Lycia 29/03/2021
"É bom ter um objetivo nas jornadas que empreendemos; mas, no fim das contas, o que importa é a jornada em si."
Úrsula, certamente, me surpreendeu com a história de Genly Ai em seu novo mundo.
O livro fala sobre um terráqueo que necessitou ir a um planeta chamado Gethen (inverno) com a missão de associá-lo ao Ekumen - uma entidade organizacional entre os planetas. A história aborda, então, sobre os caminhos que ele precisa percorrer para que ocorra, por fim, a filiação de Gethen a essa organização.
O enredo é magnífico, a ambientação perfeita (Úrsula, realmente, nos leva para dentro da história) e os personagens são apaixonantes (Estraven que o diga rs). Porém, confesso que, por mais que a narrativa seja genial, houveram partes da história que me fizeram pescar e, no fim, não compreender muita coisa do que aconteceu ali, precisando, então, ler novamente.
Diante de tudo isso, o que mais me ganhou foi a forma como o amor/amizade foi abordada de forma tão pura e surpreendente ?. Surpreendente porque para um terráqueo é difícil acreditar que alguém vá de encontro ao seu maior preconceito para fortalecer sua missão (triste dms, mds).
? Obrigada, Ai e, principalmente, Therem, por aquecerem meu coração.
"No princípio havia o sol e o gelo, e não havia sombra. No fim, quando tudo estiver terminado para nós, o sol irá devorar a si mesmo e a sombra engolirá a luz, e não restará nada senão o gelo e a escuridão".