Lethycia Dias 09/12/2020Me apaixonei por Augusto e sofri com OlíviaDepois de um término traumático, Olívia decide devolver os presentes dados por seu ex-namorado, mas é surpreendida não só pelo fato de que o antigo apartamento de Rafael agora é ocupado por Augusto, um amigo dele; mas também pelo estabelecimento de uma medida de lockdown em Salvador como forma de conter a pandemia do coronavírus. Assim, Olívia precisa permanecer no apartamento com Augusto e os dois são obrigados a conviver. Conforme se conhecem melhor, eles vão se apaixonando.
Comecei a ler esperando por algo leve e rápido. Acabei me emocionando e me apegando bastante aos personagens. Olívia tem várias inseguranças e traumas e sofre com dependência excessiva. Já Augusto é bastante independente, porém está acostumado a estar sozinho. Além disso, quase toda a comunicação dos dois é mediada por celular, embora estejam no mesmo espaço, pois Augusto é surdo e Olívia não sabe se comunicar por LIBRAS.
Gostei bastante de Augusto pela personalidade dele. É um personagem divertido, carismático e muito interessante. Além disso, adorei as falas dele sobre como pessoas sem deficiência veem pessoas surdas e as segregam, enxergando a deficiência como incapacitante - o que é uma coisa bem preconceituosa. Esse foi o terceiro livro que eu li em toda a minha vida com um personagem surdo.
Ao longo da leitura, eu dei bastante risada, fiquei apreensiva com os conflitos de Olívia e de Augusto e torci bastante para que os dois ficassem juntos. Entretanto, Olívia precisava superar suas inseguranças e isso não podia acontecer de uma hora para outra. Certo acontecimento do fim do livro partiu meu coração de leitora, mas entendo que era necessário para a história.
Foi uma leitura fofa, que me divertiu e emocionou em medidas diferentes. Recomendo para quem busca um livro curto, com romance envolvendo também questões de autoaceitação e com protagonismo negro.
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