Maisa @porqueleio 08/12/2021Uma premissa interessante, mas pouco aproveitada.Helen Lambert é uma empresária bem-sucedida que acabou de separar do marido, curador de um museu. Eles tinham uma vida feliz, estavam há muito tempo juntos, mas Roger estava obcecado com a curadoria do museu.
A fila anda, e ela topa um encontro às cegas, conhecendo Luke Varner. Ele não parece fazer muito o tipo de Helen, mas os dois começam a conversar, até que chegam num momento bem bizarro: Luke insiste que a conhece há anos, na verdade, desde 1895. Mais ainda, uma das pinturas do museu do ex-marido, datada de 1896, tem Helen como modelo.
É assim que passado e presente começam a se mesclar. Helen passa a ter lembranças de vidas passadas enquanto sonha, e começa a acreditar que esteja enlouquecendo, já que pode sentir o cheiro, as texturas de suas vidas anteriores.
Ela se lembra de Juliette, uma jovem camponesa de 16 anos, tendo August como vizinho, um pintor que se encanta pela menina – pois é, já começamos bem errado, não é Marchant? A mãe de Juliette, uma bruxa, fica completamente enfurecida e faz um feitiço - feito num momento de raiva, impulsivo e cheio de erros, e as consequências moldarão a vida da família.
A estória gira em torno das vidas de Helen, que não sabe que vive uma maldição e não tem memórias das vidas passadas... até que tudo desaba de uma vez. A fantasia é pouco explorada, menos ainda os poderes de Helen, que se descobre uma bruxa, mas que pouco faz verdadeiramente com seus poderes.
Ao final, a autora consegue amarrar todos os acontecimentos e eventos, mas tem uma solução fácil para um problema que nunca foi de fato o foco da trama. Ao menos, para mim.
A escrita é fluida e, à exceção dos gatilhos, foi fácil ler. Gostei das descrições das épocas em que a protagonista viveu. O livro é recheado de referências ao cinema, arte, música e fotografia.
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