Shirley

Shirley Charlotte Brontë




Resenhas - Shirley


84 encontrados | exibindo 61 a 76
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


EXPLOD 12/10/2020

É uma pena que não seja um livro contagiante. Charlotte tem sido inacreditavelmente maçante! Tem seus méritos, mas não chega aos pés de Jane Eyre e Villette. Não é uma história com fundo moral, é uma lição de moral (por mais que eu a considere interessante) transvestida de história! Não consegui acreditar o quanto a autora insistiu nisso em alguns diálogos e em algumas divagações narrativas (pareceu tão apelativo...).

Há o drama psicológico, a questão da personalidade e do autoconhecimento (perguntas do tipo: quem sou nesse meio? qual minha importância nesta vida? sou importante para algo bom? e afins), muitas críticas ao estilo de vida naquela época, etc. Esses são sempre destaques nas obras da Charlotte. Contudo, nesse Shirley, a impressão de que tudo não passa de uma propaganda (por mais que o leitor goste dela) predomina.

Até mesmo o título passa essa impressão. A personagem homônima surge somente um tempão depois de iniciada a história e, então, passa a ideia de personagem secundária (mas a ela se dá o privilégio do título, então há aí uma significação oculta ao leitor: aquela lição de moral, afinal de contas, e penso eu).

Além disso, não gostei muito do narrador onisciente, porque parece ter dado margem (de uma maneira intrusiva) àquelas divagações/pareceres que são tão diretamente críticas (mesmo que estas tenham fundamento). É incrível como o narrador-personagem pode ser tão restrito mas ao mesmo tempo tão capaz de transmitir sentimentos e emoções (e críticas), como foi no caso de Jane Eyre e Villette...
comentários(0)comente



spoiler visualizar
Rafa 16/09/2020minha estante
Já é bem bacana*

=)


lipso01 24/03/2021minha estante
Qual site você usou?


Rafa 30/03/2021minha estante
Para os personagens? Usei esse: e esse que está melhor:



lipso01 30/03/2021minha estante
Muito obrigado Rafa ??


Rafa 31/03/2021minha estante
De nada ^^




Marcela Nacazato 28/05/2020

Especial demais!
Sou suspeita para fazer resenha dos livros das irmãs Brontë, mas tentando ser o mais imparcial possível, é um livro maravilhoso. É denso, robusto e cru.

Ele explora a natureza dos relacionamentos e do feminismo da forma mais linda possível, pensando que é um livro dos anos 1800.

Recomendo fortemente. Leitores que vão começar: persistam, o começo é quase desafiador para continuar a leitura, mas vai valer a pena.
comentários(0)comente



Gizalyanne 13/04/2020

Agradável
Este livro fala sobre amizade entre Shirley Keldar e Caroline Helstone, apesar do título ser Shirley. Também é sobre o amor delas pelos seus mocinhos. São duas jovens de personalidades diferentes mas que encontram pontos em comum. Caroline é reservada, tímida. Shirley é extrovertida , comunicativa de forte personalidade.
É um livro feminista dizem pois em muitos pontos se vê claramente o discurso de Charlotte Brönte, a autora, contra o tratamento dispensado as mulheres naquele tempo. Também se vê isso em alguns diálogos de Caroline e Shirley.
Percebe-se no livro que a autora tinha experiência quando escreveu pois ela conversar com o leitor. Em suma recomendo a leitura e que tirem suas conclusões.
comentários(0)comente



Shirlei | @pazliteraria 30/03/2020

Enfim conheci Charlotte!
Minha história com esse livro e essa autora tem tantos capítulos que não conseguirei escrever todos aqui, e nem sei por onde começar os poucos que irei relatar.

Ganhei essa edição, com essa capa belíssima, de um sorteio Literário, o primeiro que eu ganhei! Fiquei muito feliz, pois além do livro ter o mesmo nome que o meu, sempre tive uma enorme vontade de ler e conhecer de perto as obras das irmãs Brontë.
.
O romance ??????? é maravilhoso, mesmo eu sendo muito suspeita em falar, o enredo é cercado de bons , e muitos, personagens, sendo dois deles as protagonistas, Caroline Helstone e Shirley Keldar, a segunda aparecendo somente depois de quase um terço da leitura, antes disso conhecemos Caroline e sua paixão platônica pelo seu primo Gerard Moore. A construção da amizade entre Shirley e Caroline é bem construída ao longo do romance, apesar de ambas terem personalidades tão diferentes; Enquanto a Srtª Keldar parece dona de uma personalidade forte e decidida, porém espirituosa , Caroline é tímida, sentimental e caridosa.
.
Tendo o livro mais de 900 páginas, ele traz também muitas emoções e diálogos consideráveis e bem construídos;
Me identifiquei muito com as protagonista, pois são muito reais e profundas.
Me deixaram ansiosa e tensa os fatos de (até a metade da leitura), não saber claramente dos pensamentos e sentimentos que cercam o coração de Shirley, e de Caroline ser sentimental demais em algumas partes da leitura.
.
Os momentos em que o narrador se comunica (por vezes se queixa), diretamente com quem lê, são bem escritos e deixam o leitor totalmente inserido na história.
O único defeito do romance é a grande quantidade de personagens, em certos pontos isso deixa a leitura "quase" um pouco cansativa.
.
O livro tem também momentos bem denso, poético, cômico, introspectivo, de tristeza, reflexão e angustia. E a angustia pelo destino dos personagens principais é algo que vai até bem no finalzinho do livro. E o final é digno de um belo e bem escrito romance. Me senti muito identificada com as protagonista de Charlotte e maravilhada com a leitura!
comentários(0)comente



Virginia Barros 05/03/2020

Romance marcante
Esse livro é ainda melhor que Jane Eyre, porém é mais complexo e tem muitos detalhes sobre o contexto social e até político da época. Outro motivo é que são duas protagonistas, Caroline e Shirley, que têm personalidades bem diferentes, quase opostas, mas são boas amigas. Cada uma tem seus conflitos e seus romances, a história surpreendente e vale a pena, mas é pra quem tem paciência mesmo.
Clecinha 29/01/2021minha estante
Eu li este recentemente. Gostei muito, mas ainda prefiro Jane Eyre! ?




Jessé 23/01/2020

Um bom livro.
Um livro gostoso de ler, ainda mais se você gosta desses romances vitorianos. Mas não achei um livro genial como alguns dizem. Na verdade passa longe disso. É um livro comum, com um final que sinceramente não me agrada nem um pouco. Entendo perfeitamente porque os críticos na época, não gostaram muito desse livro.

Mas vale a leitura.
comentários(0)comente



Ana 16/10/2019

Shirley, Charlotte Brontë
Primeiramente, devo começar a elogiar o livro físico. Adquiri a edição da Pedrazul Editora, com a tradução de Fernanda Martins. Ótima tradução por sinal, pois não encontrei nenhum erro ou frases que não fizessem sentido. Pelo contrário, a leitura é tão fluída que eu conseguia ler capítulo após capítulo sem cansaço. A edição conta com várias ilustrações ao longo das páginas, a diagramação é agradável e os hinos que são citados na obra aparecem traduzidos na última página. Há também uma nota de introdução de Chirlei Wandekoken, nos dando uma noção do que esperar do livro.

Em segundo lugar, o título merece ser destacado. Diferentemente das demais obras da autora, cuja narrativa em primeira pessoa acompanha o ponto de vista de suas protagonistas (Jane Eyre em Jane Eyre e Lucy Snowe em Villette), Shirley não se prende a uma única heroína e a narrativa em terceira pessoa acompanha a perspectiva de vários personagens. Apesar disso, Caroline Helstone, amável e reservada, e Shirley Keeldar, impetuosa e abastada, são o coração da trama. Tendo como pano de fundo as Guerras Napoleônicas e a Revolução Industrial, Charlotte Brontë lança mão da melancolia e faz uso do tom irônico para analisar vários costumes da sociedade inglesa da época, o que muito remete o estilo de Jane Austen. Em meio a essas circunstâncias, dá para observar como as duas personagens lidam e se transformam ao passo que a história avança. Gostei muito da dinâmica entre Shirley e Caroline, pois na mesma medida que suas personalidades são contrastantes, elas se complementam e formam um forte laço de amizade.

Para quem amou Norte e Sul da Elizabeth Gaskell como eu, encontrará em Shirley diversos elementos semelhantes. Apenas para enfatizar, vale lembrar que as suas escritoras eram amigas íntimas, sendo que Shirley foi publicado cinco anos antes de Norte e Sul. Quanto às semelhanças, Helstone, por exemplo, sobrenome de Caroline, é o local de nascimento de Margaret Hale. Em ambos livros, temos o descontentamento operário frente ao avanço maquinário e suas consequências. E como não comparar os industriais Robert Moore e John Thornton? É claro que Mr. Thornton melhor conquistou minha simpatia em comparação com Mr. Moore, que apesar de sua “redenção”, não sanou minhas dúvidas se gosto ou desgosto do personagem. Aliás, se tem uma característica que aprecio nas obras de Charlotte Brontë, é que o protagonismo feminino é tão evidente, suas personagens femininas são tão psicologicamente bem desenvolvidas, que nenhum personagem masculino é capaz de ofuscá-las. Nesse quesito, o tímido preceptor Louis Moore, irmão mais novo de Robert, é quem rouba o título de mocinho.

Em suma, Shirley abrange todos os aspectos para quem gosta de um bom romance com fundo histórico e mulheres fortes. Aos que amam as duas escritoras citadas acima, o livro certamente agradará. E para quem começou a leitura e está se perguntando quando a personagem-título do livro aparece, não se preocupe: Charlotte Brontë faz toda uma introdução de fatos e personagens antes que Shirley seja apropriadamente inserida. Nada acontece por acaso, nenhum personagem é mencionado para não ter importância futura. A autora sabia como contar boas histórias com descrições vívidas e diálogos bem afiados, além de fazer reflexões que permanecem relevantes até os dias atuais.

“O amor pode desculpar qualquer coisa, exceto a maldade. A maldade mata o amor, aleija a afeição natural e, sem estima, o amor verdadeiro não pode existir.”
comentários(0)comente



LuizaSH 30/09/2019

Shirley Keeldar é uma moça que, ao atingir a maioridade (21 anos), herda uma fortuna e propriedades, entre elas, onde fica a fábrica de Robert Moore, o qual está passando por maus bocados por conta da guerra, que anda prejudicando seu comércio. Caroline Helstone é uma orfã que vive com o tio, o vigário da região (York). É prima de Robert e apaixonada por ele. São as heroínas e principais personagens do enredo deste livro.
Gostei da contextualização história envolvendo as guerras napoleônicas que ocorriam na época em que a trama ocorre (início do séc. XIX), todos os problemas que ela causava, como as indústrias paradas, pessoas desempregadas, fome, descontentamentos, e como isso refletia no comportamento das pessoas enquanto parte da sociedade.
Mas a leitura não foi lá tão prazerosa no geral. O livro não é ruim, mas não sei, ele começa com um ritmo bom, depois dá uma caída e fica assim, meio "morno", até o final. Muito dramalhão digno de novela mexicana (e olha que na época isso nem existia, rs), principalmente de Shirley e Caroline. Os mistérios e segredos eu consegui sacar bem rápido, ainda que não tenha estragado a leitura. Algumas cenas e personagens que não entendi a presença, já que não tiveram lá muita importância, se fossem cortados não prejudicaria em nada o núcleo da trama. E os romances foram resolvidos nos dois últimos capítulos e bem sem gracinha. Sem falar que, por mais que fosse comum na época, não consigo gostar de romances entre primos, não sei explicar bem, mas me dá uma sensação estranha.
Fico triste em sentir isso, uma vez que a Charlotte Brontë escreveu "Jane Eyre", um dos melhores livros que já li na vida, mas em "Shirley" ouso dizer que ela não estava muito inspirada.
Clecinha 29/01/2021minha estante
O início da obra é meio enfadonho, mas depois a história desenrolar. Gostei bastante, mas Jane Eyre continua sendo meu favorito!


LuizaSH 30/01/2021minha estante
É, interessante pra conhecer mais obras da autora, mas Jane Eyre é insuperável.


Clecinha 30/01/2021minha estante
Já leu Villette? Também muito bom!


LuizaSH 30/01/2021minha estante
Comprei, mas ainda não li.




spoiler visualizar
comentários(0)comente



Raquel 20/07/2018

A história é narrada em Yorkshire, durante o inicio da revolução industrial. O país sofre com a guerra, e para piorar a situação da classe operária, maquinas tomaram o emprego de muitos homens, o que causa resoltas por parte destes.
Assim conhecemos Robert Moore, dono de uma tecelagem que enfrenta crises devido a guerra, e pela revolta dos trabalhadores que perderam seus empregos.
Também conhecemos uma das protagonistas: Caroline Helstone, que a meu ver é a protagonista principal, prima de Robert Moore. Esta é órfã de pai e mãe desconhecida, criada por seu tio Reverendo Matthewson Helstone. Caroline é pobre, tem a personalidade doce e calma, além de ser totalmente obediente ao tio.
Um dos passa tempos favorito de Caroline é ir a casa do primo, com o intuito de aprender francês, com sua prima Hortense. Porém por um desentendimento do seu tio com seu primo, fica proibida de os visitar. Assim ela fica reclusa em casa até a chegada na nossa segunda protagonista ao vilarejo.
Por volta da página 300, conhecemos finalmente Shirley, que dá nome ao livro. Essa também é órfã, porém rica. Tem por herdade as terras arrendadas onde fica instalada a tecelagem de Moore. Shirley ao contrário de Caroline tem personalidade forte, senhora de si. E apesar da época, administra sozinha seus negócios.
Assim que elas são apresentadas uma a outra, descobrem que tem uma forte ligação e tornam-se grandes amigas. Mas mesmo com a amizade compartilhada com Shirley, Caroline está desassocegada na casa do tio. E precisa de algo para que a tire da mesmice. Ela deseja tornar-se governanta, mas são muitos os infortúnios da atividade. No capitulo 22, ela faz uma boa reflexão sobre o fato das mulheres daquela época serem obrigadas a se manterem em casa, atarefadas apenas com ócio, costurar, cozinhar e a fazer visitas infrutíferas. Enquanto isso os homens podiam sair, trabalhar e se distrair. O único anseio da mulher daquela época era casar. E ao término do capítulo ela dá conselho aos pais dessas mulheres, para darem a elas objetivos e trabalho, para que estas fossem mais felizes.
O livro aborda alguns pontos bem interessantes, sobre a igreja da Inglaterra (Anglicana) e a necessidade de reforma e o poder dos ricos de ajudar os menos afortunados (temas atuais ao meu ver). Porém há partes onde a leitura torna-se muito cansativa, por abordas assustos que para mim eram desnecessários. Um exemplo é quando Louis, irmão do Sr. Moore fala sobre um texto que Shirley escreveu em francês.
No geral, gostei de alguns pontos do livro e é bem mais fácil de ler que Villette (outro título da autora). Valeu a pena o tempo dedicado, porém não indico.

comentários(0)comente



Elidiane 06/12/2017

'O amor, um crime! Não, Shirley, o amor é uma virtude divina.''

É difícil encontrar um leitor que não queira apreciar alguma obra escrita pelas Irmãs Bronte, que mulheres incríveis! Shirley foi o meu primeiro contato com a autora Charlotte Bronte, e fiquei impressionada quando vi que o livro continha quase mil páginas, então comecei a leitura sem saber o que esperar da história, e apesar de ser uma leitura bem densa, é um livro que consegue conquistar o leitor aos poucos, para mim se tornou uma leitura bem gratificante.

No início da história somos apresentados a um grupo de coadjutores destinados ao auxílio da pároco o senhor Helstone, eles estão bem afiados em sua reunião discutindo sobre a tecelagem da região pertencente ao Sr. Robert Moore, que frequentemente está sendo alvo de ataques pela população local mais pobre, que devido a tecnologia local estão perdendo os seus empregos para as máquinas.

Conhecemos também Caroline Helstone que é sobrinha do Sr. Helstone, ela é uma moça bastante prestativa que está sempre ajudando o tio, e indo constantemente ao chalé Hollow visitar os seus primos Hortense que se tornou também uma amiga e sempre ajuda Caroline em seus estudos, e Robert Moore o homem por quem os sentimentos de Caroline vive em conflito, pois às vezes Robert a trata bem, parecendo gostar muito dela, mas às vezes se torna distante, e frio. Talvez seja devido a tecelagem de Robert que está acima de tudo para ele, e no momento a mesma anda cheia de problemas com saqueadores de máquinas, e funcionários que ele precisa dispensar.

Mas aí vocês me perguntam, onde entra a personagem Shirley em toda essa história? Também fiquei me fazendo a mesma pergunta, pois quanto mais avançava na leitura, mas ficava curiosa para que ela aparecesse, e a autora nos explicasse enfim o seu papel nessa trama. Shirley foi criada pelos primos dos pais, é dona de títulos e terra, e Robert é seu inquilino, ela também é apresentada a Caroline e ambas se tornam grandes amigas. Na história temos duas personagens principais de personalidade bem diferente, Caroline é tímida, cheia de receios com relação a sua vida, e também com o amor que sente por Robert, já que ela não possui muitas esperanças dele também sentir o mesmo por ela, e temos também Shirley, mulher de espírito livre, sempre alegre, comunicativa, tem personalidade forte, e disposta sempre a ajudar todos ao seu redor, principalmente aos menos favorecidos.

Preciso falar da narrativa, e do incrível poder que a Charlotte Bronte possui sobre o leitor, e de como ela interage de maneira divertida e perspicaz nos conduzindo a momentos importantes e únicos da história que de outra maneira nos passaria despercebido, mas que aos olhos dela se torna parte essencial a ser dito, nos deixando assim absortos em sua escrita. Ficamos um pouco órfãs no quesito romance, mas apenas um pouco, pois Bronte surpreende mais uma vez quando o assunto é as emoções intensas dos seus personagens. É palpável que autora quis abordar outros assuntos como os costumes locais de Yorkshire, política, críticas a sociedade, e o papel da mulher em uma época bastante machista.

Ao término de Shirley senti que a leitura foi uma experiência ímpar, a originalidade da escrita da autora para com o seu tempo deve ser aplaudida e reverenciada! Meus próximos passos literários é ler Jane Eyre um dos romances mais aclamados da Charlotte Bronte. A linguagem rebuscada e a consistência da leitura pode assustar alguns leitores iniciantes em clássicos, assim como eu, mas depois que você embarcar nas páginas dos romances dessas consagradas escritoras não tem mais volta, vai ser amor para a vida toda. A edição está bem caprichada, aparecem alguns poemas e frases em francês e latim ditas pelos personagens, mas atrás da obra podemos encontrar um pequeno glossário com as traduções dessas palavras que nos ajuda bastante durante a leitura .

site: + resenhas: http://www.leituraentreamigas.com.br/
comentários(0)comente



Thalita Branco 16/08/2017

Resenha ~ Shirley - Charlotte Brontë
Caroline Helstone foi criada pelo tio uma vez que seu pai morreu e sua mãe desapareceu. Ainda que bem tratada, nunca recebeu dele educação formal ou muito carinho. Então fica contente quando a prima Hortense a convida para ter aulas em sua casa, e mais contente ainda com a presença do primo Robert Moore pelo qual é apaixonada. Mas Robert está mais preocupado com sua fábrica que vai de mal a pior, e após uma desilusão Caroline resolve tentar esquecer o seu amor.

Claro que a coisa não é tão simples e a moça fica cada vez mais triste. Em uma tentativa de mudar de ares e se distrair, Caroline quer trabalhar e pede ao tio permissão para se tornar governanta. Ele, horrorizado com a ideia, a proíbe e não entende o que está acontecendo uma vez que não lhe falta nada como comida e dinheiro para vestidos.

Eis que surge Shirley Keeldar, uma jovem e bela herdeira que como um raio de sol ilumina e melhora um pouco a vida de Caroline. Logo as duas se tornam amigas e os contrastes são gritantes. Enquanto Shirley é espontânea e cheia de vida, Caroline é tímida e retraída. Shirley chega a ser apelidada de Capitão e goza de uma autoridade semelhante a dada aos homens uma vez que tem dinheiro e vantagens que só sua posição lhe trás, enquanto Caroline continua sendo persuadida a não se virar por conta própria e seguir com sua vidinha.

Diversas vezes fiquei na dúvida entre torcer pela sua independência ou pelo sucesso em sua paixão. Seus momentos depressivos não angustiantes. Me senti triste ao ler sobre uma jovem tão doce e bonita definhando, sem saída ou perspectivas futuras, e mais triste ainda ao ter consciência que aquela foi a dura realidade de incontáveis mulheres na Inglaterra vitoriana. E como pouco se mudou em relação a depressão. Como a Jack bem disse sobre a morte de Chester Bennington do Linkin Park, se uma pessoa diz para outra que está com um problema nos rins, ela é prontamente orientada a procurar ajuda médica e tomar remédios. Mas se a pessoa diz que é depressão, provavelmente receberá um olhar descrente e uma resposta do tipo “isso é bobagem, vá se distrair que já já passa”.

Outro ponto importante é a época em que o livro se passa. A Inglaterra se encontra em uma má fase por conta das guerras napoleônicas e a população sofre com a falta de emprego, culpando a modernização das fábricas por suas mazelas. Robert Moore é um industrial, sempre preocupado com seus teares, e assim como vemos em Norte e Sul da Elizabeth Gaskell, existe um imenso conflito entre ele e os trabalhadores.

No começo pensei que detestaria o livro, mas não demorou para a história me conquistar. A edição da Pedrazul é muito bonita e contém inúmeras ilustrações.
Ainda que o livro leve o nome de “Shirley”, a dona do título leva 100 páginas para aparecer e mesmo que seja uma personagem carismática quem brilha é Caroline. Ainda que denso e com seus momentos tristes, Shirley é mais leve que Jane Eyre, mas sem deixar de ser tão crítico quanto.

site: www.entrelinhasfantasticas.com.br
Ananda Castro 16/08/2017minha estante
D:
Quero muito leeeeer!!!
Adorei a sua resenha :*


Thalita Branco 16/08/2017minha estante
Obrigada :)




Déborah - @lisossomos.lisos 27/06/2016

Pra ler no busão: Shirley
No início temos a apresentação dos anglicanos e sua fome exagerada, assim como a descrição de ambientes em que a história se passa e da doce Caroline.

É incrível como a narração, que tinha tudo para ser monótona, se torna interessante e te transporta para os lugares em que a história se passa. Cenários maravilhosos!

Caroline rouba a cena com seu jeito meigo e devoto e, perdidamente, apaixonada pelo primo que parece não notá-la.

Passei boa parte do livro me perguntando quem seria Shirley, mas quando ela aparece dá para entender porque o livro leva seu nome.


Shirley é uma jovem totalmente a frente de seu tempo. Miss Keldar faz o que quer e como quer. Ser herdeira faz com que se torne mais independente e não abaixe a cabeça para homem nenhum.

Sua amizade com Caroline é sincera e devotada, porém em muitos momentos fiquei com muita raiva dela, pois a achei cega por fingir não ver o que Caroline sentia por Robert e parecia que lhe fazia bem ver a amiga sofrer.

Sim, sou team #Caroline me julguem!

Ainda bem que depois da metade do livro passei a ver Shirley com outros olhos e já não queria mata-lá, tanto.

Robert Moore é um cavalheiro que só pensa na sua fábrica e em reconquistar fortuna, mas se mostra um homem encantador com o passar da história. Mas o mais difícil é não morrer de amores pelo irmão dele que por sinal traz umas turbulências a história que são maravilhosas.

Uma das coisas que fez com que eu ficasse mais apaixonada foi o fato da autora/narradora falar com o leitor. Me lembrou muito dos livros de Machado de Assis e é algo que eu gosto muito.

Se você não tem problemas em se aventurar pelos clássicos, por favor, coloque esse na sua lista, pois não vai se arrepender. É o tipo de história que traz personagens envolventes, carismáticos e até mesmo aqueles que te aborrecem.

Tudo na medida certa para você se apaixonar e querer mais.
Você fica presa na história querendo saber logo o desfecho.

A editora Pedrazul está de parabéns pela edição.

A revisão está ótima e o fato dela ser ilustrada dá uma visão ainda melhor dos cenários e dos personagens. Tudo impecável.

site: http://lisos-somos.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



Carla Brandão 26/06/2016

Quase todos os leitores já ouviram falar das irmãs Brontë, principalmente aqueles que têm o hábito de ler clássicos. Do trio, eu apenas havia lido O morro dos ventos uivantes, da Emily Brontë; Shirley foi meu primeiro contato com a escrita de Charlotte, também autora do famoso Jane Eyre.

Publicada pela primeira vez em 1849, a obra retrata o período histórico pelo qual passava a Inglaterra. O século era XIX, auge das Guerras Napoleônicas e também da Revolução Industrial. A mão de obra estava sendo substituída pelas máquinas, o que gerava um grande número de trabalhadores desempregados e revoltados. É nesse momento que conhecemos Mr. Moore, que luta para manter sua fábrica funcionando apesar das dificuldades financeiras e dos ataques que tentam impedir a chegada de novas máquinas em sua propriedade. A escrita de Charlotte é muito descritiva e detalhada, e nesses primeiros capítulos esses temas são bastante explorados.

Robert mora com a irmã Hortense, que recebe em casa a prima deles, Miss Caroline Helstone, para ter aulas de francês. A jovem de 18 anos é meiga, sensível e tímida. Orfã, vive em um presbitério com o tio, o reverendo Mr. Helstone. O amor platônico que nutre pelo primo determinará uma série de acontecimentos ao longo do livro.

A propriedade na qual se localiza a fábrica de Mr. Moore pertence a Miss Shirley Keldar, nossa personagem-título. Aos 21 anos e também orfã, Miss Keldar é bem diferente de Miss Helstone. Dona de uma grande fortuna, a jovem é descrita como muito bonita, além de ser ousada para os padrões da época, desafiadora e dona de si, atitudes consideradas masculinas. Aos que se dão ao trabalho de pedi-la em casamento, a resposta é sempre negativa.

Os caminhos das duas acabam se cruzando, fazendo com que se tornem grandes amigas. A partir daí, graças a escrita primorosa de Charlotte, as diferenças entre as duas ficam ainda mais evidentes. A autora presenteia o leitor com uma construção de personagens elaborada, fornecendo muitas informações a respeito da personalidade e das emoções das duas personagens.

O romance tem espaço no livro, e ao longo da trama vamos acompanhando o desenrolar do amor de Caroline, seu sofrimento, e também as escolhas de Shirley, mas ele não é o tema principal. As quase 400 páginas vem cheias de críticas à sociedade época, à certos temas religiosos e ao machismo e à posição que se esperava que as mulheres assumissem. Tudo isso é feito nas entrelinhas e com toques de ironia. Além disso, segredos escondidos de uma e guardados por outra trazem um ar de mistério para alguns momentos do enredo.

O livro conta com um número considerável de personagens, e nenhum deles está ali por acaso. Alguns são fundamentais para o desfecho das situações, outros são a personificação do que a autora quer criticar. Todos têm seu momento de destaque na trama, cuja narrativa ora foca em uns, ora em outros, permitindo que o leitor conheça mais a fundo cada um deles e os assuntos que que a autora quis trabalhar.

Apesar de ser um clássico e escrito há tanto tempo, Shirley é um livro de leitura fácil. Se os primeiros capítulos podem tornar a leitura mais lenta, tudo muda com a entrada das duas protagonistas, que nos prendem com suas personalidades e pela nossa vontade crescente de conhecê-las cada vez mais e de saber o que está reservado para cada uma no final.

A edição da Pedrazul em comemoração aos 200 anos de Charlotte Brontë está lindíssima e traz inúmeras ilustrações, conectando ainda mais o leitor à história. Para quem ama clássicos ou para quem tem vontade de conhecê-los, Shirley está recomendadíssimo.

site: https://blog-entre-aspas.blogspot.com.br/2016/06/resenha-shirley-charlotte-bronte.html
comentários(0)comente



84 encontrados | exibindo 61 a 76
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR