A desobediência civil

A desobediência civil Henry David Thoreau




Resenhas - A Desobediência Civil


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Matheus.Vanin 20/12/2021

A desobediência civil (e outros textos)
A edição da Penguin faz uma trajetória pelos principais textos de Thoreau. O livro inicia-se com o texto de A Desobediência Civil, de 1849, em que o autor critica fortemente a escravidão e as distribuições de impostos americanos. Depois, em textos de 1854 e 1862, fase em que Thoreau parecia mais preocupado com questões existenciais, é narrado o seu afastamento da vida em sociedade e o seu contato com a natureza e a contemplação. Depois, quando o autor já era conhecido e palestrante, em um texto de 1865, denominado "Vida Sem Princípios", Thoreau faz uma junção de todas essas reflexões, criticando o modo de vida da sociedade e fazendo importantes apontamentos sobre a exploração desmedida da natureza.
Carol 21/12/2021minha estante
hmmnnnnnnn achei culto




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Carlos Souza 19/08/2021

"A única obrigação que tenho o direito de assumir é a de fazer aquilo que considero direito."
Desobedecer é necessário quando o Estado é arbitrário e violento.
Apesar de ser uma leitura breve, o livro de Thoreau carrega um vasto conhecimento. De maneira pontual, os argumentos desta obra estão fundados em alguns princípios, dentre os quais se encontram: liberdade, igualdade e justiça.
A mensagem que esse livro contém, resumidamente, transmite que, um indivíduo que possua princípios morais e éticos, não deve de maneira alguma traí-los. Ele não deve se posicionar de maneira neutra e permitir injustiças, deve ser protagonista de ações que provoquem mudanças. Caso acredite que não poderá ajudar em todos os combates, deve escolher sabiamente quais batalhas irá travar, porque ao focar num conflito, ele ajuda e não atrapalha nos demais. Sua máxima é clara: "Um sujeito não pode fazer tudo, mas pode fazer algo. E fazer algo não significa um ato mal feito".
Segundo Thoreau, somente o pensamento não basta, é preciso agir. É preciso entender os mecanismos que compõem o Estado e deixar de alimentá-los. Dizendo de outra maneira, não devemos ser hipócritas, de nada adianta falar uma coisa e fazer o contrário. E ainda por cima, apoiar os opressores.
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Tiago 15/07/2021

Texto fundamental
Esta edição que tenho é na verdade uma coleção de 5 ensaios.

O primeiro é o que dá titulo ao livro e foi escrito em 1849 e é um texto simplesmente espetacular. Nele, Thoreau elenca todo seu descontentamento com o governo americano que usa a sua máquina estatal para subjugar seus cidadãos. Ele foca em dois problemas específicos: a Guerra contra o México a escravidão.

Thoreau aponta, com enorme precisão, o problema do cidadão que passa a servir ao Estado como soldado, como juizes que 'legalizam' a escravidão ou mesmo o simples cidadão que se cala e aceita tudo isso passivamente. Há uma espécie de apagamento da consciencia moral de cada indivíduo em nome de conceitos morais mais abstratos como coletividade e estado de direito. Thoreau dá um exemplo muito interessante que é o do vizinho muito cordial que "se transforma" quando coloca o seu chapéu de cobrador de impostos. Thoreau diz e eu cito "Leis injustas existem: devemos nos contentar em obedecê-las?" A conclusão que ele chega é que é mais efetivo transgredir imeditamente do que tentar aperfeiçoá-las. E por que isso? Simples, o governo não tem interesse e dá pouco valor a cidadãos atentos e injustiças e sensatos. A prova disso, segundo Thoreau, é que ao longo da história, Cristo, Copérnico, Lutero, Washington e Franklin ou foram punidos ou considerados rebeldes.

Thoreau cita o seu próprio exemplo de transgressão ao se recusar a pagar impostos em protesto contra a Guerra Mexicana. Ele passou uma noite na cadeia e relata de forma magistral que "o Estado nunca confronta intencionalmente a consciência intelectual ou moral de um homem, mas apenas seu corpo, seus sentidos. Não dispõe de inteligência ou honestidade superiores, mas só de força física maior."

Em resumo, Thoreau urge que as pessoas não se submetam a autoridade do Estado (de forma pacífica, claro) caso este mesmo estado não reconheça que é o indivíduo, com o seu poder mais elevado e independente, que deriva o seu próprio poder e o trate de forma apropriada. Ao ler este ensaio em 2021, durante a pandemia do covid, não posso dizer outra coisa que este ensaio envelheceu muito bem.

Outro ensaio do livro que envelheceu muito bem foi "A Escravidão em Massachusetts", escrito em 1854. Este texto é tão brilhante quanto "A Desobediência Civil" e critica de forma devastadora todo establishment (estadual e federal) devido a aplicação da Lei do Escravo Fugido. Thoreau escreve com propriedade que uma lei, mesmo sendo 100% legal no sentido constitucional, pode ser deploráel do ponto de vista moral e deve ser sumariamente desprezada. Ele compara a ação da Suprema Corte dos EUA de decidir pela constitucionalidade da Lei do Escravo Fugido a dizer a um ladrão e assassino que as suas armas são ou não adequeadas ao crime que vão cometer.

Os joralistas também são duramente criticados pelo seu papel ao longo deste episódio (qualquer semelhança com os dias atuais não é mera coincidência). Além de criticar o apoio daod pelos jornais a toda essa imoralidade praticada pelo Estado contra a população escravizada, Thoreau ainda nos lembra que já em 1854, a classe jornalística além de servil a um pequeno cabal de interesses, sempre apelou para o que há de pior na natureza humana. Resumindo, um ensaio muito poderoso que nos coloca a pensar bastante como as vezes colocamos a fria letra da lei acima de questões morais fundamentais. Basta ver que em 2021 vários países estão com leis de confinamento/toque de recolher e passaportes sanitários que ultrapassam e muito os limites morais.

No ensaio "Onde vivi e para que", retirado do seu livro "Walden" vemos um Thoreau que preconiza um estilo de vida baseado na simplicidade e no minimalismo. Ele compra uma casa de campo e mostra que consegue aproveitar plenamente a vida sem estar escravizado com as questões mundanas da "cidade grande".

Na mesma toada também há o ensaio "Caminhar". O ato de caminhar é saudável tanto para termos uma conversa interna conosco quanto para apreciarmos a natureza, estabelecendo uma conexão com ela. Thoreau nos diz que a rotina de caminhadas pelos campos mostrou a ele uma ligação quase umbilical entre o homem e a natureza.

O último ensaio do livro, "Vida Sem Princípios" é essencialmente um receituário que Thoreau oferece ao leitor sobre como viver um vida plena e digna. Há ali um implicita crítica ao nascente American way of life, baseado no consumismo e no culto ao dinheiro. Um dos conselhos que ele dá é "nunca trabalhe apenas pelo dinheiro e nunca contrate um trabalhador que pense apenas no dinheiro".

Concluindo, posso dizer que estes textos, todos com mais de 150 anos, são uma leitura recomendada para os dias de hoje. Tanto os de cariz político quanto os de vida. Hoje passamos o tempo observando ecrãs muito mais do que observando a natureza. Para nós o plano de mais curto prazo é trocar o ecrã atual por um ecrã mais novo onde deitar os olhos. É preciso equilíbrio.
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Luiz.Machado 07/07/2021

O autor nos leva a fazer uma reflexão sobre o papel dos estado nas nossas vidas, ditando regras que na maior parte das vezes não melhora a vida da grande maioria, mas sim de alguns poucos. Outro ponto importante da obra é a crítica ao capitalismo desenfreado, onde perdemos a maior parte do nosso tempo trabalhando, é esquecemos de aproveitar essa viagem que chamamos de vida.
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Gio 18/06/2021

Anarquismo pacífico?
Ensaio escrito em 1849

Como forma de protesto contra a escravidão, Henry foi preso por não pagar seus impostos. Sendo este o estopim para o desenvolvimento desse ensaio, sua obra mais famosa, embora tenha sido publicada após sua morte.

Em defesa de manifestações pacíficas e de um governo que não precisasse governar, Thoreau desenvolve de maneira clara e objetiva seus ideais.

No meu ponto de vista muito do que foi falado tem total sentido, embora acreditar nesse Estado utópico imaginado por ele seja impossível, são ideias com base e bem elaboradas. Só gostaria de ter lido a obra em um momento que não fosse obrigatório para fins educacionais.
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Alexia 12/04/2021

Essa edição de a desobediência civil é composta por cinco capítulos com diferentes textos do autor. Todos expressam seu descontentamento com o governo e com seus desdobramentos, como permitir a escravidão. Henry defende que o governo é uma conveniência inconveniente, que os políticos e o exército perdem a autonomia de sua consciência, e nós eleitores também, quando sacrificamos nossa liberdade e moral em prol da moral de outro homem.

Ele sugere que nós ignoremos as imposições do Estado, o que já era difícil no século XIX, quem dirá nos dias de hoje. Entretanto, infelizmente, muitas das suas críticas permanecem assustadoramente atuais, sendo uma delas sobre a influência negativa da imprensa e seu poder de manipulação das massas.

É difícil fazer uma síntese do pensamento de Henry, afinal ele aborda diversos assuntos, sempre questionando o modo como as coisas são e funcionam. Ele acredita que o melhor não é acabar imediatamente com o governo, mas melhorá-lo, até chegarmos aoponto em que não será necessário um governo, pois a consciência elevada de cada homem dirá o que é melhor a se fazer. Também defende veemente a coerência de nossas atitudes: se você é contra alguma estrutura, não a alimente.

A linguagem do livro é fácil porém a leitura é densa. Fez me questionar o modo que ajo e o que penso, inclinando-me a procurar uma vida mais simples e natural. Aos amantes de Walden, o capítulo "caminhar" será de grande prazer.
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luisfelipe.monteiro2 05/03/2021

Um livro de poucas páginas normalmente é encarado como uma leitura rasa e superficial, afinal de contas, é muito difícil conseguir demostrar em poucas linhas o assunto ao qual se propõe. Porém, alguns escritores incrivelmente conseguem cativar o leitor em poucas palavras, pois sabem usar a arte da escrita. E Thoreau em pouco mais de 70 páginas usa todo o seu dom linguístico para isso.

Crítico ferrenho do Estado e dos tributos, Thoreau nos apresenta uma obra "Utópica" na forma e na estrutura governamental que ali questiona. Aborda questões como injustiça, omissões e busca de um propósito real para todos.
Um livro para aqueles que valorizam a liberdade.
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Thaina66 02/03/2021

O melhor governo é o que menos governa
Chega a ser assustador como muitas das reflexões de Thoreau mostradas neste livro se encaixam perfeitamente na atual situação do nosso governo.
E ainda mais assustador como deixamos esses "problemas" de quase 200 anos ainda nos prejudicar.

"Se cada homem expressar o tipo de governo capaz de ganhar o seu respeito, estaremos mais próximos de
conseguir formá-lo."
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Ramon 28/02/2021

É meu primeiro livro do Thoreau, e fiquei ansioso para ler mais dele. Todos os quatro textos são muito bem escritos, com as descrições dos prados, ocasos, e lugares de Concord sendo bem bonitas e tocantes.
Ele consegue ser bem esclarecedor e convincente em suas críticas ao governo americano, que à época financia a terrível guerra com México e a abominável escravidão.
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Daniel Lucca 18/02/2021

De mãos dadas com Walden
Ótima leitura, muitas vezes com uma intensidade e até certa agressivida, mas sempre eloquente.

"A natureza desde o início estendeu as minúsculas flores da manhã exclusivamente para os céus, acima da cabeça do homem e invisíveis a ele"
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Aline no mundo das maravilhas 02/01/2021

O melhor governo é o que não governa.
Thoreau apresenta no livro uma visão de mais liberdade aos indivíduos.
Questiona a política e a inércia das pessoas em trazer a mudança.
O autor em si já é motivo para que esse livro seja lido.
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