Resenhas - A Paixão Segundo G.H.

maLu 26/07/2023

Paixão e barata, algo assim
Esse livro foi mais uma experiência da Clarice, como todos os livros dela, se buscarmos muito sentido e não senti-lo, ele fica tedioso? pessoalmente, foi uma leitura arrastada, mas não estragou o meu fluxo de sentir.

Não foi fácil de ler, foi como o fim do ser, ser alguma coisa e repentinamente, não ser mais, abismo, fim? angústia talvez?

Explicar esse livro e escrever sobre ele, não é fácil? talvez tão difícil quanto lê-lo, imagino que seja único para cada um.

Dito isso, leia, e tenha sua própria experiência e epifania junto com G.H.

Marcela 24/07/2023

Jesjskskk
Ksskskskksksskkskekekkekekekekkerkkekekrkrkrkrkrkrkrkrkrkrkrkrkrkrkrkrfjfjfjfjfjfjfjfjjfjfjfjfjfjfjfjfjfjfjf

Andrea.Karli 24/07/2023

Um livro cheio de reflexões e Clarice sempre me surpreende
A paixão segundo GH. tem um enredo interessante depois de despedir a empregada, uma mulher vai fazer faxina no quarto de serviço. Mal começa a limpeza, depara com uma barata. Tomado pelo nojo, ela esmaga o inseto contra a porta de armário. Depois, numa espécie bárbara de ascese, decide provar da barata morta. Ao esmagar a barata e depois degustar de seu interior branco, operou em GH uma revelação.

Bom esse pequeno resumo tirei do livro e depois que comecei a ler esse livro maravilhoso comecei a refletir muito sobre mim mesma e o que eu sou na vida. Os livros de Clarice são bem complexos em relação ao seu conteúdo e por isso que necessitamos ler várias vezes suas obras para compreendê-las. A questão que eu acho mais interessante nas obras da Clarice Lispector é o fato dela criar uma protagonista que tem uma rotina comum(civilizada) e tudo em sua vida muda com um acontecimento incomum e que leva o personagem a uma séries de pensamentos sobre sua vida, sobre a morte, o que é ser, o que é não ser e são esses questionamentos que moldam sua narrativa incrível. Enfim, eu como uma ser mortal preciso reler de novo esse livro e tentar ir mais a fundo na história, pois a primeira leitura desse livro me deixou espantada. O que me resta agora é reler e degustar dessa obra tão magnifica de nossa Clarice.

Pamela.Cristina 20/07/2023

Desconstruir para reconstruir.
Essa com certeza foi a maior viagem que já fiz, através dessa leitura podemos entrar no mais fundo do ser, ou não ser de G.H.
Pra ser sincera não é uma leitura agradável, é difícil, pesada e triste.
Clarisse mesmo falava que era pra sentir e não entender... Sendo sensível como sou, senti angústia, desespero, enjôo, confusão, mas valeu a experiência.
Vejo muito do princípio da dualidade, onde as coisas ao mesmo tempo são e não são, é um livro bem complexo, nós faz refletir, sobre tudo que há no mundo e fora dele.

Antonny.Fillype 16/07/2023

Ou toca, ou não toca...
"Ou toca, ou não toca...Me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato." Essa foi a resposta de Clarice quando perguntada sobre sua obra em sua última entrevista, agora compreendo perfeitamente o que ela queria dizer. A Paixão Segundo G.H é em grande parte um puro fluxo de consciência da personagem G.H que pra mim é a própria Clarice, é uma obra forte, marcante, de leitura difícil. Lispector domina com maestria as figuras de linguagem, com destaque para os paradoxos, se lê-la já é um trabalho complicado, imagine escrever sobre ela, é por isso que não vou me arriscar muito. Não indico esse livro pra quem quer começar a ler Clarice, ela tem um estilo muito único que exige um pouco mais do leitor, mas certamente é uma obra que precisa ser lida... E relida, sinto que ela pede uma releitura quase que inevitável. Há muito mais que eu gostaria de falar, mas vou me abster e, posteriormente, quando fizer a releitura, darei um veredito mais completo. Me sinto mais próximo de Clarice agora, é incrível como ela nos coloca em transe junto da G.H.

Karolayne52 14/07/2023

Suspeita para falar sobre as obras da Clarice
Com características que lhe são inerentes, a autora convida o leitor a viver uma experiência intimista. Alguns trechos são desprovidos de entendimento lógico, outros são tão profundos que desperta sentimentos até então desconhecidos.

Ninguém escreve como Clarice. Sentir o que ela escreve é o primeiro passo para a compreensão.

Amo muito ??????????

beca 13/07/2023

A paixão segundo G.H.
Livro muito difícil de ler, eu provavelmente deveria ter começado Clarice com Felicidade Clandestina mas esse livro me atraiu. A escrita é maravilhosa claro, entretanto não sei como tinham tantas páginas sobre a mísera barata(é muito mais complexo que só a barata mas né). Sendo sincera: pulei algumas páginas porquê não aguentava mais. Não me julguem, eu não tenho tanta facilidade com leitura clássica. Pra finalizar queria citar um trecho do posfácio!

"A escritura não é apenas uma sobrevivência. Muito além, a escritura é uma maneira de morrer, de morrer para si mesma. E assim, renascida como em uma metamorfose, G.H. se transforma em nós- ou somos nós que nos transformamos em G.H.?" - Luiz Fernando Carvalho

porrabrendi 12/07/2023

Clarice sendo clarice
Clarice sendo clarice. caótico, confuso, complexo, mas incrível. demorei 1 ano pra conseguir terminar.

renan639 09/07/2023

A esfinge em frente ao enigma
G.H. é uma mulher que tem conforto material, até faz ocasionalmente aulas de escultura. Entretanto convive com um desconforto interior nem sempre anunciado, senão nos seus retratos, que possuem uma expressão vazia.
Após o término de um relacionamento e a saída da antiga empregada do seu apartamento, ela se confronta com esse seu abismo interior. Porém, de forma inesperada, pois era uma manhã comum e enquanto tomava café resolveu organizar e limpar seu apartamento, começando pelo quarto da empregada. Esse impulso coloca em movimento uma série de acontecimentos que a submerge em uma epifania profunda e contínua.
Primeiro encontra uma pintura feita de carvão pela última empregada em seu cômodo, depois acha uma barata dentro do guarda-roupa. Apesar de banais e cotidianos, a protagonista passa a enxergar aquele cômodo como exterior até mesmo em relação ao seu apartamento. O choque é enorme, mas é na medida em que precisa lidar com a barata que G.H. realmente mergulha nas suas reflexões.
A narrativa é um pedido de companhia, sobretudo. A G.H. do dia seguinte a estes acontecimentos precisa entender o que aconteceu consigo mesma e faz isso através da ajuda do leitor e quem ela cuidadosamente pede que "segure sua mão". Com este gesto delicado ela nos leva para o interior da sua epifania, com muitas analogias, alegorias e metáforas, na tentativa de entender esse sentimento que se apoderou dela de forma tão repentina. Entretanto, ela se permite ser preenchida pelos questionamentos e desce até o infernal, para depois subir para o divino, sem no entanto diferenciar um do outro, sem colocá-los sob um prisma moral. Antes, ela quer se livrar da própria moral.
O leitor acompanha portanto a G.H. no ato de reflexão e desconstrução de si mesma, estando de frente, entrando e passando pelo enigma. Diante da esfinge, nós também percorremos a trajetória no interior de nosso ser, sem no entanto estarmos protegidos da dificuldade desse processo. A personagem do livro atravessa esse "deserto", como ela mesma descreve, como se estivesse sendo provada: tem medo, cai, tem vertigem e até vomita. Tudo isso para conseguir limpar-se e conseguir a confiança para se viver.
É uma narrativa extraordinária que destrói tudo que construimos e nos faz perguntar sobre o amor, nossa condição, os limites da linguagem e qual o sentido da paixão.

amanda3913 04/07/2023

Os sinais de telégrafo. O mundo eriçado de antenas, e eu captando o sinal. Há três mil anos desvairei-me, e o que restaram foram fragmentos fonéticos de mim.

Rocier 04/07/2023

Maravilhosa aventura sobre os pensamentos da vida.
"Ah meu amor, as coisas são muito delicadas. A gente pisa nelas com uma pata humana demais, com sentimentos demais."

A leitura por vezes confusa, visto que não tem linearidade (vai e volta várias vezes), dificultou no começo. Como isso faz parte do objetivo dessa leitura, o fato de não haver linearidade ajuda a explicar muitas coisas.

A forma como enxergamos as coisas é confusa, nos perdemos no meio do caos e com o tempo nos encontramos novamente é vista de uma jeito interessante no livro.
Clarice escreve muto bem, foi a primeira obra que li a autora, gostei muito, mas acho que a leitura é mais proveitosa se já houver alguma familiaridade com o estilo dela.
Vale demais a leitura.

Marcela290 03/07/2023

Profundo
Muitas reflexões são abordadas nesse livro, creio que seja da última geração de livros da Clarice. Mas são reflexões tão atuais quanto da época que a escritora os concebeu.

Ruan Lipe 03/07/2023

Oxe kkk
Kkkkkkkkkkkkkkjj entendi foi nothing. Brincadeiras a parte, vejo que este é um livro introspectivo, reflexivo e intimista. Dizem que é pra senti-lo, não entende-lo. Até senti, mas não tanto assim.

Guilhermo del Toró 01/07/2023

O que é refletido e a forma que o livro reflete é incrível. Um livro complexo, mas uma leitura que vale muito a pena, simplesmente uma obra de arte.

Ruiva_Qualquer 01/07/2023

Eu também quero comer barata
É livro mas demorado que eu já li na minha vida, mas cada detalhe e vírgula formou a composição dessa obra prima que mora dentro do meu coração...de verdade que prr de livro do klr...te amo