As Três Marias

As Três Marias Rachel de Queiroz




Resenhas - As Três Marias


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Admirável Mundo Literário 18/05/2020

Resenha n° 6 - As três Marias - Rachel de Queiroz
É bastante complicado escrever sobre este livro sem mencionar o contexto histórico que a obra foi publicada e a história de vida da própria Rachel, uma vez que o livro chega a ser quase autobiográfico. Rachel, uma mulher nordestina, é considerada revolucionária, tendo em vista a importância que suas escolhas, escritos e conquistas trouxeram para época. Ao publicar seu primeiro romance e principal obra, O Quinze, com apenas dezenove anos de idade, muitos escritores renomados acreditaram que o romance havia sido escrito sob pseudônimo, comprovando a péssima situação vivida pelas mulheres nos anos 30 no Brasil.

O livro, narrado pela ousada Maria Augusta ou Guta, representando analogicamente Rachel, conta sua história e acontecimentos que, juntamente com suas outras duas amigas, Maria da Glória e Maria José, aludem as três estrelas alinhadas do cosmo e que dão nome ao livro. Guta narra sua adolescência no internato católico e, diferente das outras meninas, Guta era cética quanto aos dogmatismos e ortodoxia da religião. Após formar, Guta retorna para casa e nega qualquer tipo de submissão às tarefas caseiras realizadas pela maioria das mulheres da época e arruma um emprego. Com mais independência, Guta sai de casa e passa a morar com Maria José. Após um tempo, vive findáveis romances, até que uma viagem solitária para a capital carioca lhe apresenta seu grande amor, Isaac.

Com o resumo desses breves acontecimentos, dá a entender que o livro é um romance comum como muitos outros. Mas seria isso se não fosse pela apaixonante forma de narrar os fatos e pela destreza que Rachel consegue expor seus sentimentos e pensamentos, de forma tão rica que a cada parágrafo é uma reflexão que nos traz, sobre religião, vida ou morte, felicidade, amor. Rachel consegue envolver o leitor e dissecar a complexidade da vida e das emoções. Este livro me surpreendeu e trouxe sentimentos desmedidos, assim como trouxe para o grande escritor Mário de Andrade, quando este confessou sobre As três Marias: "me parece ser uma das obras mais belas e ao mesmo tempo mais intensamente vividas da nossa literatura contemporânea."

Nota: 10/10 ✅

site: https://www.instagram.com/p/CAWV8bkD9Bw/
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Susan.Appilt 17/05/2020

Romance "autobiográfico" da Rachel de Queiroz
Me arrependi de não ter lido essa obra linda antes! As personagens são tão bem construídas, todas inspiradas em amigas e pessoas que passaram pela vida da autora.
No começo, a leitura demora um pouquinho a engrenar, mas conforme vamos conhecendo melhor o internato e as três Marias, vamos nos envolvendo com a história cada vez mais.
A escrita é perfeita! Tão leve, envolvente, com análises profundas da vida cotidiana, onde conseguimos nos sentir presentes no sertão nordestino, e sentir também a melancolia que envolve a vida da nossa protagonista. Que história profunda! Fiquei triste com o final e encantada com a escrita da Rachel!
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Isabel 09/05/2020

Uma excelente descoberta!
Não esperava gostar tanto do livro.
Amei a escrita de Raquel de Queiroz e suas críticas sociais, em especial sobra a condição das mulheres àquela época.
O livro é muito fluido, possui várias passagens bonitas, descrevendo paisagens e sentimentos com uma delicadeza ímpar, sem ficar chato ou excessivamente descritivo.
Não dei nota máxima porque o livro merecia ser maior, com mais aprofundamento dos personagens. Mas isso é apenas um desejo meu; não uma crítica ao excelente trabalho da autora.
Quero ler mais livros dela!
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Nélio 08/05/2020

É engraçado como nos enganamos com alguns livros! Quando comecei “As três Marias”, fiquei até triste, pois esperava algo como suas obras primas – O Quinze e Memorial de Maria Moura. A princípio, achei que era um livro sobre três adolescentes descobrindo a vida. Nada de tão encantador, assim. Pela metade do livro, a coisa foi mudando. O livro se mostrou como uma obra digna de Rachel: retratos de personagens que sofreram consequências por ousar transgredir as normas sociais vigentes.
Não é uma obra com tanta ação, mas é uma que já aborda bem a condição feminina, em 1939. Uma Maria se torna uma mãe dedicada e exemplar, outra Maria se entrega à religião, e a terceira Maria, a narradora Guta, não se sentia disposta e capaz de seguir os passos das antigas companheiras. Ela se dispõe a procurar e explorar novos mundos. Ela sempre quis viver sozinha, abandonar família, seguir seu caminho, ser completamente livre e romper com todas as raízes! Longe dos romances melosos e poesias doces que ela lia, a realidade se mostra muito mais difícil do que ela supunha, e Guta descobre o amor, a desilusão, a morte...
Hoje em dia, a pergunta pode ser: a obra é feminista? A autora não gostava desse rótulo, e eu deixo para quem quiser ler sob este olhar mais apurado para dizer ou desdizer a autora. A obra é sobre três mulheres que sofrem e vivem a seus distintos modos. Por mim, gosto de pensar que Rachel buscou construir em sua obra uma investigação bem particular acerca do ser humano, da sua natureza e de seus conflitos. E não por acaso, os seres humanos no livro são mulheres. Há leituras rasas e outras profundas e, se um dia voltar ao livro, irei notar outros detalhes relevantes sobre esta questão.
Como minha escolha da obra foi pelo que era o próximo livro da fila, não sabia nada sobre o seu teor; e meu julgamento vai pelo que fui “coletando” da escrita dela a cada página.
Por fim, reafirmo que gostei, mas não é o melhor livro dela que li. E isso não é tão problemático assim!
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Elinara 07/05/2020

E eu queria ser uma Maria... Será que não sou?
Um livro escrito no final da década de 1930 e tão atual. Conta a história de três Marias, cada uma com suas dores, anseios, sonhos, amores... Mulheres reais, que sofrem, que vivem e que se colocam diante da vida. Rachel de Queiroz nós leva pra dentro das histórias narradas e nos lembra que também somos Marias possíveis e buscamos nossos sonhos, nossa vida.
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Carol Poupette 29/04/2020

Encantada
Encantada com a escrita de Rachel de Queiroz, uma pena ter demorado tanto pra ler essa obra e ter conhecido a escrita desta que foi a primeira mulher a ser imortalizada na Academia Brasileira de Letras.
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Cecilia Rabêlo 16/04/2020

História do meu lugar
História de meninas/mulheres toralmente diferentes, mas vivendo as dificuldades da adolescência, do feminino, das desigualdades sociais. Mais tocante ainda para quem é de Fortaleza e estudou no colégio centenário por ela retratado tão bem.
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E-Mozart 12/04/2020

Uma história um pouco arrastada
A parte do livro que mais gostei foi a fase do internato. A história explora a amizade profunda de Maria Augusta, Maria da Glória e Maria José, daí o nome ?as três marias?. Ao passar do tempo, cada uma toma um rumo diferente na vida. No entanto, após a fase do internato, a história fica meio arrastada é mais focada na personagem Maria Augusta. Como o livro tem poucas páginas, dá pra acabar rapidinho.
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bobbie 17/03/2020

A primeira mulher na ABL.
Rachel de Queiroz escreve, neste seu quarto romance publicado, tanto sobre as banalidades como sobre as agruras nas vidas de três órfãs que se conhecem nos corredores do Colégio da Imaculada Conceição. Não há aqui linguagem rebuscada, tampouco tramas mirabolantes e clímax emocionante. Há apenas a vida dessas três meninas, tão díspares entre si em suas personalidades - uma tão religiosa, outra tão romântica e a terceira, tão aventureira e libertária - embaladas numa trama de bildungsroman (amadurecimento pessoal) com traços de feminismo, questionamentos de dogmas religiosos e atos chocantes para a época retratada. Importante lembrar que Rachel de Queiroz se inspirou declaradamente em suas próprias experiências no mesmo colégio, que frequentou, bem como em duas de suas melhores amizades lá surgidas e que ela levou consigo para a vida.
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Rhebeka.Silva 17/03/2020

Aquele trabalho de escola, que no final te traz algo bom
De uma forma leve e natural Rachel de Queiroz aborda temas como a sexualidade, abandono parental, religião, independência feminina entre outras coisas no seu romance As três Marias. A escrita da autora facilitou a leitura, já que ainda tenho um preconceito literário com clássicos brasileiros, de uma forma precisa ela faz alusões históricas, sem deixar de perder o foco no tema, também fala da realidade da época na qual é ambientada pelas três garotas.
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Ri :) 22/02/2020

Apesar das notícias sobre Rachel não abraçar o feminismo, as três Marias, cada uma à sua maneira, despontam como mulheres fortes e que dão vez ao seu destino. Uma leiturinha agradável, injetando temas delicados (para 1939) de maneira sutil.
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Gleide 85 21/02/2020

Impressionante
Livro maravilhoso que conta a importância da amizade e do amadurecimento.
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Carla.Cerqueira 18/02/2020

Terceira vez que leio!
Essa obra é um clássico! A autora é uma mulher a frente do tempo
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arlete.augusto.1 26/12/2019

Vale a leitura!
Sempre que começo uma nova leitura procuro ter em mente o contexto em que o livro foi escrito. Rachel de Queiroz nos brinda com este belo livro escrito em meados da década de 30, portanto, muitas coisas não poderiam ser ditas às claras, escancaradas, e é com maestria que a autora nos revela fatos até chocantes para a época. Triste estória dessas três meninas jogadas à própria sorte, perdidas, amedrontadas, sem saber como reivindicar seus direitos. Gostei bastante do livro, uma estória simples, mas profunda, delicada, reflexiva.
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