Resenhas - O Conto da Ilha Desconhecida

Johann 25/03/2024

Uma perspectiva diferente
Saramago propõe em breves páginas, com sua narrativa envolvente, uma reflexão poderosa, acho que todo mundo conhece a citação: "é preciso sair da ilha para ver a ilha".
Ele nos convida a refletirmos sobre nós mesmos, saímos de nós para nos encontrar novamente, resignificar nós mesmos.
Um conto bem envolvente e rápido. Lindo.

Caroline 25/03/2024

O conto é uma ótima metáfora, com diversas reflexões.
"Que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não nos saímos de nós"

victoria.maria 24/03/2024

Nós (idealistas, paranóicos, sensitivos) que também procuramos coisa onde não tem até surgirem a partir disso

lay 21/03/2024

Me parece o tipo de texto que, apesar de curto, marca a sua vida inteira. com certeza a releitura é garantida por aqui.

skuser02844 21/03/2024

Muuuuito gostosinho, ainda tô tentando entender a mensagem por trás mas achei bem confortável e gostosinho, não me arrependo nem um pouco de ter lido. Rápido e confortável.

Giovana456 21/03/2024

É um conto curto, mas extremamente interessante e marcante. As metáforas embutidas na narrativa prendem a atenção junto a gerar reflexões.

Isabel659 21/03/2024

O conto da ilha Desconhecida
É um conto sobre uma coisa que não existe para ninguém, porém, só basta uma acredita e ir a procura que ela se revelará.

Laureane.Andrade 18/03/2024

Um dos contos mais lindos que já li! além de criticar a burocracia dos nossos sistemas, mostra o início e a construção de uma história de amor. ninguém sabe muito bem o que está fazendo, vamos tentando e testando pra fazer dar certo. lindo, lindo, lindo!!!

SrRomao 17/03/2024

Para Além da reflexão...
Escrito por José Saramago - vencedor do prêmio Camões em 1995 e Nobel em Literatura em 1998-,, "O Conto da Ilha Desconhecida", em 1997, fala sobre o destino a se trilhar. Quando Saramago diz: "É preciso sair da ilha para conhecer a ilha", ele demonstra que para alcançarmos um sonho é preciso sair da nossa zona de conforto. Muitas vezes ao ficar preso no ambiente seguro somos impedidos de conhecermos novos gostos, ambientes, pessoas e amores.

Quem nunca ouviu de alguém caseiro que queria namorar, mas não conhece ninguém bacana e o mesmo não sai de casa pra ter a oportunidade de conhecer novas pessoas. Ou aquela pessoa que não se reconhece tanto quanto outras pessoas conhece. O conto vai trazer essa perspectiva, na qual pra nos conhecermos, é preciso explorar de um outro ponto de vista.

Por fim, o livro me mostrou pontos cirúrgicos que vou levar pra vida e, com certeza, vai mudar minha autocrítica sobre mim e sobre meus medos.

Jão 17/03/2024

Uma reflexão sobre a vida
É um conto bem curto mas que nos leva a refletir sobre como enxergamos nossa vida e ter uma nova percepção do que de fato é o futuro.

lalai_ 16/03/2024

O conto da ilha desconhecida.
Que livro interessante. o homem do leme fica tão vidrado à procura da ilha desconhecida que nem percebe o real sentido do desconhecido. o filósofo do rei diz que nós somos ilhas desconhecidas e isso é fato! ficamos presos a tanta coisas, focados em tudo menos em nós mesmos. precisamos desbravar novos ares e embarcar nessa jornada de autoconhecimento. ?

Anita.Bianco 14/03/2024

Mto curto pra ser excelente, excelente por ser mto curto
Um conto muito interessante, bem simples e reflexivo também. Gostei bastante

Trechos:
"E tu quem és, para que eu to dê, E tu quem és, para que não mo dês, Sou o rei deste reino, e os barcos do reino pertencem-me todos, Mais lhes pertencerás tu a eles do que eles a ti, Que queres dizer, perguntou o rei, inquieto, Que tu, sem eles, és nada, e que eles, sem ti, poderão sempre navegar, As minhas ordens, com os meus pilotos e os meus marinheiros, Não te peço marinheiros nem piloto, só te peço um barco, E essa ilha desconhecida, se a encontrares, será para mim, A ti, rei, só te interessam as ilhas conhecidas, Também me interessam as desconhecidas quando deixam de o ser, Talvez esta não se deixe conhecer, Então não te dou o barco, Darás."


"O homem nem sonha que, não tendo ainda sequer começado a recrutar os tripulantes, já leva atrás de si a futura encarregada das baldeações e outros asseios, também é deste modo que o destino costuma comportar-se conosco, já está mesmo atrás de nós, já estendeu a mão para tocar- nos o ombro, e nós ainda vamos a murmurar, Acabou-se, não há mais que ver, é tudo igual."

"Não o sabes, Se não sais de ti, não chegas a saber quem és."

"Então o homem trancou a roda do leme e desceu ao campo com a foice na mão, e foi quando tinha cortado as primeiras espigas que viu uma sombra ao lado da sua sombra. Acordou abraçado à mulher da limpeza, e ela a ele, confundidos os corpos, confundidos os beliches, que não se sabe se este é o de bombordo ou o de estibordo. Depois, mal o sol acabou de nascer, o homem e a mulher foram pintar na proa do barco, de um lado e do outro, em letras brancas, o nome que ainda faltava dar à caravela. Pela hora do meio-dia, com a maré, A Ilha Desconhecida fez-se enfim ao mar, à procura de si mesma.

caio_hlb 14/03/2024

Justificativa que fiz para escola
Um exemplar único da produção literária feita em língua portuguesa, José Saramago é mundialmente famoso por uma série de obras complexas e de caráter questionador da sociedade em geral. “O conto da ilha desconhecida”, obra sua menor em questão de número de páginas, mas nem um pouco em densidade narrativa, apresenta a história de um homem que dirige-se até o rei de seu povo para lhe pedir um barco. O motivo do pedido é o desejo de navegar até a Ilha Desconhecida, local que o protagonista afirma existir, mesmo ela não estando registrada em qualquer mapa, já que, caso estivesse, não seria desconhecida. Com esta premissa quase de conto de fadas, Saramago levanta uma série de perguntas sobre as mais diversas camadas, desde o conhecer a si próprio até o que constitui a força de um governo. Porém, tudo isso é feito sem qualquer tipo de número excessivo de páginas, e, sim, com uma linguagem extremamente fluída que, por não utilizar-se muitas vezes de pontuação ou até divisão em parágrafos, é rápida e ferina em suas ideias que chegam como uma pancada para o leitor que segue atordoado (em um bom sentido) muito após ter encerrado a leitura.
O símbolo maior da obra, a ilha desconhecida, utiliza-se como metáfora para a jornada de autodescobrimento do indivíduo que, muitas vezes massacrado pela monotonia da rotina, perde o contato com aquilo que o caracteriza como ser. Por conta disso, a leitura desta obra pode ser fundamental no processo da adolescência que, marcada pelo descobrimento do mundo, pode levantar dúvidas sobre qual o papel que deve ser exercido como componente de um todo que precisa de ajuda. A frase “é preciso sair da ilha para ver a ilha”, peça fundamental do texto do escritor português, também é representativa da necessidade de olhar o outro para entender quem se é (ou buscar o olhar do outro para ver a si mesmo), afinal, o ser-humano é sociável por natureza e constrói sua identidade a partir do momento que a compara com outra, mesmo que seja para observar aquilo que não serve para si ou exercitar a empatia como filosofia de vida, conhecendo ilhas e entendendo diferentes realidades.

manoeIa 13/03/2024

Descobrindo tesouros nas palavras de Saramago
Em "O Conto da Ilha Desconhecida", José Saramago nos presenteia com uma narrativa rápida e cativante que transcende as páginas, oferecendo uma reflexão profunda sobre a busca pelo desconhecido e a realização dos sonhos. Com sua escrita única e peculiar, Saramago nos guia por uma jornada em que um homem decide partir em busca de uma ilha que não consta em nenhum mapa, desafiando a norma e a conformidade.

À primeira vista, a leitura de Saramago pode parecer intimidante para os leigos, com suas frases longas e ausência de pontuação convencional. No entanto, ao decorrer da leitura dá para descobrir um mundo de riqueza literária e filosófica.

Neste conto específico, somos levados a refletir sobre a importância de perseguir nossos próprios desejos, mesmo que eles pareçam impossíveis ou inatingíveis. Creio que A ilha desconhecida seja uma metáfora para os sonhos que nos habitam, esperando para serem descobertos e explorados. Saramago nos lembra que a verdadeira jornada começa quando nos aventuramos além das fronteiras do conhecido, abraçando a incerteza com coragem e determinação.

Carol Lopes 08/03/2024

Não tão profundo como vejo as pessoas falando
Ou dou insensível.
Achei meio ok
E chato ler o estilo de escrita do Saramago, do jeito que ele simplesmente decidiu escrever, fugindo da norma padrão.
O cara mete diálogo separado por virgulas e letra maiuscula. Você que se vire pra entender.

O ponto alto é a frase "é preciso sair da ilha para ver a ilha". Só