Pri Ruppenthal 24/01/2022
Uma mudança.
?MARCELO: Sim, muito bem. Eu fico pensando muito nisso. Se é algo realmente estrutural, uma mudança de paradigma ou até que ponto isso pode ser apenas uma moda. Até que ponto isso pode ser apenas algo passa geiro.?
Nesta coletânea, seis autores bastante diferentes entre si compõe um mosaico de temas e nacionalidades e debatem sobre literatura e derivados no mundo contemporáneo.
Teresa Cárdenas rememora o nascimento do seu fascínio por livros durante a infância pobre em Cuba. Nadifa Mohamed apresenta a história de Filsan, uma jovem militar somali enviada para uma difícil e perigosa missão. Jeferson Tenório e Cidinha da Silva compartilham suas trajetórias e influências como escritores e leitores. Por fim, registramos uma conversa histórica entre Allan da Rosa e Marcelo D'Salete, na qual discorrem sobre os mais variados assuntos passando por literatura, música popular brasileira, revoluções -, jogando luz sobre os avanços e tropeços de um país que ainda precisa confrontar seus fantasmas.
É um livro curto, rápido de ler e cheio de informações importantes. Um conhecimento sobre a importância dos valores negros, da inserção cada vez mais forte da literatura negra numa sociedade onde a maioria dos escritores são brancos. Tem histórias da luta de uma sociedade que merece respeito e não comparações por causa do seu tom de pele. A qualidade das literaturas é analisada por quem escreve, seu intelecto e não seu tom de pele. Vale a pena a leitura, só achei que tinha mais histórias fictícias, não achei que fosse como uma autobiografia.
Nota: 3.5/5.0
?A boa literatura sempre transforma mentes, espírito, a maneira de ver a vida. Um bom livro pode ensinar, orientar, moldar leitores. Todos nós podemos ser educa dos, instruídos pelos livros. E minha literatura tem essa missão. Embora eu escreva para todas as pessoas, em primeiro lugar quero que as crianças e a juventude negra se sintam representadas por meio de minhas histórias..?