@bookss505 20/04/2024Em “A sala de espera da Europa” temos o relato da quadrinista Aimée de Jongh que em 2017 viajou para o campo de refugiados na ilha de Lesbos. O campo visitado por Aimée é o Karatepe e nele as condições de vida eram melhores e estas abrigavam pessoas vindas de diversos lugares como Irã, Síria e tinham o intuito de se refugiar na Europa. Tanto que a Grécia é constantemente chamada de “sala de espera da Europa”, pois é nela que os refugiados aguardam até saberem se poderão permanecer ou não. A quadrinista conta que na época a ilha contava com dois campos de refugiados, sendo que o primeiro campo as condições de vida para as pessoas que ali se encontravam eram muito mais precárias
As visitas feitas nesse acampamento não permitiam câmeras, então a quadrinista desenhou tudo que lhe foi permitido. Aimée mostra como eram os iso-boy, contêineres que abrigavam as famílias, o que faziam na maior parte do tempo e as condições dentro do acampamento. Toda a história mostrada por Aimée emociona muito, pois vemos crianças que sofrem de Transtorno de Apego Reativo, famílias que passaram por diversas coisas e se mantêm esperanças com recomeçar uma vida segura na Europa.
No final da HQ temos uma breve atualização para as condições atuais desses refúgios. Nenhum dos acampamentos mencionados na HQ estão em funcionamento hoje, mas em 2022 a Grécia recebeu cerca de 72 mil refugiados por conta da invasão da Rússia à Ucrânia e anunciou proteção temporária de um ano para essas pessoas e criou cerca de 140 postos de trabalho. Até 2023 a Grécia tinha cerca de 17 mil refugiados.
Essa leitura mexeu muito comigo, mas acho que é muito importante ter conhecimento sobre a situação de vida dessas pessoas. É uma leitura importantíssima, principalmente com as guerras e invasões que estão acontecendo atualmente.