Lula

Lula Fernando Morais




Resenhas - Lula: Biografia


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barbaramr7 14/12/2022

a gente realmente não tem dimensão da vida e da relevância desse homem pro brasil enquanto um país um pouco mais igualitário, com um pouco mais de oportunidades.

gerações mais recentes, como a minha, precisam dessa leitura pra compreender o papel do Lula como líder sindicalista e toda sua trajetória nessa área.

a cronologia às vezes se perde um pouco, mas a escrita é excelente!
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Julius 13/12/2022

A história de um conciliador.
A propagação do ANTI-PETISMO, a queda de um partido, a ascensão de um facista e a cassação de uma figura política de suma importância para o Brasil.
A biografia nos dá uma panorama geral da vida de Lula, se inicia com o processo da Lava-jato passando para a prisão da personagem até a sua soltura, ao fim desta passamos para o seu passado.
O autor narra tudo com muita clareza toda a trajetória, sua origem humilde, seu trabalho como metalúrgico e sua formação sindical que dão base ao que viria a ser aplicado em seu mandato presidencial.
Uma biografia não só de uma figura política, mas também de uma parte da história do Brasil.
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Lucas1429 08/12/2022

À democracia
Traçar a cronologia do maior líder político brasileiro desde a redemocratização não caberia em apenas um volume. Fernando de Morais já prometeu o próximo, que deve fechar a saga de Lula, com posicionamentos de suas três derrotas e, conseguinte, a tríade de vitórias à presidência.

Morais contextualiza a introdução desta biografia pelo período político mais turbulento de Lula - não foi a greve do ABC nos anos 80, muito menos o contracheque do petrolão ou os indícios da Lava Jato - mas a retaliação óbvia de adversários justiceiros, culminando em sua prisão, no ano de 2018. A partir disto, relatos do passado e presente glorificados do líder social mais importante de nossa militância ganha contornos para entendermos quem o cerca, como se faz movimentos políticos, e ainda, a formatura de sua sobriedade coletiva.

Dada a conjuntura inicial, a emboscada jurídica parcial a Lula, após sua soltura e decisão de se candidatar a presidente (os ventos sopraram a nosso favor), Morais, a seguir, dá a ré na linearidade, conduzindo-nos à trajetória pregressa, seu nascimento e criação pobres, sua inserção no universo proletário e sindical até, enfim, o despertar de seu percurso nacional. São resgatados disciplinarmente familiares, amigos e parceiros que concatenaram no seu vulto constituído.

Não faltam excelentes reconstituições das construções partidárias, a guerra sangrenta contra o inimigo maior do Estado, a própria ditadura, e a luta "gradual e lenta" da retomada civil, com aporte de Lula à frente da comissão em favor do povo e da democracia.

Indiferente às paixões ou juízos (intercala acertos e erros do personagem verossímil), o autor se concentra e se compromete à singeleza de seu biografado; é sincero e justo, portanto, nos brindando com a legalidade deste grande símbolo e agente de brilho ímpar, único vindo do operariado, para confirmar que a favor da progressão e liberdade de um povo, três vezes nunca é demais.
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Guilherme.Eisfeld 07/12/2022

Fernando Morais é o mestre das biografias
Fernando Morais é primoroso na escrita, dividindo a biografia em dois volumes, e este primeiro pautado em dois momentos cruciais: a prisão estapafúrdia em 2018 e a vida sindical, culminando na criação do Partido dos Trabalhadores. Nível de detalhes tremenda.
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Alef 27/11/2022

Uma história admirável
O livro conta a história de Lula de quando chegou a São Paulo até quando se elegeu deputado. Antes de mais nada: tive minhas críticas e as exponho abaixo, mas é um dos melhores livros que já li. Muito bem ritmado, a história é muito bem contada e o livro é uma peça de informação. Suas 400 páginas se fazem curtas, e eu termino o volume ansioso para ler o próximo. Foi meu primeiro livro do Fernando Morais, e o fecho querendo ler mais. É certamente um escritor de mão cheia.

O primeiro quarto do livro, do primeiro ao sétimo capítulo, são sobre o período da Lava Jato. Eu achei esta primeira parte proselitista, uma apologia do lulismo, meio que de alguém que já achava o Lula inocente a despeito do que sequer fosse possível descobrir. Estou convencido, e não somente pelo livro, mas pelos acontecimentos recentes, de que Sérgio Moro foi um juiz imparcial que não fez justiça a Lula. Contudo, não é por exposição dos fatos que tornam Moro parcial (o que só aparece no sétimo capítulo) que o autor parece ter se convencido da inocência de Lula, mas meio que porque o Lula é o Lula. Me senti lendo uma defesa apaixonada muito bem escrita e rica em detalhes nessa primeira parte, e achei que o tom se afastou um tanto de uma biografia neutra. Entretanto, o brilhantismo da obra, mesmo nestes primeiros capítulos que acabo de criticar, não é ofuscado.

Do capítulo 8 até o 17, o livro brilha. A luta sindical misturada na vida pessoal de Lula é uma história gostosa de ler, de saber, e o autor, na sua mistura de excelente escritor de posse de uma excelente história, acaba por construir uma peça literária de maestria: a história de Lula de quando chegou a São Paulo até quando se elegeu deputado é emocionante. Lula tem história de Presidente.

O apêndice do livro é fraco no que não demonstra seu ponto, que é, supostamente, demonstrar que a parcialidade da mídia é o que influenciou o país a prender Lula (através dos processos em Curitiba) e grudar a pecha de "corruptos" no PT. A relação de causalidade não é demonstrada pelos gráficos que se mostram. Acho sim que a mídia teve lado, e o livro o demonstra também, mas uma demonstração de que a mídia foi o que determinou a opinião pública não foi feita. Lula foi condenado por corrupção, e isto, no Brasil, é muito grave para a população brasileira. Assim, os ataques midiáticos foram mais ingredientes desse caldo grosso da opinião popular, e não o espessante. Não vejo como poderia ter sido diferente.

E não acho, a partir dessa leitura, que o Ministério Público combinou com Moro, com o TRF-4, com o STJ e com o STF para que Lula fosse condenado. O autor parece querer fazer esse ponto, ou algo parecido, ao longo do livro, mas não o faz, e sim parte dele como premissa do raciocínio que se põe. Lula foi condenado porque havia prova. Da sentença condenatória ele recorreu, e acabou inocentado porque se provou que o juiz não era imparcial, o que anula todo o processo.

Enfim, achei o livro maravilhoso e recomendo a todas e todos a leitura.
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lara 25/11/2022

lula biografia
muito bom, porque nao conta so a historia do lula, mas tambem de um lado da politica durante a ditadura, da redemocratização do brasil
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srtvbkl 20/11/2022

Aguardando o segundo volume!
Leitura fluida e intensa! A cada página um filme se construía em minha mente, como se vivenciasse os momentos.

A forma como o livro é escrito também (quase de trás pra frente) possibilidade uma reconstrução de todo ocorrido. Certamente uma obra importante para a história do nosso país.
Gustavo195 20/11/2022minha estante
??




Pedro 20/11/2022

Que personagem!
Lula é um personagem incrível e cheio de mudanças de trajetória. Um cara complexo e sua história se confunde com a evolução (ou involução) da história política brasileira! A escrita é fluida como um romance e a alternância da linha cronológica mantém a narrativa interessante do começo ao fim!
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Denise Ximenes 16/11/2022

"Que ninguém jamais ouse duvidar..."
Lula foi mais um egresso do conhecido quarto de despejo. Uma vida dura, daquelas em que se vende o almoço pra garantir o jantar.

Essa biografia conta as durezas vividas por Lula desde a meninice até a descoberta da farsa da Lava-Jato, quando foi, enfim, inocentado.

A história todos conhecemos... e meu destaque aqui é para a bandeira de toda a sua jornada - o combate à fome, traduzida pela luta por direitos trabalhistas; pela idealização de programas de incentivo à educação; e pela extrema importância dada aos programas sociais.

De operário a presidente, Lula é um brasileiro digno do nosso reconhecimento - gostemos dele ou não. Carolina de Jesus tinha razão quando disse que o Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome. Do contrário, os pobres jamais migrarão do quarto de despejo para a sala principal da sociedade brasileira.
Joao 16/11/2022minha estante
Morrendo de vontade de ler essa biografia.


Janaina Edwiges 16/11/2022minha estante
Ótima resenha, parabéns!


Denise Ximenes 16/11/2022minha estante
Obrigada, Janaína! ?


Evelyn 16/11/2022minha estante
Adorei a resenha, professora! ??


Denise Ximenes 16/11/2022minha estante
Obrigada, Evelyn! ?




helenaslodk 12/11/2022

Perfeito!
Perfeita a maneira como o autor consegue transmitir toda a história do presidente Lula de maneira clara, bem explicativa, mas sem parecer parecer um livro didático. O livro não segue a ordem cronológica da vida dele, mas pelo momento da prisão em 2018 até o momento da anulação em 2019. A partir disso, a história passa pela infância, adolescência e juventude, mostrando como ele se tornou um líder sindicalista, e por fim uma figura política com a criação do PT.

Outro ponto da escrita é que contextualiza o momento que o Brasil estava passando, trazendo números e dados, e outras figuras públicas. Tem tantas reviravoltas que o Brasil e a vida dele parecem um filme. Estou ansiosa para a continuação, mostrando ele na corrida para presidência ao longo de 1989 e dos anos 90, até a sua posse em 2003 e quem sabe sobre tudo o que aconteceu pós 2019.
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oteatrodosvampiros 12/11/2022

OITAVO ANJO
Querido povo brasileiro,

sabe a sensação que existe quando chegamos ao final anticlimático do remake de ?Duna?, de Denis Villeneuve? Ou o cliffhanger que surge no desfecho melancólico de ?Guerra Infinita?, da Marvel? Um sentimento de que assistimos a grandes filmes, porém, incompletos? Foi como me senti ao terminar esse Vol. I do Barba, escrito pelo lendário Fernando Morais.

A segunda parte já está em construção como mencionado no posfácio dessa primeira. Além de abordar outras tretas da vida de Luiz Inácio ? como suas derrotas presidenciais ?, haverá, obvia e provavelmente, um espaço dedicado à eleição de 2022, a maior e mais desafiadora desde a nossa redemocratização. O fato de abordar esse confronto e a histórica vitória contra o líder da extrema-direita brasileira, Jair Messias Bolsonaro, faz o restante da trajetória de Lula, como as sequências cinematográficas dos exemplos acima, ser mais atrativa.

Dito isso, bora para as impressões da parte um da biografia do político mais votado do planeta, com aproximadamente 240 milhões de votos.

Existe uma certa parcialidade em Morais porque ele, o autor, estava presente em vários acontecimentos do livro e sua história de vida cruza com a história de vida do filho da Dona Lindu. Por esse motivo, ?LULA - Biografia - Volume I? é, ao mesmo tempo, uma Bíblia para os simpatizantes da luta e um Necronomicon para seus detratores. Mas, preferências políticas à parte, temos aqui uma obra bem escrita, onde as páginas são suaves como a brisa de domingo e há fotos e gráficos caprichados que engrandecem o conteúdo.

Destaque para:
* os laços do biografado com a baixada santista;
* pelos relacionamentos amorosos anteriores a Dona Marisa;
* pelo papel da igreja católica na política;
* por detalhes de sua prisão;
* para a concepção do PT.
E, particularmente, por certa magia envolta no dia 12 de maio. A mãe de Lula faleceu em 12 de maio. A data de fundação do sindicado de São Bernardo é em 12 de maio. Luiz abriu uma empresa chamada Doze de Maio.

12 de maio é a data do meu aniversário.

Em 1° de janeiro de 2023, Luiz Inácio Lula da Silva subirá a rampa do Planalto pela terceira vez.

E, assim como o presidente eleito, Fernando Morais ainda terá muito trabalho pela frente.

?A partir de agora, se me prenderem, eu viro herói. Se me matarem, viro mártir. E, se me deixarem solto, viro presidente de novo.?
2016
Denny's 12/11/2022minha estante
Excelente!!!!!!!!!!!!!




Julia.Mota 09/11/2022

Finalizei!!

Livro maravilhoso, primeiro volume conta vários momentos marcantes na história de Lula, o início no sindicado dos metalúrgicos até a criação do PT, seu início na política e traz um pouco dos acontecimentos recentes como a prisão de Lula.

Não tem como negar que Lula é uma das figuras mais importantes da história do Brasil, independente da opinião política, ele é um grande líder.
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Lucas 08/11/2022

Lula: uma senha que, quando dita, desperta o lado passional de praticamente qualquer brasileiro (a)
Nenhum outro nome possui tanto potencial inflamável quando colocado em evidência no contexto atual tão rachado a qual vivemos: Luiz Inácio "Lula" da Silva é um balde de combustível, capaz de atiçar qualquer lado em qualquer discussão política, de qualquer vulto ou alcance midiático. E por mais que disso resultem debates em sua maioria inócuos, que só aprofundam essas diferenças, é preciso que se entenda e se reflita a respeito deste que é o mais conhecido político brasileiro dos últimos setenta anos.

Deste modo, acredito que é um ato de coragem o que fez o biógrafo mineiro Fernando Morais (1946-), conhecido por obras como Olga (1985) e Chatô, o Rei do Brasil (1994): lançar-se à escrita da biografia de Lula, que será publicada a princípio em dois volumes (o primeiro deles, lançado em 2021). Ato de coragem porque, além da questão de divisão que a simples menção a Lula desperta, o autor carrega consigo duas coisas absolutamente preponderantes em qualquer trabalho biográfico: 1) a contemporaneidade com o personagem biografado e 2) a influência que o mesmo exerce sobre o biógrafo, já que Morais sempre identificou-se ao menos parcialmente com os ideais defendidos por Lula e seu grupo político. Com estes dois aspectos, é inevitável que o leitor tenha em mãos um texto que não é totalmente isento, o que prejudica um pouco o caráter informativo universal da obra.

A própria estrutura deste primeiro volume é montada enviesadamente: começa descrevendo o agitado ano de 2018 no Brasil, com a prisão do biografado após desdobramentos da operação Lava Jato. Fernando Morais narra muitos bastidores até então desconhecidos da prisão de Lula e seu posterior encarceramento na Superintendência da PRF de Curitiba. Tanto o estardalhaço da sua prisão bem como um resumo dos 580 dias a qual Lula ficou recluso são o foco dos seis primeiros capítulos. Correspondem, por isso, a parte menos isenta da obra. Entretanto, esta ausência de isenção, ao meu ver, não torna o texto "panfletário" e radical: apenas o foco fica restrito a somente um lado, mas a narrativa não se prima por uma ironia constante, o que enfraqueceria o tom do que é descrito.

Daí em diante, Morais volta no tempo. Primeiramente, ao ano de 1980, quando Lula, então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo/SP, é preso por organizar as primeiras greves trabalhistas desde 1968, as quais fizeram com que cerca de 300 mil operários cruzassem os braços em busca de melhores salários. Essa primeira parada no tempo dura pouco: depois, a narrativa remonta ao início da vida do biografado, nascido em Caetés, distrito de Garanhuns, interior de Pernambuco. Sétimo e penúltimo filho de uma família que depois migrou para Santos, litoral de São Paulo, Lula (e isso é inegável, mas não pode ser usado como justificativa de desvios de conduta) teve uma vida tremendamente difícil e trágica (a morte da sua primeira esposa e filho é um exemplo disso). Mesmo que acelerada, a descrição de Fernando Morais é precisa e choca (Lula e sua família chegaram a morar numa casa com quase vinte agregados, dormindo no chão e ao lado de um sujo banheiro nos fundos de um bar).

Nessa narrativa acelerada que marca este primeiro volume (e a qual termina cronologicamente em 1982, quando Lula e o Partido dos Trabalhadores disputam sua primeira eleição e são humilhados na busca pelo governo de São Paulo), Fernando Morais contextualiza alguns temas que hoje são distorcidos com as mais criativas fake news. Os sindicatos, por exemplo, que muitas pessoas acreditam ser um antro de desocupados e baderneiros ou um inimigo dos empresários, exerciam naquela época uma função social importantíssima para uma classe trabalhadora sem instrução: eles patrocinavam várias ações comunitárias, como oferecimento de cursos supletivos, serviços jurídicos voltados ao trabalho, eventos para arrecadação de recursos destinados à alguma ação social, representatividade em demandas com empresários, interações e confraternizações entre associados e por aí vai. O nascimento do PT como grupo político formado majoritariamente por operários e intelectuais em detrimento de políticos propriamente ditos e não por "maconheiros", "abortistas" ou "defensores da bandidagem e do caos" também serve como exemplo de discussão de arcabouços temáticos atualmente distorcidos. Evidentemente que o tempo passou, muita coisa saiu do rumo, mas jogar todos estes aspectos históricos no lixo pode ser temerário.

Avaliar o personagem Lula é igualmente temerário, porque conforme mencionado no início ele desperta o lado passional, seja de quem o critica ou de quem o apoia. O grande líder da esquerda brasileira dos últimos trinta anos se colocou num papel eu diria maior que o seu segmento político. Não há ninguém em nenhum espectro com a sua capacidade de falar aos mais pobres, aos que vivem à margem de tudo e de todos e por aí vai. Mas a sua imagem, o seu primeiro governo (marcado por enormes avanços sociais e maior inclusão) carrega consigo pontos obscuros, alguns deles imaginados, outros expostos. Estes pontos, entretanto, não devem ser confundidos na formação de uma miríade de preconceitos pela qual ele passou e passa, relacionados à sua origem e história de vida e as quais não devem ser adaptados para rotular mais ninguém. Todavia, sua biografia, seus tempos de retirante e operário jamais podem ser usados como algum fator que abone a sua conduta passada e futura... Enfim, falar de Lula é empregar todas as conjunções adversativas permitidas pela língua portuguesa e, mesmo assim, nem tudo será dito a seu respeito.

Tal complexidade num personagem só pode ser julgada pela mais implacável das juízas: a história. O passar dos anos e das gerações é que vai definir o grau de importância de Lula para o Brasil das gerações que não o viram. E mesmo assim a história não é definitiva: Getúlio Vargas, talvez o político brasileiro mais impactante antes de Lula, não possui um lugar cativo e objetivo na história do Brasil, sendo odiado por muitos e amado por outros. Mas num fato Vargas é destacável: o impacto da sua existência repercute até hoje, quase setenta anos depois da sua morte. Prever qualquer destino histórico para Lula é absurdo, mas saber dimensionar a sua importância histórica, seus ideais (contaminados ou não), seu carisma, o alcance do seu discurso, sua biografia até os trinta anos, entre outros múltiplos pontos, não é assumir uma defesa histérica do personagem. É sim olhar pra frente, imaginar os livros de história que nossos netos e bisnetos irão ler.

Desse modo, a grande restrição desse projeto de Fernando Morais, além da questão ideológica pela qual o biografado prende o biógrafo, é o tempo: Lula só terá uma biografia solidamente isenta quando a tal juíza (a história) tecer seu julgamento, a qual não cabe apelo, nem instâncias superiores. Isso não significa que esse primeiro volume deve ser deixado de lado. Ele oferece sim uma perspectiva unilateral (o que serve de alerta para opositores mais apaixonados), mas com uma descrição precisa do tempo e da realidade que moldou Lula, aqui destacado quase que exclusivamente como um grande líder sindical que peitou um regime de exceção decadente em busca de melhores condições de vida para trabalhadores.
Thiago275 09/11/2022minha estante
Que resenha impecável. Parabéns!




Adriano 06/11/2022

O modo como Fernando Morais estrutura essa biografia de Luiz Inácio Lula da Silva é interessante, abrindo o livro com a recente prisão do presidente, e vários capítulos dedicados à Sérgio Moro, a Lava Jato e o injusto processo que culminou no já citado encarceramento. O biógrafo, em seguida, nos leva a 1980, para a primeira prisão do presidente durante a ditadura militar, e só então chegamos no que se imaginaria ser o primeiro capítulo de uma biografia tradicional: o nascimento, a infância cruel, a adolescência e a juventude repleta de tragédias de Lula. Também acompanhamos o início da vida política do presidente, o processo de criação do Partido dos Trabalhadores, e a importância de Fidel Castro nesse processo.
Embora em alguns momentos eu tenha sentido um certo cansaço, na maior parte do tempo a leitura fluiu bem, e eu me via lendo por longos períodos sem perceber.
Fico agora no aguardo do segundo volume, onde o autor já relevou que irá abordar os bastidores das três derrotas de Lula (uma para Collor e duas para Fernando Henrique Cardoso), as virtudes e os tropeços de seus dois períodos presidenciais, os dois governos Dilma e a crise em que o Brasil foi mergulhado a partir de 2013.
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A. Karoline 31/10/2022

Vale a pena a leitura!
Demorei mas terminei!
Essa leitura mostra o quanto a história de vida do Lula se parece com a história de milhares de brasileiros. Independente se você apoia ou não o Lula, o livro retrata momentos importantes do nosso país. Lula é sim sem dúvida uma das figuras políticas mais importantes do BRASIL!
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