Resenhas - As Três Marias

Valeska 10/03/2018

Tenho tudo na memória..."
Rachel de Queiroz

Vivi 18/02/2018

Gostei
E chego ao fim dessa leitura simples e ao mesmo tempo prazeirosa de ler. Não foi um livro que eu ameii mas gostei muito.
Nunca li nada da autora. Aqui ela relata a história de três amigas Maria da Glória , Maria José e Maria Augusta que se conheceram em um colégio interno cada uma com suas dores já tão pequenas carregando em suas malas já histórias tristes que a levaram para esse colégio de freiras .
Ali elas desabrocharam e seguiram seus destinos. Conhecemos suas vidas e paixôes o papel que a mulher tinha em sociedade que era só casar , cuidar do lar, marido, filhos e dizer amém para tudo. E o que o homem faz de nada interessava.
Foi um livro bem corajoso na época ( 1939) por expor totalmente o pensamento livre da mulher como foi o caso de Guta na trama ( Maria Augusta) já era motivo de ser praticamente jogada na fogueira. Seus desejos, sua sede de liberdade e as escolhas. Era como desnudar a mulher afinal mulher exposta era mulher perdida.O dizer o que se quer, e o que se sonho... Descomungada com certeza. Guta com seu espirito livre não era lá bem vista na época mesmo com sua inocência. Cada uma tinha sua paixão ao seu modo... recatada... que aceita tudo e a que queria um amor arrebatador.
Um livro gostoso nas não apaixonante ao menos para mim.

suellem 03/02/2018

As três Marias
O livro vai contar a história de 3 personagens : Maria Augusta ( guta) , Maria da Glória e Maria José . Três amigas que se conhecem em um colégio interno , com personalidades diferentes e desejos distintos, as três formam um laço de amizade muito grande , andam sempre juntas e recebem o apelido de as três Marias pelas professoras e colegas do internato.
O livro é narrado por Guta que vai contando sobre sua vida desde a infância até a vida adulta, as dificuldade , as alegrias , as amizades , as paixões, a perda da inocência , seguimos guta por toda sua trajetória, suas dificuldades na vida e suas alegrias . E também vamos conhecendo sobre a vida das amigas, através do ponto de vista dela.
Maria da Glória se casa , vira mãe e segue a vida que se esperava da mulher naquela época, dona do lar, boa mãe e boa esposa.
Maria José acaba ficando solteira e se entrega de cabeça a religião , recrimina o pecado e se castiga com noites de longas orações .
Guta sempre tão sonhadora, desde nova , não consegue seguir o caminho das amigas. Sempre sonhou com a liberdade, com os romances dos livros, com uma vida sem regras e se perdia sempre em seus pensamentos. Ela vive de forma plena, longe de tudo que se espera dela. Guta conhece o amor, o romance, a desilusão , a morte bem de perto .
Uma vida cheia de dificuldades , cheia de altos e baixos . Muito diferente da vida que ela sonhava pra si : viver sozinha , livre sem as regras de uma unidade escolar ou familiar .

Um livro muito bonito, tanto pela escrita como pela história. Guta é uma personagem intensa, apaixonante, tão a frente do seu tempo e tão forte .
A escrita da Rachel é maravilhosa , tão tocante , tão bela e tão profunda. Apesar de poucas páginas o livro vai nos fazer refletir sobre racismo, religião e sobre o papel da mulher na sociedade . Rachel descreve esses assuntos tão fortes de forma fluida , leve e em um encaixe perfeito . Adorei o livro, a escrita e a autora pretendo ler mais de suas obras.

drica 27/01/2018

As Três Marias
Primeiro livro da Rachel de Queiroz e já estou apaixonada pela sua escrita. As Três Marias é um livro bem envolvente, de leitura fluída. O livro é narrado em primeira pessoa e apesar de ser uma obra ficcional, trás retratos da vida da autora. É um livro rico, onde cada personagem feminina representa o papel da mulher na sociedade da época. As religiosas, as mulheres do lar e aquela que não quer seguir o padrão, deseja apenas viver para si, sonhadora, porém diversas vezes julgada por seu modo de vida.
Foi um livro que me fez refletir bastante sobre a vida, em relação aos relacionamentos, trabalho, família e sobre a opinião das pessoas diante das nossas escolhas.
Trechos que destaquei:
“E ninguém me entendia, admiravam-se que, depois de tantos anos de reclusão e disciplina, eu só quisesse, só aspirasse à liberdade e aos prazeres proibidos. Como se a prisão acostumasse o prisioneiro, e ele, depois de solto, não desejasse mais nada senão voltar à farda de preso e à ronda noturna no pátio!”
“Comecei a trabalhar. E parecia-me que a felicidade começava. Viver sozinha, viver de mim, viver por mim, livrar-me da família, livrar-me das raízes, ser só, ser livre!

Karolina Novais 18/01/2018

Uma história de três amigas
Uma história de três Marias, da infância à adolescência e o rumo que cada uma seguirá.

Victor Vale 12/01/2018

Essas Marias tão comuns,simples, tão ordinárias em suas vidas e, por isso mesmo, tão possíveis e tão próximas.

Tobias 09/01/2018

Linguagem fluída e límpida
Personagens principais: Maria Augusta (narradora da história), Maria José e Maria da Glória.
Romance de feição autobiográfica, em que a autora conta a história das três Marias, amigas que se conheceram em um internato para moças em Fortaleza.
Rachel de Queiroz desenvolve elaboradas análises da alma feminina, utilizando com maestria a linguagem. Gostoso de ler, o texto flui serenamente, nos envolvendo nos dramas, histórias, descobertas, conquistas e decepções dos personagens.

Sara.Bertaglia 07/01/2018

Poético e filosófico
O começo do livro não havia me prendido tanto. Na minha cabeça parecia ver uma cena de minissérie. No entanto, avançando pelo enredo, comecei a perceber a poesia encrustada nessa obra. A autora trata de temas absolutamente universais como o medo, o pragmatismo da religião, o que é pecado, a solidão, a descoberta da adolescência e da vida.

O livro possui capítulos curtos, que lembram ?flashes?, no entanto, todos são interligados e levam a uma percepção cronológica da vida da personagem principal. É possível acompanhar seu amadurecimento.

Achei que, principalmente no final, surgem muitas divagações filosóficas, e isso prendeu ainda mais minha atenção. Aquele momento em que você pausa a leitura, ergue a cabeça e queima os miolos pensando sobre o que está escrito.

Eu, particularmente, recomendo a leitura.

Jaqueline.Schmitt 29/12/2017

Minha primeira leitura de Rachel de Queiroz, As três Marias, me surpreendeu e encantou: o estilo narrativo da autora, simples, direto e rico; e o enredo, que privilegia personagens femininas ousadas e fortes.

Darwin Oliveira | Seleção Literária 21/12/2017

Quem são as três Marias reais do romance da Rachel de Queiroz?
No vídeo eu revelo curiosidades e as fotos das três alunas do internato que inspiraram a autora Rachel de Queiroz no romance "AS TRÊS MARIAS", lançado pelo clube de assinatura TAG Livros.

site: https://www.youtube.com/watch?v=1Ysktst2bXE

Adriana Scarpin 21/12/2017

“Talvez que o amor da morte seja como o amor por homem, e a gente só se satisfaça, só se console e se cure depois de possuída e extenuada.”

Este é um dos mais palpáveis livros sofre a condição feminina da literatura brasileira, escrito nos anos 30 seu apelo universal e atemporal lhe dão a pecha de clássico instantaneamente, A prosa de Rachel é simples, porém de construção inteligente, delimitando o romance de formação e dando-lhe ares melancólicos e autobiográficos.
Rachel não se considerava feminista, mas "infelizmente" temos que contrariá-la, dar à sua personagem principal que fora inspirada nas próprias recordações pessoais esse grau de independência e desprezo às convenções, ao mesmo tempo que respeita e desenvolve as relações com as amigas de forma que suas personagens femininas são tão mais resplandecentes do que as masculinas, miga, não tem como não te chamar de feminista.

Gláucia 20/12/2017

As Três Marias - Rachel de Queiroz
Publicado em 1939 é um livro de tom extremamente autobiográfico.
Maria da Glória, Maria Augusta (ou Guta) e Maria José se conhecem num internato religioso onde estudam e acompanharemos suas trajetórias através da narrativa em primeira pessoa de Guta, desde o momento em que travam amizade até suas vidas adultas. Mulheres de personalidades tão diferentes, foi interessante acompanhar a evolução e o crescimento de cada uma, numa narrativa direta e quase seca.
Essa edição da tag tem no posfácio um texto de Elvira Bezerra que também aparecerá na reedição da obra pela José Olympio de 2018. Achei muito relevante pois ela faz um paralelo entre os acontecimentos do livro com os da vida da própria autora mostrando que qualquer semelhança com a realidade não é mera ficção. Livrinho de leitura gostosa e agradável e esse texto melhora muito nossa experiência ao projetarmos a protagonista na autora. Ou será o contrário?

#Anafox 17/12/2017

Rachel de Queiroz nos conta uma história centrada em três mulheres, três Marias. A vida de outras mulheres compõem o pano de fundo. Tive a sensação de ler várias histórias de uma única vida , apesar de ser o retrato de várias. As mulheres estão conectadas pela forma que se conheceram: num internato.
Esta foi minha primeira leitura de Rachel de Queiroz. Uma leitura deliciosa, uma escrita poética, e acontecimentos que ficam subentendidos... porque a vida é frequentemente vivida pelo nao dito.

Vanúbia 14/12/2017

Adorei! Um livro desafiador...
Livro maravilhoso cujo enredo gira, principalmente, em torno de três personagens femininas que crescem juntas em um colégio interno, mas que tem histórias de vida diferentes, de forma que cada uma segue um caminho distinto, com suas próprias crenças e dilemas internos e externos. A narradora-personagem, Guta, é surpreendente. Apesar de ter crescido no colégio interno, consegue se desprender de todas as crenças que aprendeu e seguir a sua vida de forma a desafiar o modelo "ideal" de conduta permitida as mulheres de sua época.