Carla Verçoza 26/05/2022
No segundo livro da trilogia Esboço, temos novamente a escritora Faye. Assim como no primeiro, em Trânsito não há muitas informações sobre a vida a autora. Sabemos que ela mudou de cidade e está se estabelecendo, com isso vamos acompanhando as conversas, os encontros.
Impressiona como um livro em que nada acontece (não há uma história, um assunto) seja tão bom de ler, tão interessante. O foco está sempre no outro, em suas história e visões de mundo.
"a despeito do que desejemos acreditar em relação a nós mesmos, somos apenas o resultado de como os outros nos trataram."
"Ouvi tantas vezes o quanto era bom ver como eu estava me recuperando que comecei a me perguntar se eu representava mais do que um objeto de empatia; se na verdade passara a personificar algum medo ou temor específico das pessoas que me conheciam, algo de que elas prefeririam não ser lembradas."