guizo | @euguizo 07/03/2021"Só porque o passado foi moldado em sangue, não significa que o futuro também tenha que ser."Lazlo é um jovem bibliotecário que desde sempre foi apaixonado pela enigmática história de uma cidade perdida, chamada Lamento. Ao longo dos anos, os mistérios que envolvem a cidade o deixaram ainda mais curioso e confuso quanto à inexplicável conexão que ele sente por ela. Até que um dia, tudo muda e ele tem a chance de mergulhar nessa história.
Essa é uma daquelas histórias que não devemos saber muito antes da leitura, pois a narrativa que a Laini Taylor nos apresenta é uma grande surpresa para quem gosta de fantasia. Um universo encantador e único, uma escrita fantástica - em todos os sentidos - e personagens interessantes não me deixaram largar essa duologia por nada. A autora acertou em cheio na escrita poética e cheia de metáforas, mas que ao mesmo tempo não soam exageradas ou confusas.
A construção desse mundo foi uma das melhores coisas que li nos últimos tempos. Uma história rodeada por deuses, mitologia e ciência, os sonhos têm um foco e significado muito bonito durante a narrativa. E da mesma forma que a Laini consegue construir uma atmosfera de conforto e fantasia, ela também nos dá um drama bem feito.
Normalmente, continuações me deixam aflito, mas o segundo livro não fica nem um pouco atrás. Falando sobre perdão, empatia e entender que sangue nem sempre é a solução, A Musa dos Pesadelos apresenta uma conclusão que ao início parece confusa, mas que com o tempo mostra a que vem. A inserção de duas novas personagens também nos apresenta mais sobre esse universo, o que me deixou ainda mais interessado nessa mitologia. Se a Laini Taylor escrevesse 20 continuações, eu com certeza leria todos eles sem cansar.
Provando que fantasias não precisam de reviravoltas a cada capítulo ou batalhas épicas, Um Estranho Sonhador consegue se mostrar uma história humana e sensível, e que com certeza vai ocupar um lugar muito especial no meu coraçãozinho.
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