Resenhas - O vento sabe meu nome

Nicole Pazzini 05/02/2024

Livro com tema relevante - imigração
Primeiro livro que li da autora, gostei muito da leitura, flui bem, embora no início eu tenha ficado um pouco perdida, mas ao fim, todos os personagens e histórias se encaixam.
O livro começa com a história de Samuel que mora em Viena e vê sua vida virar de cabeça para baixo com a eclosão do nazismo. Sua mãe o envia para a Inglaterra com a intenção de o proteger. Samuel vai apenas com seu violino.
Em outro passo, temos Anita, uma criança de El Salvador que pega um trem junto de sua mãe na tentativa de chegar até o Estados Unidos, mas ao chegar, mãe e filha são separadas diante da nova política de imigração.
Já Letícia que após ter que ir para o hospital (com o pai), afastado da sua aldeia e ficar internada por um tempo, ao receber alta, é informada sobre o pior, por seu pai.
Por fim, Selena Durán é uma assistente social que trabalha com imigrantes, na busca constante pela garantia de direitos mínimos. Selene conquista a ajuda de Frank Angileri, advogado renomado, para que a auxilie a unir Anita e sua mãe novamente.

É um livro muito reflexivo que abarca diversos temas relevantes.

Indico a leitura.

Fofinho 05/02/2024

Sobre Dor, Compaixão e Pertencimento
Cerca de um ano atrás, tive meu primeiro contato com a escritora através de sua obra "A Casa dos Espíritos", livro que me encantou por seu realismo mágico e retrato de uma América Latina multifacetada.

Sem saber nada sobre "O Vento Sabe Meu Nome", decidi confiar na escrita da autora e me joguei de cabeça na leitura. O primeiro capítulo é de partir o coração: humano, bruto, injusto e triste.

A história se entrelaça de forma orgânica e misteriosa, sendo, por grande parte, indecifrável o desfecho. Como pessoas tão distintas em tempo e espaço podem se encontrar? Talvez fosse esperança minha esse encontro físico, já que a autora mostra a semelhança de suas histórias, seu encontro com um mundo cruel.

A dor é cíclica, mas compaixão, carinho e amor também.

Barbara 04/02/2024

Ler Isabel Allende é sempre um prazer e sem dúvidas esse é o livro mais diferente que já li da autora, talvez isso tenha feito com que a leitura demorasse a "engatar".
Um livro que trata de questões históricas como holocausto, pandemia, imigração e tudo que essas situações trazem consigo na vida das pessoas é dilacerante. Cada um dos personagens com sua característica advindas de suas vivências, e como todos se conectaram no final foi especial.

Por se tratar de um livro mais curto, e de estar acostumada a ler as obras da autora, confesso que senti falta da profundidade que sei que ela é capaz de dar para os personagens e o enredo da história. Mas, isso de forma alguma fez com que a experiência tenha sido menos fantástica.

Katia.Scott 03/02/2024

Isabel Allende escreve eu leio
Histórias de guerras, guerrilhas e as pessoas tratadas com desumanidade e irracionalidade.
Eu tinha acabado de ler A Lebre com Olhos de Âmbar, que é história verídica da saga da família judia Ephrussi, banqueiros na Áustria, que foi perseguida e pulverizada pelo continente europeu e americano pelo Nazismo.
Este livro de Allende, começa com o episódio da Noite dos Cristais, ocorrido em Viena, início da II Guerra, comandada pelo partido Nazista, mortes e destruição dos judeus habitantes da cidade. Os sobreviventes que puderem, vão emigrar para longe das ocupações germânicas.
Allende quer nos chamar atenção para a história da intolerância mundial, que pode ser até ensinada em escolas com políticas de imigração e economia de mercados, e dentro de vários governos do mundo desestrutura a convivência dos homens e convulsiona a harmonia planetária.

Marcella.Rabello 01/02/2024

Dos 5 livros que li da Isabel, esse foi o que mais me emocionou! De leitura fácil e envolvente, me conquistou do início ao fim! Perfeito!

day 30/01/2024

Emocionante
O vento sabe o meu nome e o teu também
Que livro maravilhoso, como sempre isabel allende trazendo o melhor de si em páginas que emocionam .
O livro é muito tocante, crianças, perdas ,traumas ,guerras e recomeços.
Um livro que mostra que as dores estarão sempre conosco, mas aprendemos a viver com elas .
Trauma não se supera ,a gente simplesmente aprende a viver com ele .

Carol Wilt 29/01/2024

Um livro emocionante demais. A autora nos faz acompanhar histórias de personagens que foram arrancados de suas famílias por situações extremas e que precisam, de algum jeito, aprender a viver com seus traumas. Uma escrita primorosa.

Rafaela.FP 28/01/2024

Uma realidade não tão distante
Comecei o livro com sentimentos mais distantes, pois a história se passa em uma época distante, Noite dos Cristais. Com o passar da leitura confesso que me perdi em situações e momentos, mas do emionpara fim o entrelaçar das relações me pagaram em um lugar familiar de compartilhar e se ajudar o outro. Todo mundo carrega suas cicatrizes.

Ver com coração (e coragem).

Aninha 24/01/2024

Escrita impecável! Será minha nova escritora favorita?
Eu tinha grandes expectativas com esse livro e com essa leitura, mas nem de longe imaginei que impactaria a minha vida de maneira tão sublime como foi. Emocionante, real, atroz, inspirador e tocante?esse livro é muitas coisas. Nada melhor para falar sobre a imigração do que uma própria imigrante que tanto enfrentou desafios, traumas e reconstruções em sua trajetória de vida. Eu já me sentia bastante comovida pelas histórias de pessoas refugiadas e imigrantes, depois dessa leitura e de mergulhar de cabeça na imensidão de caos, temor e sacrifícios não tem como não se simpatizar com essa causa, saber estender a mão e ser um afago em meio ao caos tem um valor imensurável, levarei essa narrativa comigo para sempre, estou extremamente sensibilizada e grata a Isabel Allende por escrever e retratar esse livro com tanto afinco e sensibilidade, nos mostrando uma realidade nua e crua que precisa ser debatida todos os dias para que a justiça e a humanidade cheguem a todas as pessoas. Fascinada e impactada!

Irene 22/01/2024

Um livro sobre a vida.
Poucos autores conseguiriam falar sobre temas tão pesados com tamanha leveza, Isabel Allende nos leva a uma viagem que atravessa mais de 80 anos de história, entrelaçando a vida de personagens que experimentam o melhor e o pior da existência humana.

Da ascensão do nazismo a pandemia de covid 19, passando pela luta pelos direitos civis nos EUA e ditaduras da América Latina, a autora nos faz caminhar por acontecimentos históricos através da vida de duas crianças separadas de suas famílias em momentos distintos, que experienciam os mais profundos sentimentos e sofrimentos de quem é submetido ainda muito jovem a crueldade humana, mas que também encontram pessoas capazes de amar, de acolher e de se arriscar para salvar um desconhecido.

Esse não é um livro com grandes reviravoltas, é um livro sobre a existência, sobre relações, sobre o que temos de melhor e de pior, tudo o que nos faz humanos, escrito com uma fluidez só comparável a própria vida.

Isabel Allende é, sem sombra de dúvidas, uma das autoras que mais me identifico e esse livro só não leva nota máxima pois não acho que seja o melhor livro da autora, A casa dos espíritos continua sendo sua obra prima.

Ãrtemis 21/01/2024

Durante a leitura me interessei tanto pela história individual de cada personagem quanto pelo contexto social e real que é descrito.
Um dos aspectos que mais me prendeu foi a curiosidade de saber como a vida deles iria se entrelaçar, e a resolução não decepciona.
Histórias tristes, emocionantes e encantadoras.

Alana - @cantinho_.literario 18/01/2024

Sabe aquele livro que a gente não dá nada, mas acana entregando tudo?
Pois é, "O vento sabe meu nome" me conquistou pela capa, mas as histórias (que se entrecruzam) me cativaram mais ainda.
Um livro para torcer, chorar e se emocionar. Incrível!

Vic 16/01/2024

Impactante, para dizer o mínimo. O impacto e o peso já podem ser previstos pelo título: O vento sabe meu nome. O contexto que dá sentido a esse título, no entanto, trouxe uma profundidade muito maior a ele que eu poderia imaginar no início da leitura.
O Vento Sabe Meu Nome conta algumas histórias, sendo a de Samuel e Anita as histórias principais. Histórias que se entrelaçam por um ponto em comum: um sofrimento ao qual ninguém (sobretudo crianças) deveria ser submetido. As histórias são contadas separadamente, e, conforme o livro se desenvolve, se entrelaçam de maneira fluida, aos poucos esse entrelaçamento ganha sentido e o cenário geral da história pode ser compreendido.
Foi uma leitura que me deixou bastante reflexiva, os eventos criminosos e catastróficos dos quais os protagonistas são vítimas são bem conhecidos por todos, mas é diferente ver a história de vida de alguém sendo contada a partir da marca de algo que muda a trajetória de uma vida inteira, mesmo que sejam histórias ficcionais. Senti muitas coisas, tristeza, raiva, esperança... Esperança, principalmente, de que o final fosse diferente, mas já sabendo que para a história ser verossímil, não haveria outro fim possível. O romance no meio trouxe um pouco de leveza pra narrativa, acho que sem ele não teria conseguido ler tão rapidamente.
Fazia tempo que eu sentia falta de ler um livro que me fizesse sentir vontade de ler cada vez mais, essa leitura me permitiu revisitar esse sentimento.

Paty Gazza 15/01/2024

Isabel Allende, cê tá bem?
Jamais imaginei que acharia um livro da Allende decepcionante, mas esse aqui foi :(
Ele é mais raso que as outras obras que li da autora - muita coisa ela conta e não mostra, tem desenvolvimento de personagem que acontece de uma página para a outra, outros nem isso têm. Fiquei com a sensação de que houve muito corte na edição sem ajuste no texto.
Apesar disso, fora a qualidade da escrita, eu gosto muito de como ela sempre dá foco para países que normalmente ninguém liga (nesse caso, El Salvador) e como ela aborda temas super pertinentes e atuais, por mais espinhosos que sejam. Aqui vemos, na maior parte da narrativa, o problema dos refugiados nos Estados Unidos durante o governo Trump, quando muitas famílias foram impiedosamente separadas na fronteira e tratadas com violência e brutalidade.
Acho que para quem nunca leu nada da autora e se sente intimidado, essa é uma boa porta de entrada.

taisbellini 13/01/2024

Enredo envolvente, contemporâneo
De início, demorei para engrenar no livro, não havia entendido a dinâmica, mas em seguida fui completamente envolvida pelo enredo e não conseguia parar de ler. Isabel Allende entrelaça diversas histórias, completamente diferentes, sempre com um elo em comum: as vidas afetadas pelas políticas de ódio e discriminação. Adoro histórias assim, onde várias narrativas se conectam e criam uma dinâmica interessante e que prende o leitor. Isabel Allende é uma das minhas autoras preferidas, mas ainda acho A Casa dos Espíritos sua melhor obra, não só pela narrativa mas pela maneira da escrita. Tenho a sensação que os últimos livros dela estão mais diretos no ativismo, sem sutilezas e com menos complexidade na construção do texto. Não que eu não concorde com suas visões, mas prefiro narrativas mais indiretas. De qualquer forma, é um excelente livro, com histórias muito interessantes e personagens envolventes, uma delícia de ler!