Annalisa 08/03/2022A Casa de Muitos Caminhos
Já inicie esse livro levando em mente a lição aprendida do anterior então minha atenção está completamente voltada para identificar as ligações, citações e pontos em comum com os demais, e também tentar identificar o mais rápido possível a presença de Howl e Sophie. Desta vez foi realmente mais fácil, eles descaradamente já estavam inseridos na história e fazendo parte dia a dia dos acontecimentos.
Em A Casa dos Muitos Caminhos nossa personagem principal é Charmain um garotinha mimada, chata e enfadonha, com o rei na barriga. E por coincidências do destino, acaba incumbida e responsável pela casa de seu tia-avô, um grande mago real que está doente, e enquanto ele estará fora em tratamento e recuperação, Charmain ficará então em sua humilde residência, responsável pelos afazeres e demais necessidades da casa.
É aí que tudo começa... a casa do Mago Norland é simplesmente espetacular, minúscula por fora e imensa por dentro, cada porta, virada, pisada, ligação, esquerda, direta, cada mínima ação poderá te levar para lugares completamente diferentes, e muitos até então nem se quer explorados pelo mago, eu sonhei e quase salivei de vontade de entrar nessa casa e explorar seus milhares de cômodos e espaços, ricamente detalhada e fazendo deliciosas cocegas em testar nossa imaginação para sermos possível de acompanhar todas as descrições.
Só que como falei, Charmain é um pé no saco, e praticamente ela pôda todas nossas vontades, sem sequer se mexer ou fazer qualquer ação dentro da casa. Só que no meio disso, ela se vê (como todas as histórias anteriores) presa dentro de uma grande confusão e há um mistério a ser resolvido: onde o tesouro real está sendo roubado e escondido?
Temos velhas personagens para cumprimentar e novas para conhecer, tudo ricamente emaranhado e detalhado, tirando Charmain, grande parte dos demais são gente boa e agradáveis, até mesmo Peter, mesmo sendo extremamente atrapalhado, é mais gente boa que Charmain.
De forma geral, as três histórias se conectam dentro do mesmo universo criado por Diana, mas conseguindo ser independentes a ponto de cada uma delas construir sua própria realidade, mitologia e acontecimentos. São individuais, mas se completam.
Recomendo a leitura de toda a trilogia para qualquer alma leitora ou até não leitora, jovens, velhos, altos, baixos, morenos, loiros ou ruivos... Duvido qualquer um deles não gostar desse mundo construído.