Driely7 07/02/2024
O bardo tem meu coração
Gosto muito de The Witcher e fiquei muito interessada nos livros depois de assistir a série, porque ouvi dizer que eram muito melhores. A princípio eu não duvidei, porém não vou fazer comparação aqui porque a série é tão semelhante com os livros como "o c* de uma cabra e um trompete", já diria Geralt.
A leitura é muito mais fácil do que eu imaginava, então não foi um problema, apesar de haver muitas palavras e termos que eu não fazia, e nem tenho a mínima ideia do que se trata. Mesmo assim, foi uma delícia de ler.
Os capítulos são, cada um, um conto diferente de uma aventura do Geralt, mas não são lineares. As histórias me deixaram muito satisfeita e entretida, pois apesar de não parecer, julgam e tratam de uma pauta naquele universo de maneira discreta (às vezes nem tanto).
Como:
Elfos sendo tratados de forma hostil e desdenhosa por serem diferentes, como Filavandrel fala: 'Mesmo que seja apenas o formato das orelhas'.
Confesso que sempre tive um relacionamento de amor e ódio com os elfos dessa fantasia, mas acabo sempre simpatizando mais.
Vou citar apenas esse, pois foi o que mais me deixou interessada.
A construção do mundo, as mágicas, a alquimia, as criaturas e a geopolítica desenvolvida desse primeiro livro, são DELICIOSAS. O que é uma mandrágora? Uma quimimora? Um leshy? Não faço a menor ideia. Por que os reis e rainhas não conseguem ser pessoas decentes? Vai saber. Alguma erva que a Nenneke usa é real? NÃO LIGO.
E mesmo não entendendo bulhufas, é satisfatório ler esse universo tão complexo e cheio de magia, porque sinto que existe, e que aquelas pessoas ali são reais, apenas tratando de coisas que eu não domino. 10/10
Dito isso, a melhor parte do livro, no top 1, está Jaskier, ou Dandelion, ou Julian, ou o trovador. Não tem como não gostar dele, um ícone do humor. A aventura do Geralt fica muito mais fluída de ler quando ele aparece, ao menos foi como me senti. Cinco estrelas.