Bea 28/04/2023
"? Nós, mulheres negras, fomos criadas pra sempre saber qual é o nosso lugar (...) Eu não posso acordar e não ser uma mulher negra, Janet. Eu não posso entrar em um ambiente e não ser uma mulher negra, Janet. No ônibus, no metrô, no trabalho, no refeitório. Barulhenta, impetuosa, atrevida, irritada, respondona, barraqueira, 🤬 #$%!& ."
Acredito que essa frase resume bem, não só o livro, mas a vida das mulheres negras de modo geral.
Sempre colocadas na posição de subserviência, prontas para atendermos os desejos alheios, nunca os nossos. Sempre sexualizadas, mas vadias quando sexualmente livres.
Desde o começo eu percebi que o "romance" com o Tom não voltaria. E eu agradeci por isso, assim como fiquei extremamente feliz quando a Queenie enfim se libertou da obsessão que ela nutriu por ele, porque ele é um bananão que nunca a mereceu.
Eu torci muito para a Queenie, principalmente para que ela pudesse se encontrar e enxergar que ela merecia ser amada e mais do que o bando de perdedores, os quais ela dava qualquer chance.
O livro, apesar de um tema pesado, é repleto de partes muito engraçadas e super fluído. Adorei e já quero ler mais coisas da autora.