Nadaa 03/01/2022
Pobre.
Eis que eu decidi ler este livro, e meus caros, que experiência um tanto decepcionante.
A palavra que define esse livro é: Pobre.
Pobre de enredo, pobre de ambientação, pobre de desenvolvimento de personagem, pobre em tudo o que se propôs a fazer.
Mas bem, começamos do inicio.
Um toque de escuridão é um livro ambientado em uma era moderna, o que particularmente me deixou intrigada em saber como a autora teceria a sua narrativa de modo que esse livro fosse ao menos algo a se notar em meio a tantos outros livros sobre deuses que já existem, porque convenhamos, estórias sobre deuses já são algo saturado, porém mesmo assim eu como uma boa fã de mitologia grega que sou, não largo o osso. Ainda mais quando isso envolve uma das minhas lores favoritas, que é Hades e Perséfone .
E talvez seja esse o maior motivo da minha decepção com esse livro.
Porque ele poderia ter sido algo, mas acabou sendo mais um nada, tudo porque a autora optou por seguir um rumo para lugar nenhum.
Difícil.
Vamos aos pontos negativos:
? A péssima ambientação.
No começo as descrições eram até que decentes, mas do meio para o final tudo era jogado de uma forma porca pra cacete. O submundo ( que eu estava super ansiosa para conhecer) foi descrito de uma forma tão, mas tão sem nexo e sem graça, broxante até.
? O enredo.
Tá, tudo bem que a autora quis seguir para um rumo um tanto... questionável, eu aceitei isso, porém até isso ela não soube administrar, sabe? Tudo era MUITO rápido e MUITO raso. Os capítulos pareciam pequenos trechos corridos em sequencias de um comercial de uma novela pastelão (com péssimos atores devo dizer).
Aaaaah e o grande problema da personagem que a seguiu por 24 anos da vida dela? Foi solucionado em um estalar de dedos com a **** do Hades. Sim, isso mesmo, a **** dele.
E O QUE FOI AQUELE PLOT NOS 45 DO SEGUNDO TEMPO? SERIO AUTORA? O QUE É ISSO? AFTER? Por que fez isso quando nem o plot principal você soube desenvolver?
Agora vamos falar do que me deixou com mais raiva desse livro.
? Os personagens.
Como sempre os secundários não existem sem os protagonistas, aparecem e desaparecem em um piscar de olhos, não acrescentam em nada na narrativa.
Os antagonistas então kkkkk, um mais sem graça que o outro, desenvolvimento? Nenhum tem. Inclusive toda a treta da protagonista com os três é resolvida em dois capítulos. Sim, todo um drama do cacete foi resolvido em >dois< capítulos. Da forma mais enfadonha possível.
Agora sobre os protagonistas, Hades e Perséfone, ou melhor, o ceo bilionário e a mocinha inocente e batalhadora, porque é só isso que eu consigo pensar quando imagino eles.
Eu não consigo tecer um elogio ou mesmo uma crítica a eles, tudo porque não há nada de personalidade, são tão rasos quanto a piscina do meu primo de três anos. Por mais que a autora insistisse que havia um "amor" entre eles eu não senti isso em nenhum momento, talvez porque eles fossem só mais uma versão de um casal de ya.
Hades foi uma decepção, esperava um personagem no mínimo um pouquinho complexo dado os seus milhares de anos, mas pelo visto isso era algo que a autora não queria de forma alguma, pois a cada oportunidade de construir o personagem ela fugia como eu fujo do trabalho. Que pena. Foi realmente um pouco difícil de assimilar quando abri o livro e me vi de cara com outra versão piorada do rhysand, que por si só também é outra versão de morenos sarcásticos, poderosos e saturados.
Como eu disse, esse livro poderia ter sido algo, mas no final não deu em nada.
Mas se você gosta de livros rasos, personagens sem carisma e completamente esquecíveis, com muitas cenas de sexo ruins de dar pena, esse livro é pra você. Bj.