As três Marias

As três Marias Rachel de Queiroz




Resenhas - As Três Marias


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Pri | @biblio.faga 07/10/2020

Rachel de Queiroz (1910-2003) foi uma das primeiras mulheres cronistas do Brasil; a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (1977) e a segunda a ser premiada pela instituição, recebendo no ano de 1957, o Prêmio Machado de Assis; a primeira mulher a receber, pelo conjunto de sua obra, Prêmio Camões (1993), premiação que visa consagrar um autor que tenha contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural da língua portuguesa.⁣⁣
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Embora rechace a denominação de feminista, Rachel já declarou ter lutado contra os formalismos, as convenções, os tabus e os preconceitos - inconformismo facilmente perceptível nas protagonistas dos seus livros: mulheres fortes, determinadas e marcantes.⁣⁣
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O seu quarto romance inaugura uma narrativa em primeira pessoa, que, por meio de relatos autobiográficos e uma linguagem intimista, recorda o período em que estudou em um internato de freiras: o Colégio Imaculada Conceição.⁣⁣
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Socorro Acioli no ensaio biográfico “Rachel de Queiroz: a palavra é feminina” classifica (e com muita razão!) a obra “As três Marias” como “seu livro mais lírico, quase memória, onde relembra os doces tempos de colégio. Um romance feito com amor e talvez com o desejo de voltar no tempo”.⁣⁣
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No livro, a protagonista Maria Augusta (Guta) veste a pele da autora; Maria da Glória e Maria José, por sua vez, tomam como inspiração suas duas amigas, Odorina Pinheiro Castelo Branco e Alba Frota.⁣⁣
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As três Marias, apelido atribuído às jovens por uma das feiras, exemplificam quais eram, à época, as principais [e poucas] possibilidades disponíveis as mulheres: casamento, vida religiosa ou a “perdição” de aventurar-se mundo afora. Aqui visualizamos seus sonhos, dúvidas, medos, amores e anseios, que nada obstante dispares, são semelhantes a condição de mulher.⁣⁣
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Embora seja o meu terceiro contato com a autora, tendo sido muitíssimo apreciado as outras duas leituras anteriores [eu já li “O Quinze” e “Memorial de Maria Moura”], esse, com certeza, desponta como o meu favorito. ⁣⁣

É notável o amadurecimento da escrita, a sensibilidade na narrativa, a sinceridade nas palavras que, embora muito digam, também sabiamente muito calam. Rachel deve ser lida nas entrelinhas. É impossível não se encantar ou se sentir representada em uma de suas personagens.⁣

Por fim, como bem colocou Mário de Andrade, o domínio da língua e a beleza de sua escrita são inegáveis.⁣

Uma experiência maravilhosa.⁣
Leitura recomendadíssima.

site: https://www.instagram.com/biblio.faga/
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Ariadne 18/09/2020

Primeiro livro que leio da autora. Escrita super envolvente, tanto que terminei a leitura no mesmo dia que comecei haha. Não sabia que Rachel era uma mulher tão a frente de seu tempo (pois é, me julguem) e saber do teor autobiográfico do livro só me fez adorá-lo ainda mais
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PJ 15/09/2020

Para o bem ou para o mal, dizem que essa obra de Rachel de Queiroz seria, em matéria de estilo, o seu romance mais diferente daqueles que ela havia escrito ou que ainda iria escrever. Para mim, esse livro quase auto biográfico, beira à perfeição! A escrita é melodiosa. É um livro pra se dançar enquanto se lê porque as palavras soam como música!
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Robson 09/09/2020

De uma beleza sem igual

Rachel é conhecidíssima por seu romance, 'O Quinze', publicado em 1930, quando tinha apenas 19 de anos de idade. Desde então, a escritora nordestina se tornou um importante nome na nossa literatura. Ao ler 'As três Marias' não há como negar o grandioso talento de Rachel. Escrito de forma quase autobiográfica, acompanhamos através dos escritos de Maria Augusta, quase como um diário, sua vida desde a entrada no colégio interno de freiras, até o início de sua vida adulta, quando vemos se acentuarem as suas reflexões sobre a vida.

No colégio de freiras, Guta conhece quem viriam a ser as ''duas outras Marias'', Maria José e Maria da Glória, que tal como a constelação de Órion, se tornariam, a partir daí, inseparáveis. É interessante ver como, ao longo do romance, Rachel traça o destino de cada uma das personagens a partir dos desdobramentos iniciais de suas vidas e, principalmente, de Maria Augusta.

Esta, como certamente todas as outras obras de Rachel, tem uma importância significativa na nossa literatura, ainda mais quando pensamos nas protagonistas femininas e na própria história de vida de Rachel.
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Ingrid249 31/08/2020

Um livro ou um diário?
As Três Marias acompanha a história de três amigas: Maria Augusta, Maria José e Maria da Glória, desde a época do colégio. A história é contada na visão de Guta, e na primeira parte da narrativa, temos lembranças dispersas da época do colégio, sem seguir uma linearidade. Eu senti uma ambiguidade nessa parte, uma relação de amor e ódio com o colégio. Viver naquele pequeno mundo, cercada das amigas, era bom, mas ao mesmo tempo, não era. Da pra sentir a angústia de ficar preso ali, anos e anos, sem ver o mundo o real, tendo a infância prolongada, sem crescer de verdade. Essa parte carrega uma crítica ao sistema educacional da época também.
Depois disso, acompanhamos Guta se adaptando ao mundo real, crescendo, caindo na realidade de uma forma que o colégio não pôde prepará-la. Tenho a impressão de que ela passa a história inteira perdida, tentando se encontrar, que seus amores são frutos da sua imaginação, que todos aqueles anos em que ela foi obrigada a viver apenas de sonhos no colégio deixaram uma marca permanente, pois agora as experiências continuam sendo mais parte da cabeça dela. Falando em amores, muito difícil para mim situar que na época um namorado mal pegava na mão! Tem um certo encanto, talvez, mas essa repressão é triste. Em certos momentos de reflexão da personagem, me peguei perguntando quanto daquilo ali era Guta e quanto era Rachel.
Eu me senti melancólica a maior do livro. É como ler as memórias de alguém, como ler um diário, e a vida e a morte são tratadas com uma delicadeza simples. Eu estou angustiada até agora, pensando no relato daquela vida que parou ali, mas a história continua e a gente não sabe o que aconteceu.
Gostei muito de conhecer essa escritora, pretendo ler outras obras dela! Sua prosa poética atemporal ainda encantará inúmeras gerações, tenho certeza.
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Soliguetti 28/08/2020

Prosa poética
Um livro muito lírico em que a deliciosa e melancólica narrativa carrega o enredo, simples mas sucinto. Nessa obra de teor auto-biográfico, Rachel de Queiroz narra maravilhosamente a vida de Maria Augusta e suas duas outras amigas, Maria José e Maria da Glória. Os sabores e dissabores vividos por cada uma em diferentes períodos são estrinchados e apresentados ao leitor numa linda prosa poética.
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Lara.Militao 24/08/2020

O final me deixou mal
Meu deus to mal, Rachel como sempre sendo super crua nas suas escritas, é super bom de ler, fácil e gostoso mas tal hora arranhou meu coraçãozinho.
Lia Trajano 05/11/2020minha estante
Também achei o final deprimente, não é um bom livro para ler quando a pessoa estiver baixo astral.




João Bruno 24/08/2020

No ensino médio, todos somos obrigados a ler, diria até socados goela abaixo, a maioria dos clássico brasileiros, e por causa destas circunstâncias, eu por muito tempo amaldiçoei a existência da maioria dos autores nacionais.

Dentre eles, Rachel de Queiroz, que eu me lembro de ter lido O Quinze nessa época, mas tamanho era meu desgosto e minha raiva, que sequer lembro do que fala o livro.

Mas, assim como muitas coisas da juventude são deixadas pra trás ou aprimoradas com o passar do tempo, hoje indico e garanto que a literatura brasileira é uma das mais importantes e mais belas do mundo, já li, reli e conheci muitos desses autores tão odiados anteriormente, e hoje são meus preferidos.

Infelizmente, ainda tenho um resquício desse meu modo de pensar antigo, que ainda me atrapalha, tenho um certo preconceito com autores que não brilham sob os mesmos holofotes de por exemplo, Machado de Assis ou Guimarães Rosa, e ao meu ver, Rachel de Queiroz faz parte desses autores que não possuem o mesmo hype de alguns outros.

Mas, mais uma vez, eu me enganei ....

A forma como esse livro foi escrita é genial, acompanha a Maria Augusta desde sua infância até sua idade adulta, e nós não percebemos onde essa mudança acontece, simplesmente acontece, mais ou menos como a nossa vida, quando deixamos de ser criança e passamos a enfrentar o dia-a-dia da vida adulta? Quando terminamos os estudos? Alguns, sim. Quando casamos? Geralmente. Mas alguns idosos continuam crianças ao cuidar dos netos ... Então, essa transformação, essa mudança na vida, é sutil e subjetiva, exatamente o que acontece no livro, quando percebemos, aquela criança de outrora, agora lida com amores fracassados, com a depressão, com a morte ...

"Deixei de olhar para o mundo, que sempre me parecera tão bonito antes - o céu, as paisagens, as flores. Tomei horror a rosas - flores de enfeitar mortos, flores de enterro, feitas para cheirar dentro de caixões e por cima de túmulos."

Rachel de Queiroz me mostrou acima de tudo o poder que tem um livro, o poder que tem a escrita, um poder de transformação, de esclarecimento, e de dúvida também, incredulidade.

Pra mim o livro tem que ser assim, não apenas uma história "era uma vez" e "viveram felizes para sempre", isso é passatempo, mas o livro tem de ser, nem que seja nas entrelinhas, no inconsciente, um instrumento de transformação, um mapa, um professor.

Livro indicadissimo, uma história quase que real, que me fez refletir sobre como a vida passa e não nos damos conta, como damos valor ao que não deveríamos e negligenciamos o mais importante.

E reforçou ainda mais minha impressão de que a literatura brasileira é uma das mais incríveis do mundo.


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Grifo no Kindle 19/08/2020

Amizade
Três moças de nome Maria se conhecem em um colégio de freiras e desenvolvem - mesmo sendo três pessoas tão diferentes - uma amizade sincera que se desenvolve ao longo do tempo
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Thamara 04/08/2020

Muito bom
Um livro muito leve de ser lido, porém é uma história forte, que nos prende e nos ensina a respeito de várias questões!
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Ana 02/08/2020

Ei literatura brasileira, pq tu humilha tanto todas as outras, ein?
Devo dizer que terminei essa leitura há algum tempo, mas acho incrível como ela sempre volta à minha mente. Não deveria ficar tão surpresa, afinal, literatura nacional costuma ter esse impacto na gente mesmo.

As Três Marias envelheceu tão bem no meu coração e na minha mente, sabe? Eu amo lembrar dos momentos da Maria no Rio, em tudo que ela viveu, em sua relação com as outras Marias. Foi uma leitura muito marcante e especial para mim, além de sua escrita tão bela, característica dos nossos maiores autores. Mais um livro que eu gostaria de apagar da mente só para ter o prazer de ler de novo pela primeira vez.

site: https://www.instagram.com/_literariana/
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Lavinia Teodoro 16/07/2020

Ótimo livro
Uma graça! Primeiro contato com a autora.
Adorei a narrativa da Guta no livro, contando sua história de vida, que começa quando dá entrada num internato feminino, aos 14 anos.
Guta - Maria Augusta - acaba fazendo amizade com duas meninas: Maria José e Maria da Glória, e juntas são apelidadas As Três Marias, que dividem entre si confidências, sonhos e frustrações. A história continua até depois que saem do internato e crescem, e nota-se a diferença da fala da Guta enquanto criança e enquanto adulta, sua mentalidade nas diversas experiências que passa ao lado das amigas e sua percepção do que ocorre também na vida delas. É uma leitura fluida e a Rachel é sucinta e direta. Li o livro rapidinho.
Indico
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Babi 01/07/2020

Preciso ler mais Rachel de Queiroz!!
As três Marias é um romance autobiográfico de Rachel de Queiroz, que foi escrito na década de 30 (por ser um livro mais antigo, achei que a leitura não ia ser tão fácil, mas me surpreendi com a simplicidade e a objetividade da escrita). É uma narrativa sobre acontecimentos banais, mas também expressivos, da infância, da juventude e da vida adulta das três Marias: Maria Augusta (a narradora e a personagem principal), Maria José e Maria da Glória, uma amizade que começou no colégio interno Imaculada Conceição em Fortaleza. Apesar da união construída nos tempos de infância, as meninas eram bem diferentes, cada uma com sua noção singular de família, com escolhas distintas de vida e, logicamente, com destinos diversos, mas sempre mantendo aquele elo estelar. Esse é o segundo livro que eu leio da autora, mas particularmente foi um convite pra reler "O Quinze" , ler "João Miguel" e "Caminho de pedras", no mínimo!
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