querido ou, ainda, os modos particulares de recondução dos processos de subjetivação permeados pelo vazio denso da dor e da saudade.

Em tempos tão difíceis como este, de perdas imensuráveis, incalculáveis e muito sentidas, vale a pena não prescindir de sua leitura.
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Paloma 06/08/2021

O vazio do adeus definitivo.
"O luto é uma forma cruel de aprendizado. Você aprende como ele pode ser pouco suave, raivoso. Aprende quanto do luto tem a ver com palavras, com a derrota das palavras e com a busca das palavras."
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'Notas sobre o Luto' nos apresenta um relado sincero da Chimamanda em relação a morte do pai. Ela escreve sobre seu pesar, sua saudade, incertezas, medos e sua raiva. Também ensina um pouco sobre como o falecimento é processado pela sua cultura igbo e claro, como sua família está tentando seguir a vida sem uma peça tão valiosa agora.

E se você espera encontra palavras de conforto, frases arrebatadoras e filosóficas sobre a morte... não achará. Nas poucas páginas, lemos um desabafo sensível e real de um sofrimento cru e opressor, que só está a procura de uma válvula de escape.

Ao final, estava com as inevitáveis lágrimas nos olhos e o coração apertadinho, tanto por solidariedade pela perda da família Adiche, como também por relembrar todos os adeus dolorosos que tive que dá ao longo do ano de 2020.

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"Eu hoje me envergonho das palavras que já disse a amigos enlutados. 'Encontre paz nas suas lembranças', eu costumava dizer. Ter um amor arrancado, sobretudo quando isso é inesperado, e depois ouvir que se deve recorrer às lembranças. Em vez de virem me acudir, minhas lembranças trazem eloquentes pontadas de dor que dizem: 'É isso que você nunca mais vai ter.'"
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luadepaginas 08/08/2021

Esperava mais. Esperava reflexões mais profundas, aprendizados... O livro é um pequeno diário da autora sobre a perda do pai. Interessante, mas não foi o que eu imaginava.
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Alexia 09/08/2021

Emocionante
Estranhamente escolhi o dia dos pais para ler este livro.

Chimamanda Ngozi Adichie traz neste livro a tentativa de expressar o luto e o sofrimento de perder uma pessoa muito querida.
Seu pai faleceu ano passado e nesta obra ela mostra através de pequenos textos sua relação com ele e como reagiu a sua passagem.
Mesmo com todo o sentimento de tristeza e a tentativa de assimilar e colocar em palavras as sensações que viveu, ela ainda demonstra claramente seu sentimento de orgulho, saudades e felicidade da pessoa que ele foi.

Todos nós entendemos que um dia iremos perder alguém, mas ninguém espera que ele realmente aconteça.
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Letícia 09/08/2021

Primeiramente publicado como ensaio na revista The New Yorker, Notas sobre o Luto reúne breves anotações feitas por Chimamanda nos meses que se seguiram à morte de seu pai, James Nwoyne Adichie, em junho de 2020.

Enquanto a pandemia de COVID-19 se desenrolava e fronteiras e aeroportos permaneciam fechados ao redor do mundo, mantendo a família Adichie separada, o pai da autora inesperadamente sucumbiu a complicações de uma insuficiência renal.

Chimamanda relata a turbulência gerada pela perda, desde a dificuldade de realizar os ritos fúnebres durante a quarentena à experiência de "desenraizamento" do mundo que ela conhecia até então. Ela nos conta sobre a relação próxima com o pai, que foi a ponte para a ancestralidade e cosmologia igbo, uma fonte de inspiração para seus romances (sobretudo Meio Sol Amarelo) e o maior apoiador do seu trabalho como escritora.

Além de um tributo à memória do pai, sobrevivente da Guerra de Biafra e renomado professor de estatística na Universidade da Nigéria, o livro é um desabafo de quem ainda vive as dores e as contradições de ver desaparecer, de um dia para o outro, alguém tão fundamental para a formação da sua identidade.

Assim, não espere encontrar nenhuma grande lição sobre como lidar com a morte; não é esse o intuito da narrativa. Embora já tivesse pensado sobre, escrito e até mesmo vivido outros lutos, Chimamanda não estava preparada para aceitar o inaceitável: a ausência permanente do pai. Ou da mãe, Grace Adichie, que acabou falecendo oito meses depois do marido.

Apesar de a morte física não poder apagar a marca indelével deixada por um pai atencioso na vida de uma filha, Notas sobre o Luto evidencia o quanto é difícil só ter à memória para recorrer quando a saudade se torna insuportável. Justo ela, que é tão nebulosa e nos prega tantas peças.

Nesse sentido, o livro é um esforço para não esquecer: é o fruto da consciência de que nosso tempo é limitado e da urgência em colocar no papel o que não se pode deixar morrer entalado na garganta. É uma leitura dolorosa, mas que nos desperta para a potência da vida.

site: https://www.instagram.com/pulsaoliteraria/
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Rafaele 09/08/2021

Nesse livro Chimamanda faz quase um diário com reflexões sobre a perda do pai, sobre sua vida e sobre tudo o que o fez ser tão especial na sua vida.

Uma reflexão mesmo sobre o luto, essa experiência que ao mesmo tempo é tão universal mas não individual. Sem grandes ensinamentos, grandes frases de efeito, puramente sentimentos.

É uma leitura muito triste. É muito pesado estar dentro da cabeça de outra pessoa num momento tão difícil como esse.
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Lu 12/08/2021

Intenso e real
Notas sobre luto me surpreendeu muito, apesar de ser um livro bem curtinho, demorei alguns dias para ler devido a intensidade da escrita da Chimamanda. Em quem já perdeu alguém muito próximo e até mesmo em pessoas sensíveis e empáticas, o livro gera uma identificação muito grande e é possível sentir tudo o que está descrito, desde a revolta inicial até a assimilação gradual dos fatos e conformação.
Recomendo o livro pra quem está passando por um processo de luto e aqueles que querem ajudar alguém que esteja passando por isso.
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Carolina Corrêa 14/08/2021

Uma reflexão sobre o luto
A autora tece uma reflexão sobre o luto de perder o pai em meio à pandemia do coronavírus. A dor da perda da figura mais amada e admirada, sem poder se despedir formalmente.
A distância, a culpa por um contato a mais que poderia ter se concretizado, a realidade do ?nunca mais? se juntam em devaneios e emoções concretas.
Leitura rapidíssima, mas impactante.
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Thiarlley 14/08/2021

Muito profundo conhecer a Chimamanda e a sua dor
De todas as possibilidades que pensamos e planejamos para o ano de 2020, ninguém nunca imaginou que uma pandemia estava a caminho. Lembro de ter escrito uma crônica sobre 2019 e ter dito que “2020 é um ano par. E, por mais supersticiosa que eu não seja, anos pares costumam ser tranquilos”. Coitada, eu diria! Com a disseminação do coronavírus, a necessidade da quarentena e o distanciamento forçado, veio também o luto. Um grande tabu na vida de todos nós, assim como o dinheiro, não aprendemos a falar sobre morte e as consequências para quem fica. Foi nesse cenário caótico que, não pela covid19, Chimamanda Ngozi Adichie perdeu o seu pai, em março de 2020. E foi a necessidade de falar sobre sua dor que nasceu o “Notas sobre o Luto”, publicado aqui no Brasil pela Companhia das Letras.

Autora de grandes livros de ficção como Americanah (2014), Hibisco Roxo (2011) e de não-ficção como Sejamos Todos Feministas (2015) e O Perigo de uma História Única (2019), Chimamanda Ngozi Adichie abre o seu coração neste livro, curto como alguns dos seus já publicados, mas profundo o suficiente para nos fazer questionar o nosso modo de viver o luto. Por que não falamos sobre ele? Por que fingimos que as pessoas viverão para sempre?

Eu acredito que o mais tocante e doloroso nesse relato é o distanciamento e a incerteza de quando ele acabaria. Nigeriana, a autora vive nos Estados Unidos e estava lá quando o pai faleceu, no continente africano. Eram comuns conversas pelo aplicativo zoom com toda família e foi estranho, melancólica e dolorosa aquela conversa onde seu irmão mais velho, Okey, apresenta a expressão serena de seu pai, de olhos fechados, parecia estar dormindo. Mas não estava.

Nós acompanhamos o processo de Chimamanda para suportar a dor, a não-aceitação, a distância, o receio dos aeroportos da Nigéria não abrirem tão cedo e impossibilitá-la de estar no velório de seu pai. As tradições nigerianas para o luto e como cada povo lida de um modo diferente com o processo de adeus e o luto.

Eu estava ansiosa tão ansiosa para ler este livro (que li, inclusive, o e-book disponibilizado pela editora para nós parceiros e depois recebi o físico), não pela temática, mas por saber que Chimamanda se escancarou em cada linha; sou grande fã dela e isso não é segredo para os leitores do Apenas Fugindo, já li seis de seus oito livros lançados no Brasil e era a primeira vez que eu poderia lê-la como ela é. Foi reconfortante enxergá-la para além de seus trabalhos e, sim, como uma pessoa que sente, que sofre, que relembra momentos ao lado de seu amado pai.

Notas sobre o Luto é a leitura necessária para que possamos entender a dor da perda. Esse tabu precisa ser quebrado, afinal, por mais que seja uma verdade dolorosa, todos nós vamos morrer. Não sabemos quando, não sabemos de quê, mas sabemos o porquê: é o ciclo da vida. Os que ficam, precisa reaprender a viver, agora sem a pessoa querida, e falar sobre o luto, dá-lo o sentido, é o primeiro passado.

site: http://www.apenasfugindo.com/2021/06/resenha-65-notas-sobre-o-luto.html
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Tutti20 15/08/2021

Bonito
É bonito como eu fala do pai, e dos feitos deles. Em todo livro da pra ver o quanto ela ama o pai e sofreu com a morte dele, talvez o livro não tenha me tocado muito, por nunca ter perdido alguém próximo,mas mesmo assim é muito emocionante e bonito.
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Ana 15/08/2021

emocionante
Não sei oq escrever sobre esse livro então vou deixar algumas citações.

"Sinto-me inexperiente e imatura diante desse inferno que é a tristeza. Como pode pela manhã ele estar fazendo piada e conversando, e à noite ter ido embora para sempre? Foi muito rápido, rápido demais. Não era para ter acontecido assim, como uma surpresa de mau gosto, durante uma pandemia que obrigou o mundo inteiro a se fechar."

"Como é possível o mundo seguir adiante, inspirar e expirar de modo idêntico, enquanto dentro da minha alma tudo se desintegrou de forma permanente?"

"Estou escrevendo sobre o meu pai no passado, e não consigo acreditar que estou escrevendo sobre o meu pai no passado."

...
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Stephanie214 16/08/2021

Perda e Luto
Livro que foi escrito durante a pandemia da COVID-19 em Junho 2020 quando o mundo estava em lockdown, a autora relata como foi perder seu pai que era uma pessoa importante em sua vida e de quem ela era bem próxima.
Ela sentiu uma necessidade de escrever para colocar pra fora o que ela estava sentindo nesse momento tão difícil de sua vida, além de lidar com a perda e estar longe de sua família também sabemos de histórias vida de seus pai e sua família.
Coisas como o luto, o que falamos para pessoas em luto, solidão e raiva inerentes, dimensões familiares e culturais do luto, estão presentes em sua escrita.
Um livro que relata sobre lidar com uma perda e como seguir em frente, como manter a memória desse ente querido viva, a negação da morte e como é difícil dizer adeus.
Apesar de ser triste e tocante, as palavras da autora são bonitas e nos que fazem pensar sobre esse assunto tão delicado que por vezes evitamos falar mais que faz parte da vida.
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