luigi 25/06/2021
Destruidor de Mundos - 2/5 ?
Quando esse livro foi anunciado, pensei que seria uma lenda, que eu finalmente pudesse gostar de algo que a Victoria Aveyard escreveu. Eu nunca estive tão decepcionado. A lenda? Era urbana.
Os primeiros capítulos desse livro foram gloriosos, eu iria dar 4 estrelas se continuasse naquele ritmo, bom, não foi o aconteceu, infelizmente.
É inacreditável que árvores tenham sido derrubadas para fazer 560 páginas desse livro. Mais inacreditável ainda que a autora levou tantas páginas assim para contar uma história que poderia ser muito bem contada em apenas 300 páginas.
É uma estória totalmente monótona, nada de interessante acontece, depois de alguns capítulos (principalmente depois da metade), o livro vira uma grande descrição do mundo (incrível, diga-se de passagem) e um lenga-lenga horrível pra desenvolver a história. A editora, na contracapa, promete batalhas emocionantes e um vilão cruel, sabe o que esse livro realmente tem? Personagens indo de um lado pro outro e um vilão cruel só na boca deles, visto que ele mal aparece no livro, somente no prólogo, no metade do livro e no final, de resto, nada, absolutamente NADA, acontece nesse livro. É extremamente chato e cansativo ter que ficar lendo os detalhes minuciosos que a autora faz. Pra que eu quero saber o tim-tim por tim-tim a roupa que tal personagem ? que nem é importante na história ? Em que exatamente isso vai acrescentar na minha leitura? Nada, absolutamente nada. Digo com tranquilidade, você pode pular metade da narração desse livro que você continua entendendo a estória de boa.
Os personagens são incrivelmente rasos, a única que se salva é a Sorasa, um assassina. Ela é a única personagem minimamente interessante do livro. ?Então vale a pena ler por ela?? Não, pois quase não tem capítulos na visão dela. O Dom, um imortal, foi um personagem criado pra ser super foda, mas ele só se torna um zero a esquerda na estória toda. O desenvolvimento dele e do Andry, o escudeiro, quase não é feito, principalmente o do último. No livro, tem-se toda uma comoção dos mortais em relação aos imortais (ou Anciões), mas quando você chega na visão do Dom, eles não parecem ser nada demais. Fora a feiticeira, que também é interessante, mas ela só é uma incógnita desde que ela aparece no livro. E tem também a protagonista que não tem um traço de personalidade, ela chega nos locais e fica igual uma besta olhando o céu e as construções rudimentares das casas.
O mundo de Todala, é de fato incrível, no começo, quando você não tá saturado de todos os detalhes que a autora colocou, você percebe claramente que esse é um mundo interessante de se construir. Há culturas, línguas, religiões. E isso tudo é muito interessante, os personagens falarem determinada língua em algum momento do diálogo é muito muito, eu acho esse um detalhe realmente muito bonito. Fora todo o conceito de outros mundos que é interessante também, mas pode ser um pouco confuso, principalmente porquê a autora apresentar isso ao leitor no prólogo do livro, e o prólogo é muito confuso, além de ser enorme.
A reviravolta é muito sem sal, não tem sabor nenhum, é totalmente reciclado dos livros de A Rainha Vermelha, ou seja, não é nada muito interessante.
Você gostou de A Rainha Vermelha e quer ler esse livro? Não leia, só vai te decepcionar. Se você não gostou de A Rainha Vermelha, assim como eu e tava esperando que esse livro te desse uma outra impressão sobre autora, não leia, pois não vai dar.