Rita 02/12/2022
A Biblioteca America em Paris
A narrativa é gostosa de acompanhar e a alternância de narradoras não prejudica a compreensão da estória. Porém faltou mais emoção diante do drama da circulação proibida de livros na Paris ocupada durante a SGM, de ter a biblioteca vigiada pelos soldados alemães, dos leitores que solicitavam livros e o acesso era restrito. O foco ficou tanto na visão de Odile, que não sentia a gravidade dos fatos sendo sempre poupada pelos sacrifícios dos pais, do irmão, dos amigos (Margaret que o diga...) que a estória acaba perdendo força. Há certa emoção quando o foco é Lily, mas a narrativa acaba parecendo uma ficção juvenil. O título do livro não condiz com a realidade... a biblioteca é americana e localizada EM Paris (o acervo é composto por livros da classe 810/820) e não a Biblioteca DE Paris (na qual gritaria a classe 840 - Balzac, Diderot, Hugo, Stendhal, Dumas, Rimbaud entre outros). De qualquer forma, aqueceu um pouco o coração ao ver o trabalho de bibliotecários sendo reconhecido e o destaque para os livros e a leitura.