Moonalexz 01/11/2023
Fusos e furos (tia Vic, vc me prometeu)
Doi-me o coração ter que dar uma resenha como essa. Principalmente quando sei que isso aqui foi feita pela Victoria Aveyard, mesma autora de rainha vermelha (vulgo minha saga de fantasia favorita)
Após a queda e morte dos heróis que haviam sido mortos pela nova ameaça "Taristan" que havia aberto o fuso, apenas um escudeiro e um príncipe imortal são os sobrevivente desse massacre. Após sua queda, Dom sai em uma busca por si próprio pela filha de sangue do velho de Cór. No caminho disso, no final se dão a ele, um príncipe imortal, uma assassina, um escudeiro, uma feiticeira e uma filha de pirata. Ambos querendo salvar o mundo de uma grande catástrofe.
Eu com certeza desaprendi a ler fantasia com esse livro. Conheço a escrita da tia Vic e sei que ela é muito detalhista com suas palavras, deixando a experiência mais aprofundada e você imaginar exatamente do jeito que ela quer. E isso não é ruim, eu mesmo gostei quando li a saga anterior. Mas tem vários momentos em que me perdi na descrição de tudo. Tudo tem que ser detalhado até a desgraça do manto da fulana de tal coisas e etc. Isso cansa muito e faz eu perder meu interesse e ritmo de leitura.
Os personagens, dos cinco pro protagonistas (conto apenas que tiveram povs), eu tive apego em em apenas três. A corayne que é a protagonista, a "filha de sangue do velho de Cór" e blá blá blá, toda aquela história de escolhida. Mas é um problema em certo pontos.
1- A corayne é 0% agradável ou tem sequer uma personalidade. Sua única é "saber fazer negócios" e pensar na sua mãe 90% do livro.
2- Talvez seja explicado no próximo livro, mas essa infeliz realmente era a única filha perdida? A menina mal saia nas expedições com sua mãe (que é uma pirata) e não tinha habilidade NENHUMA.
3- Eu não sei o que deu na cabeça da Victoria, de que por dois adultos acima dos trinta anos que tem uma boa história, um bom desenvolvimento e maduros e fez a Corayne (que tinha 17 ANOS) com a personalidade de uma criança. Em muitos momentos imaginei como uma filha deles inexperiente que sequer sabia empunha uma arma ou sair sozinha. Quem dirás empunhar uma espada tão importante e poderosa.
E sim, ela pode ser apenas uma adolescente inexperiente e tal. Mas vamos lembrar que quem fez isso foi a mesma que fez Mare Barrow. Que tinha a mesma idade. Não há desculpas nesse nível. Os capítulos que ela se lamentava pela mãe ou o abandono do pai (que pasmem, é 80% do livro), poderia ser mais voltado pela trama do Andry e sua mãe.
Em momentos me via mais encantado pelos povs da Sorasa Sarn, que tinha mais amadurecimento, mais profundidade, mais experiência e desenvolvimento. Povs da Corayne ou da Rainha Erida me causavam sono e tédio. O que davam espaços nelas, poderiam dar mais para o Dom ou Andry, que são personagens bem mais interessantes e com histórias que precisavam ser mais aprofundadas.
Em questão do romance ou talvez uma tentativa de desenvolver um casal (que obviamente será feito nos próximos livros e grossos), espero algo mais original do que as cenas bestas e espontâneas. Apenas o casal secundário tem um começo e meio que estão desenvolvendo. Espero que ela trabalhe isso nos protagonistas também.
Ao Taristan não tive muito uau por ele, apenas mais algo sem graça e poderoso. Quero o desenvolvimento dele e que não seja tão idiota e patético como foi minha experiência com ele.
O universo é bem construído, detalhado como disse acima e de certa maneira, bonito. As cenas de lutas e batalhas são impecáveis, mas infelizmente , uma história não se equilibra com isso, MAS, se ignorar alguns pontos, até que carrega boa história. Mas se minimizassem esses detalhes o livro teria pelo menos 300 páginas. Eu botei muita expectativa nesse livro e ele me decepcionou muito. Lerei a continuação e espero de coração que algumas das minhas revoltas sejam desenvolvidas ou consertadas.