Priscila.Kuczma 20/08/2020Melhorou tarde demaisUm livro que te conquista nos últimos 30%, mas não dá pra ignorar os outros 70 né?
Edward como único sobrevivente de um acidente de avião e com seus únicos parentes sendo seus tios vai morar com eles. Mas sabe quando parece que nenhum dos lados se esforça o suficiente pra fazer dar certo?
Você não vê a emoção em um momento onde deveria haver, não vê a convivência, a realidade de verdade de uma vida nova, com uma família nova. Ambos fogem do confronto e quando acontece, é até legal, mas o momento passou sabe?
Edward está traumatizado, de luto e meio que num estado de estupor e a única coisa que o faz ficar de pé é a amizade com a vizinha, Shay. No fim ambos se transformam pela entrada de cada um em sua vida. É a relação mais real é verdadeira do livro, fofa também. Aliás, Shay é a melhor pessoa do livro.
Mas a estória acaba focando em cenas e não em um todo, por isso o livro perde momentos que seriam interessantes para gerar conexão com os personagens: um aniversário, uma conversa mais profunda e acompanhar mais o dia a dia.
Intercalado entre cenas dentro do avião e a vida do Edward pós acidente, ele gera uma expectativa meio desnecessária, pois você já sabe de fato o que acontece a esses personagens no 2º capítulo. Entendo que é pra gente sentir empatia pelos personagens que se foram e conhecer seus familiares, e também para mostrar pensamentos ?reais? de pessoas que de fato não sabiam o que aconteceria a suas vidas, mas é chatíssima em 80% do tempo.
Em suma, é um livro inovador no assunto, que gera uma emoção ao final mas que acaba sendo enrolado, lendo e perdendo um grande potencial que tinha.