Camila 10/07/2023
Esse livro tem uma história atraente. Mesmo tendo um enredo voltado para o xadrez, em sua grande parte descrevendo as jogadas, até que me prendeu. Sempre achei o jogo chato, mas confesso que nessa história fiquei presa mesmo não entendendo nada das jogadas, querendo saber o que aconteceria.
A personagem é uma menina que não teve uma infância nada fácil. Perde a mãe, vai morar em um orfanato, vivencia abusos, se sente perdida e desamparada. É muita coisa para uma criança experimentar. O que me levou a pensar e me deixa um pouco assustada, é que existem muitas crianças nesse mundo que vivem isso e que não estão protegidas. Uma triste realidade.
Mas voltando para história, Beth conhece o xadrez através de um funcionário do lar em que morava e ela acaba se apaixonando, parecendo ser amor a primeira vista. A partir disso o xadrez torna-se seu grande amor e a fonte da sua vida, tudo girando entorno dele.
Na adolescência ela ganha uma família, descobre o sexo e o álcool, joga xadrez e mais xadrez, passa por mais uma perda, perce seus medos, desenvolve um grande vício e reencontra uma amiga.
O que me deixou mais presa a história foi o fato de Beth conseguir ser determinada, focada e insistente, mesmo depois de tudo que passou. A empolgação em aprender, mesmo que fosse só sobre xadrez, a perseverança em querer ser a melhor e com isso lutar e não desistir, foi realmente impressionante.
Esse livro vale a leitura. Ele mostra que se de fato queremos algo e lutarmos por isso com toda a dedicação, conseguimos.