Maria1691 25/03/2024
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É incrível como ver a história sob outro ponto de vista faz a gente mudar completamente as considerações a respeito dos personagens. Na primeira trilogia, com o POV da Avery, eu detestava o Grayson, achava ele insuportável e tal. Quando fiquei sabendo que em Os Irmãos Hawthorne os POVs seriam divididos entre o Jameson e o Grayson, eu não gostei muito, mas acabei me surpreendendo. Consegui entender melhor o lado do Grayson e embora eu ainda não goste dele, eu o respeito mais do que antes, solidarizo-me.
Outra coisa que me incomodou MUITO, é a forma como o Tobias Hawthorne foi sendo mostrado nas memórias e até nos pensamentos dos meninos. Quando eu li a primeira trilogia com o ponto de vista da Avery, eu adorava o velho. Achava ele uma pessoa incrível, passava pano para os “crimes” que ele cometeu, mas aqui, deu pra ver toda a manipulação dele na infância dos meninos, a cobrança tóxica que ele fazia com eles. Embora eu ainda passe pano para ele, sim. Para mim, Tobias Hawthorne assemelha-se muito a Alvo Dumbledore: Velhos inteligentíssimos que manipularam o adolescente protagonista e que embora sejam pessoas muito boas, não são o tipo de gente que você gostaria de decepcionar.
Toda vez que a doação dos bilhões de dólares e a vaca ruiva (vulgo Emily) são mencionadas, uma fada morre.
Eu sei que a Eve sofreu muito na infância dela, a rejeição e o abandono que ela sofreu, mas que coisa chata, toda vez que ela interage com o Grayson ela vira a rainha da Coitado Lândia. “Eu sei que não importa para você. Não importo para ninguém”, a cena deles na piscina, que a Avery viu no terceiro livro,, mas que só aqui a gente sabe qual foi a conversa, que coisa chata essa menina falando que ele deve ter muita pena dela, que não que lá. Cala boca minha.
Perdão. (Mas eu ainda acho que eles dois tem que ficar juntos).
Prosseguindo, o Jameson, sem comentários. Além de bonito, inteligente e rico ele ainda me vem com a família do pai dele ser de onde é. Acho bom ele começar a desenvolver um sotaque de lá. E a cena dele de fraque e cartola, que nem um aristocrata inglês dos anos 30? Lindo demais. Eu consegui imaginar direitinho.
A sensação que eu tive é qu emuitos dos enigmas estavam mais complicados qu e costumavam estar nos outros livros. Não sei se eu estava mais desatenta, mas pareceu que alguns detalhes não foram passados ao leitor, estavam claros apenas para os personagens.
Adorei como a interação entre os 4 (Nash, Grayson, Jameson e Xander) foi mais aprofundada, os sos não são apenas para se encontrarem e resolverem o problema do que solicitou a reunião, mas também para eles se apoiarem e se confortarem com a companhia uns dos outros. Muito lindo.
A Gigi é perfeitamente uma versão feminina do Xander, embora o Xander não se force a ser assim. Aliás, deu muita pena dela quando ela disse que agia assim para satisfazer o pai deles. A Savannah, por outro lado, é uma versão feminina do Grayson, com um ótimo gosto musical para se concentrar.
Senti falta da Libby, Max, Oren, Alisa e até da Thea? Sim. Mas sei que são personagens que interagem mais com a Avery, então não teria muito motivo para aparecerem nesse livro.
É isso. Espero muito que a série tenha mais uns 10 livros depois de O Grande Jogo (que só será lançado nos EUA dia 30/07) e Games Untold (que há apenas algumas semanas a autora enviou o manuscrito para a editora estadunidense).
PS: Eu sou muito incrível e consegui descobrir qual era o segredo do Jameson.