Ro_ 14/01/2022É bom, mas é extremamente arrastadoQuando eu terminei o primeiro livro, eu estava sedenta para começar o segundo. Tive algumas dúvidas que foram plantadas na primeira parte que eu estava buscando suas respostas e que infelizmente não chegaram, além de perguntas criadas nesse mesmo livro que não foram sanadas até o fim da narrativa.
Eu vivo brincando e mencionando a "maldição do segundo livro", que acontece tanto em trilogias quanto séries, que consiste em basicamente o segundo livro ser beeeem inferior ao primeiro e aos demais (com ressalvas, claro, para algumas histórias), e foi o que aconteceu com esse...
O "Essen Tasch" - ou Jogos Elementais - é o foco desse livro, mas se prepare para esperar mais de 370 páginas até ele (e o mesmo não fica sendo narrado por mais de 30/40 páginas). Além de supostos "sonhos premonitórios" que só aparecem umas duas ou três vezes.
Gostei de conhecer alguns novos personagens (como o Alucard que é com certeza meu protegido kkkk), mas eu esperava mais dos que já foram apresentados (e se você shippa alguém, saiba que só receberá migalhas de afeto).
Então sendo sincera, a história é boa, a narração da V. E. Schwab é maravilhosa, mas tem muita encheção de linguiça, muitas cenas que não precisavam ser narradas/apresentadas que só deixaram o livro cansativo. Mas isso não exclui o final. EU AMEI o final (os três últimos capítulos +ou-) que deteve toda a ação que a trama precisava.
??A partir de aqui, se você não leu não recomendo continuar a leitura da resenha??
?Como eu mencionei lá em cima, teve perguntas desde o primeiro livro que não foram esclarecidas:
- Que diaxo é o monograma do Kell? Por que ele tem uma runa de memória do antebraço??? (1° que isso é proibido na Londres Vermelha, mas é permitida e usada na Londres Branca. 2° quem era a família dele?).
?Eu, honestamente, ODIEI como a família real estava tratando o Kell, completamente desnecessário (até porquê quem começou tudo da Noite Preta foi o Rhy - eu o amo, mas não vou passar pano como os reis).
- Tipo, no primeiro livro a rainha exigia ser chamada de mãe e nesse só olha ara o Kell com desprezo???
- E o rei para se esquivar diz ao Rhy que é uma lição, que quando ele erra o povo sofre (maneira merda de demonstrar isso né?!).
?Em um momento é mencionado que o olho do Holland foi ficando preto (a marca do Antari) quando ele era criança.
- Então, teoricamente você não nasce com a marca. Então de onde ela vem?
?Outra coisa sobre Holland e a Londres Branca, para mim toda a narrativa dessa parte foi meio ???. Não senti que serviu de muita coisa para a história (assim, deu um gás para novos acontecimentos, mas nesse exato livro eu achei nada a ver)
- E sério, o que foi a Ojka chegar no Kell e dizer "você tem que vir comigo para a Londres Branca, pipipi popopo a culpa é sua por tudo ter piorado" E ELE FOI. Não questionou, não tentou entender, ele SÓ FOI ??????
?A Lila teve uma grande profundidade nesse livro (o que eu amei, já que gosto bastante dela), mas teve coisas que não fizeram nenhum sentido.
- Tipo, ela quer participar do torneio, DAÍ ELA ROUBA O LUGAR DE UM PARTICIPANTE e não tem nenhuma consequência?? E o cara? Foi colocado em um barco para um lugar longe de onde vive e fica por isso mesmo? Ninguém confere os participantes (já que é um torneio interimperial que pode gerar GUERRAS)? No fim ela perde e ninguém descobre a trapaça?
- Quando o Kell é pres, ela vai ajudar o Rhy a libertá-lo e entra FACILMENTE no castelo. Nenhum guarda a vê? A função não é PROTEGER A FAMÍLIA REAL???
? É nítido que Alucard e o príncipe tiveram um affair, e algo aconteceu que fez o Alucard ser expulso da Londres.
- Mas O QUE aconteceu (isso só é citado, e bem superficialmente)? Por que o Kell o mandou embora? Como ele quebrou o coração do Rhy???
- E outra, antes de ser corsário ele foi pirata, daí ele foi preso e tals. Por que ele foi preso? O que ele fez? Onde ele estava para ser detido junto???
??Foram minhas principais dúvidas e espero que sejam respondidas no próximo e último livro.
É uma leitura boa, mas para mim não foi rápida e também não senti aquela ponte entre o primeiro e o terceiro, sentir que era apenas alguns (muitos) fatos jogados onde a "ponte" ocorreu nas últimas páginas e assim terminou