As três Marias

As três Marias Rachel de Queiroz




Resenhas - As Três Marias


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Felipe 30/06/2020

Rachel de Queiroz
Foi meu primeiro contato com a autora e ouso dizer que talvez seja o último. Primeiramente, antes de falar do livro, falar da autora é essencial.
Rachel de Queiroz foi uma escritora cearense e muito elogiada em sua época pela suas obras, mas uma pessoa controversa. Uma autora que se dizia contra o feminismo e também participou do Golpe Militar de 64 e alegou em entrevistas, não ter se arrependido de ter ajudado nesse processo. Juro que tento entender como essa autora poderia ser contra o feminismo e ao mesmo tempo colocar em seus livros, mulheres protagonistas fortes e contestadoras dos valores daquelas décadas de 30 e 40. Confesso que fico ligeiramente decepcionado, acho uma contradição e talvez se soubéssemos mais sobre a vida de Rachel de Queiroz, entenderíamos seus motivos.
No livro "As Três Marias", temos Guta, que muitos especialistas dizem ser como uma representação da própria Rachel quando jovem. A personagem estudou em colégio de freiras e contesta todo o ensinamento dentro dessa Escola como a hipocrisia das Irmãs em realizar ajudas que não ajudavam em nada os mais pobres e os valores de como uma mulher deve ou não se comportar em sociedade. Essa protagonista também vai questionar sobre o sexo antes do casamento, sobre o amor, sobre a independência financeira da mulher. Como falar que esse livro não é feminista?! Isso que eu não consigo entender, o porquê da autora não gostar dessa definição sobre seus livros. A protagonista, repito, é questionadora, uma mulher a frente de seu tempo e por essas questões vale a pena ler o livro para entendermos sobre o machismo impregnado na sociedade da época.
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Liliane.Alves 14/06/2020

Clássico da literatura brasileira
Meu primeiro contato com a literatura brasileira, depois da adolescência onde tentei por algumas vezes ler clássico brasileiros sem sucesso
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Fernando 11/06/2020

Um pouco de Raquel
Comenta-se que o livro traz muito da biografia de Raquel : sua falta de fé, seus amores secretos, a paixão pela leitura, o feminismo não como bandeira mas como prática..uma mulher à frente do seu tempo.
Nique 11/06/2020minha estante
Vale a leitura?




Let 11/06/2020

Intimidade
Meu primeiro livro de Rachel. Queria ler fazia já muito tempo. Esse romance é um que dói de saudade, de desejo, de solidão, de tudo. Rachel descreve a intimidade de Guta tão perfeitamente que parecia às vezes que eu e Guta éramos uma (e talvez sejamos, também). Se fosse descrever este livro em uma só palavra, seria íntimo. É extremamente íntimo.
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Bel 08/06/2020

Só podia ter sido escrito por uma mulher
Essa frase me marca muito na minha experiência literária, pois na nossa sociedade existe um machismo estrutural em que qualquer livro meloso, romântico e etc é apontado com obra de uma mulher. Entretanto, isso na realidade não se prova verdade, pois esse sentimentalismo na verdade é fruto da idealização de homens sobre o que pensam as mulheres. A realidade das reflexões femininas são muito mais complexas que essa idealização e, sim, podem envolver romantismo sem se enquadrar no clichê, a prova disso é esse livro da Raquel de Queiroz.
O amadurecimento e o crescimento de uma moça é descrito da forma complexa, cheia de camadas e diferenças entre as mulheres da maneira que é. Como eu amo as nossas autoras brasileiras, espero ter oportunidades para conhecer mais da Raquel.
Recomendo demais ??
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Yara 06/06/2020

As três marias
Eu fico impressionada com o talento da Rachel de Queiroz. A forma que ela brinca com sensações nos diálogos das personagens, como faz o leitor se sentir no colégio, o frio na barriga do primeiro amor (e da malcriação também! Hahah)... Quero ler mais obras dela, permanecer nesse universo.
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RafaColletto 02/06/2020

Muito boa leitura, um romance narrado por Maria Augusta, quando vai para o orfanato conhece Maria José e Maria da Glória...
vale muito a leitura.
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Admirável Mundo Literário 18/05/2020

Resenha n° 6 - As três Marias - Rachel de Queiroz
É bastante complicado escrever sobre este livro sem mencionar o contexto histórico que a obra foi publicada e a história de vida da própria Rachel, uma vez que o livro chega a ser quase autobiográfico. Rachel, uma mulher nordestina, é considerada revolucionária, tendo em vista a importância que suas escolhas, escritos e conquistas trouxeram para época. Ao publicar seu primeiro romance e principal obra, O Quinze, com apenas dezenove anos de idade, muitos escritores renomados acreditaram que o romance havia sido escrito sob pseudônimo, comprovando a péssima situação vivida pelas mulheres nos anos 30 no Brasil.

O livro, narrado pela ousada Maria Augusta ou Guta, representando analogicamente Rachel, conta sua história e acontecimentos que, juntamente com suas outras duas amigas, Maria da Glória e Maria José, aludem as três estrelas alinhadas do cosmo e que dão nome ao livro. Guta narra sua adolescência no internato católico e, diferente das outras meninas, Guta era cética quanto aos dogmatismos e ortodoxia da religião. Após formar, Guta retorna para casa e nega qualquer tipo de submissão às tarefas caseiras realizadas pela maioria das mulheres da época e arruma um emprego. Com mais independência, Guta sai de casa e passa a morar com Maria José. Após um tempo, vive findáveis romances, até que uma viagem solitária para a capital carioca lhe apresenta seu grande amor, Isaac.

Com o resumo desses breves acontecimentos, dá a entender que o livro é um romance comum como muitos outros. Mas seria isso se não fosse pela apaixonante forma de narrar os fatos e pela destreza que Rachel consegue expor seus sentimentos e pensamentos, de forma tão rica que a cada parágrafo é uma reflexão que nos traz, sobre religião, vida ou morte, felicidade, amor. Rachel consegue envolver o leitor e dissecar a complexidade da vida e das emoções. Este livro me surpreendeu e trouxe sentimentos desmedidos, assim como trouxe para o grande escritor Mário de Andrade, quando este confessou sobre As três Marias: "me parece ser uma das obras mais belas e ao mesmo tempo mais intensamente vividas da nossa literatura contemporânea."

Nota: 10/10 ✅

site: https://www.instagram.com/p/CAWV8bkD9Bw/
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Susan.Appilt 17/05/2020

Romance "autobiográfico" da Rachel de Queiroz
Me arrependi de não ter lido essa obra linda antes! As personagens são tão bem construídas, todas inspiradas em amigas e pessoas que passaram pela vida da autora.
No começo, a leitura demora um pouquinho a engrenar, mas conforme vamos conhecendo melhor o internato e as três Marias, vamos nos envolvendo com a história cada vez mais.
A escrita é perfeita! Tão leve, envolvente, com análises profundas da vida cotidiana, onde conseguimos nos sentir presentes no sertão nordestino, e sentir também a melancolia que envolve a vida da nossa protagonista. Que história profunda! Fiquei triste com o final e encantada com a escrita da Rachel!
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Isabel 09/05/2020

Uma excelente descoberta!
Não esperava gostar tanto do livro.
Amei a escrita de Raquel de Queiroz e suas críticas sociais, em especial sobra a condição das mulheres àquela época.
O livro é muito fluido, possui várias passagens bonitas, descrevendo paisagens e sentimentos com uma delicadeza ímpar, sem ficar chato ou excessivamente descritivo.
Não dei nota máxima porque o livro merecia ser maior, com mais aprofundamento dos personagens. Mas isso é apenas um desejo meu; não uma crítica ao excelente trabalho da autora.
Quero ler mais livros dela!
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Nélio 08/05/2020

É engraçado como nos enganamos com alguns livros! Quando comecei “As três Marias”, fiquei até triste, pois esperava algo como suas obras primas – O Quinze e Memorial de Maria Moura. A princípio, achei que era um livro sobre três adolescentes descobrindo a vida. Nada de tão encantador, assim. Pela metade do livro, a coisa foi mudando. O livro se mostrou como uma obra digna de Rachel: retratos de personagens que sofreram consequências por ousar transgredir as normas sociais vigentes.
Não é uma obra com tanta ação, mas é uma que já aborda bem a condição feminina, em 1939. Uma Maria se torna uma mãe dedicada e exemplar, outra Maria se entrega à religião, e a terceira Maria, a narradora Guta, não se sentia disposta e capaz de seguir os passos das antigas companheiras. Ela se dispõe a procurar e explorar novos mundos. Ela sempre quis viver sozinha, abandonar família, seguir seu caminho, ser completamente livre e romper com todas as raízes! Longe dos romances melosos e poesias doces que ela lia, a realidade se mostra muito mais difícil do que ela supunha, e Guta descobre o amor, a desilusão, a morte...
Hoje em dia, a pergunta pode ser: a obra é feminista? A autora não gostava desse rótulo, e eu deixo para quem quiser ler sob este olhar mais apurado para dizer ou desdizer a autora. A obra é sobre três mulheres que sofrem e vivem a seus distintos modos. Por mim, gosto de pensar que Rachel buscou construir em sua obra uma investigação bem particular acerca do ser humano, da sua natureza e de seus conflitos. E não por acaso, os seres humanos no livro são mulheres. Há leituras rasas e outras profundas e, se um dia voltar ao livro, irei notar outros detalhes relevantes sobre esta questão.
Como minha escolha da obra foi pelo que era o próximo livro da fila, não sabia nada sobre o seu teor; e meu julgamento vai pelo que fui “coletando” da escrita dela a cada página.
Por fim, reafirmo que gostei, mas não é o melhor livro dela que li. E isso não é tão problemático assim!
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Elinara 07/05/2020

E eu queria ser uma Maria... Será que não sou?
Um livro escrito no final da década de 1930 e tão atual. Conta a história de três Marias, cada uma com suas dores, anseios, sonhos, amores... Mulheres reais, que sofrem, que vivem e que se colocam diante da vida. Rachel de Queiroz nós leva pra dentro das histórias narradas e nos lembra que também somos Marias possíveis e buscamos nossos sonhos, nossa vida.
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Carol Poupette 29/04/2020

Encantada
Encantada com a escrita de Rachel de Queiroz, uma pena ter demorado tanto pra ler essa obra e ter conhecido a escrita desta que foi a primeira mulher a ser imortalizada na Academia Brasileira de Letras.
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Cecilia Rabêlo 16/04/2020

História do meu lugar
História de meninas/mulheres toralmente diferentes, mas vivendo as dificuldades da adolescência, do feminino, das desigualdades sociais. Mais tocante ainda para quem é de Fortaleza e estudou no colégio centenário por ela retratado tão bem.
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