Resenhas -

Núbia Cortinhas 14/07/2023

Baseado em fatos reais.
A autora conseguiu prender a minha atenção nesse drama que vai intercalar as narrativas de duas personagens em épocas diferentes, mas que o destino as unirá. Com uma escrita elegante, fluída, arrebatadora, instigante e que provoca reflexões, confesso que foi difícil parar com a leitura deste livro até finalizá-lo.

   Este romance foi baseado em fatos reais. A autora trabalhou na Biblioteca Americana em Paris (BAP), quando ficou sabendo em 2010, sobre a história heroica da equipe que manteve a BAP aberta durante a Segunda Guerra Mundial.
   A autora pesquisou durante anos para escrever este livro e até conheceu os filhos do Bóris, um personagem muito querido e funcionário da Biblioteca aquela época.
   A trama tem como plano de fundo a ocupação alemã em Paris, e a autora retratou muito bem toda a escassez, a repressão imposta pelos nazistas e a perseguição aos judeus e aos estrangeiros oriundos dos países aliados; assim como toda a mudança do comportamento social de uma sociedade assolada pela guerra.

   Este é um livro que vai além do romance, sendo repleto de camadas e mensagens nas suas entrelinhas. É um livro onde as personagens principais tem as suas qualidades, mas que não são perfeitas somente, assim como nós não somos perfeitos, elas são repletas de defeitos, pois são teimosas, egoístas, imaturas, invejosas. Logo, uma acaba sendo o espelho da outra e quando há o confronto, será que a amizade falará mais alto?
   Também pude refletir na leitura que no decorrer da vida nós perdemos o contato com as pessoas que fizeram parte do nosso passado, seja pelos mais diversos motivos.

   Um livro que vale muito a pena ler e se emocionar; e que recomendo com certeza.

Carolina165 15/07/2023

Um excelente livro
Livro intenso, emocionante e cheio de acontecimentos; o que faz com que não fique maçante mesmo com o grande número de páginas. Personagens humanos, que têm defeitos e cometem erros. Um livro muito bonito e que vale muito a pena ler.

"Nem sempre as pessoas sabem o que fazer ou dizer. Tente não usar isso contra elas; nunca se sabe o que há no seu coração. Não tenha medo de ser diferente. Defenda o seu terreno. Em períodos difíceis, lembre-se de que nada dura para sempre."

"Amar é aceitar alguém, em todas as suas partes, até aquelas de que a gente não gosta ou não entende."

Janaina Edwiges 21/04/2023

Entregar livros será a nossa maneira de resistir!
Este romance talvez não agrade aos leitores que só estejam acostumados com histórias de Segunda Guerra que despertam grandes emoções e aflorem os sentimentos de maneira mais dolorosa, como as que contam relatos dos sobreviventes dos campos de concentração. Mas nem por isso deixa de ser uma narrativa repleta de sensibilidade, especialmente por se basear na determinação dos funcionários da Biblioteca Americana de Paris em manter o espaço em funcionamento durante um dos períodos mais perversos da história, pois tinham plena consciência do poder dos livros.

O escritor Carlos Ruiz Zafón nos disse uma vez que "cada livro, cada volume que lemos, tem alma. A alma de quem o escreveu, e a alma dos que o leram, que viveram e sonharam com ele" e, nesta obra, Janet Skeslien nos mostra o belíssimo trabalho feito pela biblioteca: de enviar livros para os soldados e também para os sócios judeus, que não poderiam mais frequentar o local. Manter a biblioteca de portas abertas foi, sem dúvidas, um grandioso ato de resistência contra esta guerra tão nefasta.

O desfecho poderia ser mais detalhado, achei um pouco corrido. As reações dos personagens secundários diante das decisões tomadas pela protagonista, reveladas mais no final da história, poderiam ter sido melhor desenvolvidas pela autora, uma vez que essas pessoas eram parte central da vida da Odile. Queria ter visto a visão delas do fato ocorrido, mas entendo que a escolha da autora foi narrar em primeira pessoa. De qualquer maneira, esta história me proporcionou muitas reflexões sobre relações familiares e amizade. Acredito ser uma boa indicação de leitura para quem ama esta boa mistura entre ficção e fatos históricos. 

Edson 20/07/2023

O poder do livro de criar pontes
Uma bibliotecária francesa, numa biblioteca americana em Paris, que narra a rotina do seu trabalho, de sua paixão pelos livros e do seu conturbado amor em plena Grande Segunda Guerra Mundial.
Antes da guerra, as cordialidades se revezam; faz-se planos para casamentos? afinal na paz ninguém se conhece. Até que a França é invadida pelos nazistas, que sem resistir e sob pressão, os franceses começam a revelar tanto quanto seus algozes, suas maldades, denunciando judeus e por questão de conveniência se aliando amorosamente aos invasores.
Mas o que supera todo esse enredo exaltado é a cultura através dos livros. Estes são pontes que unem franceses a estrangeiros e até mesmo alguns nazistas que se esforçam para manutenção da BAP. Pois, seja qualquer a posição de classe ou política, os livros tinham a força de amenizar as tensões. É importante frisar a união também de gerações em décadas distantes, pois o livros narra a amizade da personagem principal Odile com coadjuvante Lilly, que próximas trocam experiências de vida e ensinamentos.
Por se tratar de fatos reais, esse romance foi sem dúvida um dos melhores que já li. Outro fato são as citações a outros livros reais da época que eram apreciados pelos personagens e curiosamente investiguei e salvei. Logo concluo sua importância, pois este me estimulou para futuras leituras.

Michela Wakami 14/07/2023

Que leitura deliciosa!
Eu amei tanto ler esse livro, ele me trouxe tantas emoções, com citações maravilhosas e momentos inesquecíveis.

Aqui o sofrimento está em toda parte, e através dele, vemos erros e acertos.

O final na minha opinião deixou a desejar.
E teve mais alguns pontos que me incomodaram na história.

Com certeza eu sentirei saudades dessa leitura.
Pois tem muitos personagens aqui, que ganharam de formas diferentes o meu coração.

Rogéria Martins 19/07/2023

Sentimentos múltiplos em relação a este livro. Gosto bastante de coisas que têm histórias como "pano de fundo" e com ele não foi diferente, já que aqui a segunda guerra é abordada constantemente.

A narrativa é fluida e carregada de trechos bonitinhos, os valores e questões abordados são realmente emocionantes. Infelizmente achei que a autora deixou a desejar no desenvolvimento da história, pois o livro é parado e depois acontece um monte de coisa ao mesmo tempo, é até difícil de digerir.

ritita 24/09/2021

Livraaaaço!
Livros sobre bibliotecas e/ou livrarias sempre me interessam, já li vários, uns muito bons, outros medianos, mas este fez a diferença.
Uma narrativa que além de contar sobre o amor dos bibliotecários que nela trabalhava, fala-nos sobre as dificuldades de continuar atuante durante a 2ª guerra, com os nazis sempre querendo fechá-la, principalmente quando os EUA entram na guerra.
Como assim uma bibioteca do inimigo?
Conta-nos também sobre a engenhosa e perigosa forma que eles encontraram para continuar atendendo seus sócios judeus.
Ah, as referências a livros são tantas que desistir de marcar.
O livro introduz toda a beleza das bibliotecas proibidas dentro da história de Odile, que ficamos conhecendo a fundo quando ela, já idosa, está nos EUA e tem como amiga a curiosa e intrometida Lily. E que história!

Bárbara 27/11/2022

Belíssima leitura
Gostei muito do livro. Fiquei pensando como a falta de maturidade e a inveja faz das pessoas. Mas assim como eu estudante de biblioteconomia, o amor pelo livro é maior que tudo.

Graziela Delazir 26/02/2022

Baseado em fatos reais, o livro transcreve em duas épocas diferentes intercalando entre Odile e Lily. A história conta a rotina de odile na biblioteca americana de Paris e todo o processo de como a guerra transcorreu e como fizeram para proteger os títulos proibidos.
E de como Lily vira amiga de Odile em sua velhice.
Achei a história ok, fácil.
Mais fiquei esperando algo a mais.

@somaisumparagrafo 27/09/2021

@somaisumparagrafo
Em uma Paris de 1939, Odile Souchet vem curtindo uma deliciosa fase da vida com seu emprego dos sonhos na Biblioteca Americana de Paris e a vivência de uma intensa paixão. Todavia, com a eclosão da Segunda Guerra Mundial e a chegada dos nazistas na cidade, sua vida sofre drásticas mudanças. Juntamente com seus colegas de trabalho, eles se unirão a Resistência usando a arma que possuem: os livros. Estados Unidos, 1983, o caminho de Odile cruza com o de Lily, sua vizinha adolescente. A paixão de ambas por idiomas proporcionará um contato mais intimista, que logo despertará em Odile lembranças há tempos trancafiadas.

???

?Os livros são ar fresco inspirado para manter o coração batendo, para manter o cérebro funcionando, para manter a esperança viva. O nosso trabalho é muito importante para ser interrompido agora. Afinal de contas, continuar nos mantendo e ter esperança numa contribuição mais ampla à humanidade é alguma coisa.?

Baseado em fatos e pessoas reais, essa é uma história sobre família, amor, amizade e lealdade, mas acima de tudo, é uma história sobre o poder dos livros. Com personagens humanos e falhos, acompanhamos a jornada de corajosos e heroicos bibliotecários que desafiaram os nazistas, arriscando suas vidas para ajudar pessoas, levando em meio as atrocidades da guerra conhecimento e esperança por meio da literatura.

Com uma narrativa linear e sem grandes acontecimentos, a história é contada entre alternâncias de tempo, tendo a versão jovem de Odile no passado e sua versão idosa no presente, disposta a ajudar uma adolescente solitária a enfrentar a vida. Apesar de ser um livro que fala muito sobre livros, infelizmente não me conectei com a história e seus personagens, mas não posso negar o fato de ter sido uma leitura fluida e que trouxe boas reflexões sobre nossas impulsividades, a inveja e as consequências dos nossos atos.

?As pessoas são esquisitas, sem sempre sabem o que fazer ou dizer. Não use isso contra elas. A gente nunca sabe o que há no coração dos outros.?

Andréa Marcela 16/02/2022

a história é muito interessante pois nos mostra uma visão francesa de que não acreditavam que a guerra iria acontecer e chegar até ali... não só chegou mas fez o pior lado das pessoas aflorarem...

Joice272 04/05/2022

Sobre guerras e livros
Eu sempre gostei de livros ou filmes que tivessem como base a segunda guerra mundial. Mas, este livro é mais do que um relato sobre a guera. Ele carrega a sensibilidade e a força que os livros podem dar a qualquer pessoa.

Neste momento da minha vida se eu fosse escrever seria um livro como A Biblioteca de Paris, o chamaria, Os livros que Habitam em mim.

Foi o livro que me resgatou a leitura e me tirou de um abismo. Quantos abismos poderia ter me atirado? Quantos abismos eu pulei?

CelsoGF 16/02/2022

Atrum post bellum, ex libris lux
O ritmo do livro é um tanto lento, porém o ritmo perfeito para esse tipo de história.
O foco nos detalhes, e atenção nos vários aspectos da vida das pessoas em Paris durante a ocupação nazista na Segunda Guerra, te deixa realmente imerso nessa experiência.

Suellen.Hosoi 13/02/2022

Um livro doce, encantador, curioso. Te fala da guerra, de seus horrores, mas de forma "branda". Fala dos amores, dos livros, de amizade.

Loren 31/01/2022

Odile e Lily
O livro conta a história de odile uma francesa que viveu momentos muito difíceis na segunda guerra mundial e se mudou para Froid uma cidade no estado de Montana nos EUA. Sua vizinha Lily é uma adolescente na década de 80 e elas acabam se tornando grandes amigas! Eu não amei esse livro, na verdade achei difícil me conectar principalmente nas partes que contam sobre o período da guerra. Curti muito mais ler os capítulos da Lily.